Mulheres de elite em movimento por direitos políticos: o caso de Edith Mendes da Gama e Abreu
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Resumo
Este trabalho busca compreender o movimento feminista organizado em torno da Federação Baiana pelo Progresso Feminino nos anos 1930 na Bahia, a partir principalmente da experiência de Edith Mendes da Gama e Abreu. Branca, instruída, integrante das camadas médias da sociedade, ela presidiu um movimento organizado pelo qual passaram cerca de 300 mulheres. Utilizando-se da diplomacia em negociações e acordos com instâncias oficiais de governo para a conquista de direitos políticos, Edith Gama e Abreu ganhou visibilidade em espaços públicos até então predominantemente masculinos, como Academia de Letras da Bahia (1938) e Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (1936). Ao tomar a trajetória de Edith corno eixo articulador da pesquisa e compará-la com a de outras lideranças daquele movimento procuramos tornar mais visível, de um lado, o amplo leque de reivindicações das Federações e, de outro, as diferentes concepções que se fizeram presentes no movimento, sobretudo, acerca da responsabilidade social da mãe e da mulher e da importância do sufrágio feminino. O trabalho nessa dupla dimensão nos permitiu alcançar o que era o objetivo último dessa pesquisa, ou seja, repensar o próprio conceito de feminismo. Para o desenvolvimento da pesquisa está sendo adotada como base documental a produção literária de Edith Mendes da Gama e Abreu, documentos da Federação Baiana pelo Progresso Feminino e artigos publicados nos jornais: A Tarde, O Imparcial, Diário de Noticias Diário da Bahia de autoria de outras importantes militantes dessa Federação-Lili Tosta, Francisca Praguer Fróes e Maria Luiza Bittencourt.