BIAFRA: As Representações Jornalísticas e Literárias da Guerra Civil Nigeriana (1967-1970)

dc.contributor.advisorSeibert, Karl Gerhard
dc.contributor.authorRibeiro, Mariana Licurgo Ferreira
dc.contributor.refereeNunes, Alyxandra Gomes
dc.contributor.refereeFigueiredo, Fábio Baqueiro
dc.date.accessioned2022-11-03T11:20:26Z
dc.date.available2022-11-03T11:20:26Z
dc.date.issued2022-08-25
dc.description.abstractBiafra, projeto de nação que se tornou guerra e por fim um símbolo de fome, violência e miséria. A Guerra Civil Nigeriana, ao longo de seus trintas meses, angariou a atenção do mundo para olhar e se penalizar por aquelas crianças famintas e esquálidas, cujas fotos os jornais publicavam atendendo ao propósito da agência de relações públicas Markpress – a serviço do governo de Biafra - a fim de, por piedade, conseguir uma sobrevida para Biafra. Este estudo se propõe a analisar quais representações acerca de Biafra foram forjadas pelos discursos jornalísticos e literários e quais mecanismos foram usados para isso. Para tanto, a pesquisa, dividida em quatro capítulos, traça um caminho que parte de uma revisão historiográfica sobre a Guerra de Biafra, a partir de autores que estiveram presentes em território biafrense durante os combates, como Jean Buhler (1969), Forsyth (1977) e Achebe (2012) e autores que realizaram estudos à posteriori como Falola e Heaton (2014), dentre outros. Partindo para a apresentação da Teoria da Análise do Discurso, através especialmente de Eni Orlandi (2005; 2009), assim como Hall (2016) a nível da compreensão da Teoria das Representação e Mudimbe (2013) e Goffman (2008) para a introdução às noções de estigma e etnocentrismo epistemológico. Ao final, faz-se a análise das fontes literárias Meio Sol Amarelo (ADICHE, 2008) e Destination Biafra (EMECHETA, 1983) no terceiro capítulo e, no quarto, a análise da cobertura de O Globo ao longo de toda a Guerra Civil Nigeriana. Observando que, mesmo passados 50 anos do fim dos conflitos, a disputa pela narrativa histórica é preponderante. Enquanto a imagem de Biafra, no Ocidente, através da cobertura jornalística contemporânea de O Globo reforçou lugares já demarcados acerca do que seriam os povos africanos, a partir de uma lógica etnocêntrica e paternalista. Por outro lado, os discursos forjados posteriormente pela literatura nigeriana de língua inglesa, nas figuras de Adichie (2008) e Emecheta (1983), ajudam a perceber o conflito pela lógica daqueles que, outrora, foram manchete pelas suas mazelas e não pelas suas histórias.pt_BR
dc.description.abstract2Biafra was a nation's project that became war and a symbol of hunger, violence and misery. The Nigerian Civil War, over its thirty months, garnered global attention attracting the world's eyes for those starving and scrawny children, whose photos the newspapers published to accomplish Markpress Public Relations Agency purposes under Biafra government services. This study aims to analyze which representations about Biafra were forged by journalistic and literary discourses and what mechanisms were used for that. To accomplish it, the research is divided into four chapters, tracing a path starting from a historiographical review on the Biafra War, from authors who were present in Biafran territory during the fighting, such as Jean Buhler (1969), Forsyth (1977) and Achebe (2012) and authors who carried out posterior studies as Falola and Heaton (2014), among others. Starting with the presentation of the Discourse Analysis Theory, especially through Eni Orlandi (2005; 2009), as well as Hall (2016) in terms of understanding the Theory of Representation and Mudimbe (2013) and Goffman (2008) for the introduction to notions of stigma and epistemological ethnocentrism. At the end, the analysis of the literary sources Meio Sol Amarelo (ADICHE, 2008) and Destination Biafra (EMECHETA, 1983) is made in the third chapter and, in the fourth, the analysis of the contemporary news coverage of O Globo throughout the Nigerian Civil War. Observing that, even 50 years after the end of the conflicts, the dispute for the historical narrative is preponderant. While the image of Biafra, in the West, through the news coverage of O Globo, reinforced places already demarcated about what African peoples would be, based on an ethnocentric and paternalistic logic. On the other hand, the speeches forged later by English-speaking Nigerian literature, in the figures of Adichie (2008) and Emecheta (1983), help to understand the conflict through the logic of those who, in the past, made headlines for their problems and not for their stories.
dc.identifier.citationRIBEIRO, Mariana Licurgo Ferreira. Biafra: as representações jornalísticas e literárias da Guerra Civil Nigeriana (1967-1970). 2020. Dissertação (Mestrado em Estudos Africanos, Povos indígenas e Culturas Negras). Universidade do Estado da Bahia, salvador. 2020.
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11896/3678
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/9261331893176155
dc.identifier2.ORCIDhttps://orcid.org/0000-0001-9208-1634
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subject.keywordsBiafrapt_BR
dc.subject.keywordsGuerra Civilpt_BR
dc.subject.keywordsRepresentaçãopt_BR
dc.subject.keywordsDiscursopt_BR
dc.subject.keywordsHistoriografiapt_BR
dc.titleBIAFRA: As Representações Jornalísticas e Literárias da Guerra Civil Nigeriana (1967-1970)pt_BR
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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