Sargento Getúlio: travessias entre a literatura e a dramaturgia

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2016
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Resumo

Neste estudo, investigou-se como o romance Sargento Getúlio, do escritor baiano João Ubaldo Ribeiro, publicado em 1971, assume contornos de uma narrativa com um significativo potencial representativo, relacionando-o com o texto dramatúrgico homônimo do roteirista e diretor teatral, Gil Vicente Tavares. Esta pesquisa amparou-se nas referências teóricas de Ian Watt (1990) e de Lucien Goldmann (1967) relacionando literatura e sociedade, além de Marthe Robert (2007) e de Anatol Rosenfeld (1996), a respeito do romance moderno. No intuito de analisar o narrador do romance, considerando sua performance e estratégias narrativas que o transformam no contador de histórias, utilizou-se os estudos de Walter Benjamin (1994) e Paul Zumthor (2000). No âmbito da dramaturgia, privilegiou-se os estudos de Williams (2010), Pavis (2005), Bornheim (1983) e quanto ao processo adaptativo considerou-se a concepção de Linda Hutcheon (2013). Através dos percursos criativos do literário e do dramatúrgico, que se faz imprescindível reconhecer o redimensionamento do universo artístico que demanda um alargamento dos olhares da crítica. Em Sargento Getúlio, o poder da palavra que anuncia o estabelecimento de um novo mundo transita entre o literário e o dramatúrgico demonstrando a decomposição existencial do homem do sertão, evidenciando a flexibilidade entre as fronteiras artísticas numa representação que contempla o popular, o heróico e a aridez humana como contraponto e repulsa das contradições do mundo moderno


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Palavras-chave
Sargento Getúlio, Literatura, Dramaturgia, Adaptação
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