Relações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básica

dc.contributor.advisorMiranda, Carmélia Aparecida Silva
dc.contributor.authorSouza, Vaneza Oliveira pt_BR
dc.contributor.refereeSilva, Ana Lúcia Gomes da
dc.contributor.refereeOliveira, Iris Verena Santos de
dc.contributor.refereeBarros, Zelinda dos Santos
dc.date.accessioned2021-08-17T16:13:19Z
dc.date.available2021-08-17T16:13:19Z
dc.date.issued2020
dc.description.abstractEsta pesquisa tem como objeto de estudo as práticas pedagógicas que tratam sobre relações étnico-raciais e de gênero em uma escola estadual localizada no município de Iraquara-BA. O objetivo geral é compreender, a partir das narrativas da experiência docente, como se configuram as discussões sobre raça e gênero na escola lócus e suas principais implicações nas práticas pedagógicas das/os professoras/es. Para tanto, nos ancoramos na perspectiva epistemológica das teorias pós-críticas em educação e no método da etnoescrevivência que alia pressupostos da etnografia crítica e da escrevivência (EVARISTO, 2005; 2007; 2009; SOARES; MACHADO, 2017), compondo um caminho metodológico onde as narrativas da experiência ganham centralidade na investigação, a qual prevê problematização e intervenção sobre a realidade. A pesquisa é comunicada através de Cartas Pedagógicas, gênero que pressupõe aproximação, vivência, posicionalidade e interlocução com leitoras/es. Dialogamos com intelectuais, pesquisadoras e feministas negras como Akotirene (2018), Gomes (2002; 1996; 2012), hooks (2017), Kilomba (2019), Lima (2015) e outras/os. As/os participantes, coautoras/es da pesquisa, são professoras/es e alunas da instituição. Como dispositivo de interpretação de dados foi utilizada a escrevivência, construindo as interpretações a partir das redes de sentido que emergiram das narrativas das/os colaboradoras/es. Os resultados apontaram para a reinvenção da escola e sua movimentação transitória de mudanças através do projeto institucional que discute o tema das relações étnico-raciais, integrando também o tema gênero. A partir do projeto a escola tem possibilitado momentos formativos e vem afetando professoras/es de várias áreas do conhecimento na construção de práticas pedagógicas e curriculares com os temas durante parte significativa do ano letivo, em especial no ano 2019. As narrativas evidenciaram ainda que existe um movimento inicial de práticas pedagógicas que transgridem hegemonias raciais e de gênero, por um coletivo docente desejoso e atuante na descolonização do currículo e das relações escolares, que percebe os processos formativos como “espaçotempos” importantes para refletir e reelaborar o trabalho. As/os docentes colaboradoras/es narraram suas experiências com práticas pedagógicas insurgentes e mostraram-se abertas/os para escutar as estudantes e refletir sobre suas impressões e sugestões e reconfigurar essas práticas, (re)inventando seus modos de ser e estar na docência de forma autoral. Permanecem como desafios principais na escola, estabelecer diálogo entre as distintas áreas do conhecimento e componentes curriculares, romper as amarras do currículo determinado, ampliar análises interseccionais e afetar mais professores/es para trilhar o caminho de construção de práticas pedagógicas antirracistas e antissexistas como compromisso político durante todo ano letivo. A intervenção foi operacionalizada através do Ateliê de Pesquisa, dispositivo de construção de dados e alteração da realidade. Os desdobramentos do acompanhamento do campo integram as ações do projeto institucional e a formação do coletivo de mulheres/estudantes na escola em 2021-2022.pt_BR
dc.description.abstract2This research has as its object of study the pedagogical practices that deal with ethnic racial and gender relations in a state school in Iraquara - Bahia. The general goal is through teaching experience narrative, understand how the discussions about race and gender are configured in the locus school and their main implications in the teacher’s pedagogical practices. For this purpose, we have anchored the study in the epistemological perspective of post-critical theories in education and in the etnoescrevivência method that combines assumptions of critical ethnography and escrevivência (EVARISTO, 2005; 2007; 2009; SOARES; MACHADO, 2017), composing a methodological path where the experience narratives are centralized in the investigation which provides problematization and intervention on reality. The research is communicated through pedagogical letters, a genre that assumes approximation, experience, placement and dialogue with readers. We discussed with black intellectuals, researchers and feminists such as Akotirene (2018), Gomes (2002; 1996; 2012), hooks (2017), Kilomba (2019), Lima (2015), and others. The participants, co-authors of the research, are teachers and students of the institution. As a data interpretation device, the escrevivência was used to construct the interpretations based on meaningful network that emerged from the collaborator’s narratives. The results pointed to the school’s reinvention and its transitory movement of changes through the institutional project that discusses the theme of ethnic-racial relations, also integrating the gender theme. From the project, the school has enabled training moments and has been affectted teachers from various areas of knowledge in the construction of pedagogical and curricular practices with the themes during a significant part of the school term, especially in the 2019. The narratives also revealed that an initial movement of pedagogical practices has been contravened racial and gender hegemonies, by an eager and active decolonisation of the curriculum and school relations teaching group, which is aware of the formative processes of space and time, important to reflect and reformulate the work. The collaborating teachers described their experience with insurgent pedagogical practices and they were open to listen to the students and reflect on their impressions and suggestions and reconfigure those practices, (re) inventing their ways of acting in teaching in authorial form. It remains as main challenges in the school, to establish a dialogue between the different areas of knowledge and curricular contents, to overcome the determined curriculum, to expand intersectional analyzes and to affect more teachers to follow the path of building anti-racist and anti-sexist pedagogical practices as a political commitment throughout the school term. The intervention was operationalized through the Research Studio, a device for building data and changing reality. The monitoring developments of the field integrate the actions of the institutional project and the formation of the women/students collective at the school 2021/2022.
dc.identifier.citationSOUZA, Vaneza Oliveira. Relações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básica. Orientadora: Carmélia Aparecida Silva Miranda. 2020. 239f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação em Educação e Diversidade da Universidade do Estado da Bahia, MPED. Departamento de Ciências Humanas – Campus IV. Universidade do Estado da Bahia, 2020.pt_BR
dc.identifier.urihttp://hdl.handle.net/20.500.11896/1869
dc.identifier2.latteshttp://lattes.cnpq.br/3345912709424623
dc.language.isopor
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccessen
dc.subjectInterseccionalidadept_BR
dc.subjectEtnoescrevivênciapt_BR
dc.subjectNarrativas da Experiênciapt_BR
dc.subjectFeminismo Negropt_BR
dc.titleRelações étnico-raciais e de gênero no contexto das práticas pedagógicas: escrevivências e (re)invenções na educação básicapt_BR
dc.title.alternative2Ethnic-racial and gender relations in the context of pedagogical practices: writings and (re)inventions in basic education
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesispt_BR
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