Modos de subjetivação e aprendências indígenas na EJA: narrativas de formação no contexto da educação escolar indígena Tupinambá
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Resumo
A educação de jovens e adultos no contexto da educação escolar indígena Tupinambá, impregnada de tradição e ancestralidade, perpassa gerações de jovens, adultos e mestres anciões, aspirando não só a alfabetização ou o ensino de conhecimentos não indígenas, mas, o educar para a liberdade, para a emancipação e para o movimento organizado de resistência e fortalecimento da identidade étnica e da cultura do povo. Enfatizando a compreensão das expectativas, percepções e esforços das professoras e estudantes Tupinambá na mudança de sua realidade através da formação proporcionada pela EJA, objetivamos analisar os modos de subjetivação e as aprendências dos indígenas estudantes. Para elucidação do estudo, elegemos a pesquisa qualitativa, de caráter exploratório e, como procedimento metodológico, desenvolvemos a revisão bibliográfica e documental. Assegurando a perspectiva dialógica e intercultural desse estudo, realizamos a entrevista narrativa enquanto dispositivo estratégico de geração de dados, visando reconstituir as trajetórias de vidasformação e das aprendências. Os achados analisados revelam que a educação de jovens e adultos no território Tupinambá de Olivença está alicerçada na interculturalidade crítica e no fomento de saberes (auto) referenciais fundamentais para ruptura de práticas de sujeição e submissão das subjetividades indígenas, estruturando-se enquanto espaço organizado de resistência e retomadas étnicas e territoriais, ressignificando saberes e verdades e colaborando na produção de novos modos de subjetivação e na construção de projetos futuros do povo.