As ecologias do sertão e do (a) sertanejo (a): Um estudo topofóbico-topofílico do semiárido nordestino na representação (de) colonial de personagens do cenário artístico Brasileiro
dc.contributor.author | Sarmento, Elisângela Campos Damasceno | |
dc.date.accessioned | 2023-02-08T11:17:58Z | |
dc.date.available | 2023-02-08T11:17:58Z | |
dc.date.issued | 2023-02-01 | |
dc.description.abstract | As ecologias do sertão e do sertanejo ambientam-se, nesta tese, nas obras O Sertanejo (2002) [1875], de José de Alencar, O Quinze (2012) [1930], de Rachel de Queiroz, Vidas Secas (2013) [1938], de Graciliano Ramos, e Asa Branca (1947), de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira. Desse modo, esta pesquisa tem como objetivo precípuo investigar, sob o método da Análise do Discurso de Linha Francesa e das perspectivas ecocrítica e zoocrítica - que estudam as imbricações entre Literatura e Ecologia/Zoologia respectivamente-, a topofobia e a topofilia nas obras em epígrafe, a fim de delinear as ecologias do sertanejo e do sertão, através de suas representações (de) coloniais, levando em conta as contribuições da Geografia Humanista para o campo da Ecologia Humana, dialogando, também, com Filosofia, Psicanálise, História, Sociologia, Antropologia, Educação e as perspectivas da (de) colonialidade, da ecologia de saberes, da interculturalidade e da convivência com o semiárido, com vistas a desvelar os fatores socioculturais e simbólicos que estão correlacionados às categorias de lugar, paisagem e território nas relações homem-ambiente. Sendo assim, os discursos presentes nas obras em exame demonstram que os sertanejos apresentam uma ambivalência de relações com o sertão, em virtude dos contrastes naturais da fitofisionomia da caatinga (seca, verde), das pulsões de morte e de vida, das forças apolíneas e dionisíacas e dos comportamentos competitivos e cooperativos que permeiam a essência humana, além dos sentimentos topofóbicos e topofílicos que coexistem na relação ser humano-ambiente, sinalizando que as mudanças do tempo e do ambiente alteram as emoções e as percepções do sertanejo frente à vida e ao próprio sertão. Ademais, verifica-se que, na representação do sertanejo, ocorre a predominância da colonialidade do poder, do saber e do ser, embora se evidenciem personagens (nos romances) e eu-lírico (na canção) contra-hegemônicos que apresentam uma resistência a esse legado de dominação e opressão. Portanto, a Ecocrítica e a Zoocrítica se configuram como férteis inspirações ao desvelamento das relações ser humano-ambiente e se projetam como áreas interdisciplinares, articulando-se com Geografia, Sociologia, Filosofia, Antropologia, Psicanálise e outras ciências afins, trazendo, assim, uma compreensão mais complexa e profunda dessas relações. | pt_BR |
dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/20.500.11896/3933 | |
dc.language.iso | por | |
dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | en |
dc.subject | Ecologia humana | pt_BR |
dc.subject | Geografia humanista | pt_BR |
dc.subject | Literatura | pt_BR |
dc.subject | Ensino interdisciplinar | pt_BR |
dc.subject | Decolonialidade | pt_BR |
dc.title | As ecologias do sertão e do (a) sertanejo (a): Um estudo topofóbico-topofílico do semiárido nordestino na representação (de) colonial de personagens do cenário artístico Brasileiro | pt_BR |
dc.type | info:eu-repo/semantics/doctoralThesis | pt_BR |