Nos emaranhados da experiência: anotações, rascunhos e imaginação para compreender o ambiente
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Resumo
Neste ensaio falamos em ambientes e agências e como eles se encontram, adversamente, no esteio da ideia corrente de transdisciplinaridade, multidisciplinaridade e transgressão em fazer universitário que tende a ser disciplinar, monocrático e conservador, pois, a rigor, o dito acadêmico exige uma conceitualização do saber, no simulacro de se ter um ‘objeto de pesquisa’. Assim, nós queremos destacar que o fazer epistêmico é colonizado e seu poder é dado a quem tem poder e, portanto, ousamos caminhar sob labirintos, nas frestas, entre borrões de coisas não estabelecidas, às vezes negadas, mas potentes em criatividade e também imaginativas. Partimos de uma perspectiva reflexiva própria e apropriada e tendemos a apresentar provocações que possam contribuir com a discussão já bem estabelecida do pensamento sobre as relações humanas e não-humanas. Para tanto, passamos em revista o pensamento de Tim Ingold, antropólogo britânico que tem contribuído de forma importante para essa discussão na contemporaneidade. Finalmente, destacamos a dinâmica ensaística para pensar uma relação entre a epistemologia e o conceito de agência, tomando como desafio refletir sobre como os ambientes estão continuamente em formação devido às atividades das criaturas humanas e não-humanas; a evolução da forma é uma atividade situada destes seres; e que é nos emaranhados da experiência, notas, rascunhos e imaginação que compreendemos o ambiente.