A cultura da soja (Glicyne max (L.) Merrill) amplamente cultivada em solos do Cerrado, enfrenta limitações quanto à disponibilidade de fósforo devido à alta fixação desse nutriente pelas argilas desses solos. O fósforo (P) é essencial para diversos processos metabólicos e para o desenvolvimento da planta. Este trabalho avaliou o efeito do grafeno associado a microrganismos solubilizadores de fósforo sobre a disponibilidade de P no solo e o desenvolvimento da soja, utilizando duas fontes fosfatadas: superfosfato simples (SSP) e fosfato natural reativo (FNR). O experimento foi realizado com vasos em casa de vegetação com delineamento inteiramente casualizado, contendo 11 tratamentos e três repetições, em um Latossolo Amarelo eutrófico da região de Barreiras-BA. As variáveis morfoagronômicas da cultura foram avaliadas em diferentes estádios de desenvolvimento, e a disponibilidade de fósforo no solo ao final do ciclo. Os resultaram evidenciaram que a combinação do grafeno com superfosfato simples e solubilizador promoveu maior crescimento inicial da soja, destacando-se em altura, diâmetro do caule, número de nós e trifólios aos 35 e 60 dias após a emergência (DAE). Tratamentos com fosfato natural reativo (FNR) e grafeno também apresentaram incremento no crescimento após 60 dias DAE. Aos 90 DAE, apenas o diâmetro do caule apresentou diferenças significativas, com destaque para o superfosfato simples associado ao grafeno. Aos 100 DAE após, não houve diferenças na raiz e número de vagens. A disponibilidade de fósforo no solo aumentou com a associação das fontes fosfatadas aos solubilizadores, especialmente no tratamento FNR + solubilizador. O teor e absorção de fósforo na parte aérea foram maiores nos tratamentos com superfosfato simples e grafeno, enquanto os microrganismos solubilizadores de fósforo associados ao FNR mostraram eficácia na disponibilidade de fósforo.