Minha professora é “black”! O corpo como suporte no processo de construção identitária nas experiências formativas de professoras do ensino superior

dc.contributor.advisorQueiroz, Delcele Mascarenhas
dc.contributor.authorSousa, Micheline Fernandes de Lima
dc.contributor.refereeSantos, Ana Kátia Alves dos
dc.contributor.refereePacheco, Ana Claudia Lemos
dc.date.accessioned2022-09-27T11:13:21Z
dc.date.available2022-09-27T11:13:21Z
dc.date.issued2019-10-31
dc.description.abstractA presente pesquisa intitulada Minha Professora é “Black”! O corpo como suporte no processo de construção identitária nas experiências formativas de professoras do Ensino Superior propõe-se a analisar de que forma professoras negras do ensino superior constroem suas identidades étnico-raciais e profissionais a partir da relação afirmativa que estabelecem com seus corpos. Estes têm seus sentidos e significados ampliados na pesquisa, quando são vistos para além das suas funções biológicas, portanto, considerados, também, em sua dimensão política. O problema a ser respondido na pesquisa é de que forma as professoras negras do ensino superior constroem suas identidades étnico-raciais e profissionais a partir da relação afirmativa que estabelecem com seus corpos? Como objetivos específicos, interessa-nos conhecer as trajetórias de construção identitária das mulheres negras professoras desta pesquisa; compreender o processo que levou as professoras negras a fazer as “pazes” com seus corpos; identificar, através dos depoimentos das professoras, como as/os discentes/docentes e seus/suas colegas de trabalho percebem a presença destas e suas corporeidades nas instituições em que trabalham. Aporta metodologicamente na pesquisa qualitativa. O trabalho conta com a presença luxuosa de cinco professoras: Aimó, Edileusa Santos, Elenara, Luisa Mahin e Vicença. Buscamos as pistas deste tenso e rico processo de construção identitária, via corpo, nas memórias das histórias de vida das mulheres negras professoras da pesquisa em suas vivências nos espaços da família, escola, na rua, no campo da afetividade e na academia. Cada um desses lugares é responsável pela formação da autoimagem destas mulheres na direção de uma mudança política, estética, na construção do discurso e de práticas antirracistas e antissexistas. A técnica utilizada para acessar essas memórias foi a entrevista narrativa. A escuta sensível às histórias de vida das professoras nos conduziu, principalmente, às seguintes conclusões: as esferas de sociabilidade apontadas na pesquisa, presentes na família, escola, rua, campo afetivo e academia, constituem-se como espaços formadores da identidade negra, que transitam entre experiências traumáticas e processos de enegrecimento. As experiências dolorosas com o racismo, o aquilombamento em coletivos negros, o fortalecimento da autoestima por meio da família, a relação com a arte, a dança, a ancestralidade, religiosidade, representatividade, o enfrentamento e a resistência dessas mulheres as aproximam de uma mudança que acontece via corporeidade, junto com um processo de descolonização das suas mentes. Essa revolução tem impactos na vida pessoal e profissional de cada uma. A perspectiva Sankofa como constituto daquilo que nós somos nos ensina a olhar o passado na perspectiva da circularidade e continuidade dos ciclos de vida, dos legados herdados da nossa ancestralidade. Muitas lutas foram necessárias para que as mulheres negras pudessem ocupar, hoje, esses espaços da academia. Salve, minhas mais velhas, e cuidemos para que outras tantas mulheres pretas ultrapassem os caminhos alcançados por nós.pt_BR
dc.description.abstract2This research entitled My Teacher is “Black”! - The body as a support in the process of identity construction in the formative experiences of higher education teachers aims to analyze how black higher education teachers build their ethnic-racial and professional identities from the affirmative relationship they establish with their bodies. , have their senses and meanings broadened in research, when they are seen beyond their biological functions, therefore, also considered in their political dimension. The problem to be answered in the research is how black higher education teachers build their ethnic-racial and professional identities from the affirmative relationship they establish with their bodies? As specific objectives we are interested in knowing the trajectories of identity construction of black women teachers of this research; understand the process that led black teachers to make “peace” with their bodies; To identify through the statements of the teachers, how the students / teachers and their co-workers perceive their presence and their corpo realities in the institutions in which they work. It contributes methodologically to qualitative research. The work has the luxurious presence of five teachers: Aimó, Edileusa Santos, Elenara, Luisa Mahin and Vicença. We look for clues to this tense and rich process of identity construction, via the body, in the memories of the life stories of black women teachers in their experiences in family spaces, school, on the street, in the field of affection and in academia. Each of these places is responsible for shaping the selfimage of these women in the direction of political, aesthetic change, the construction of discourse and anti-racist and antisexist practices. The technique used to access these memories was narrative interview. The sensitive listening to the teachers' life stories led us, mainly, to the following conclusions: the sociability spheres pointed in the research, present in the family, school, street, affective field and academy, constitute as spaces that form black identity, which they travel between traumatic experiences and blackening processes. The painful experiences with racism, the collapse in black collectives, the strengthening of self-esteem through the family, the relationship with art, dance, ancestry, religiosity, representativeness, confrontation and the resistance of these women brings them closer to a change that happens via corporeality along with a process of decolonization of their minds. This revolution has impacts on their personal and professional lives. The Sankofa perspective as constituting what we are teaches us to look at the past from the perspective of the circularity and continuity of life cycles, the legacies inherited from our ancestry. Many struggles were necessary for black women to occupy these spaces of the academy today. Save my elders, and see to it that so many black women go beyond the paths we have reached.
dc.identifier.citationSOUSA, Micheline Fernandes de Lima. Minha professora é “black”! O corpo como suporte no processo de construção identitária nas experiências formativas de professoras do ensino superior. Orientadora: Delcele Mascarenhas Queiroz. 2019. 154f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade - Departamento de Educação Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2019.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/3356
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subjectMulher Negra Professorapt_BR
dc.subjectCorpo Negropt_BR
dc.subjectIdentidade Negrapt_BR
dc.titleMinha professora é “black”! O corpo como suporte no processo de construção identitária nas experiências formativas de professoras do ensino superiorpt_BR
dc.title.alternative2My teacher is 'black'! The body as a support in the process of identity construction in the formative experiences of female professors in higher education
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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