O lugar da escuta na prática pedagógica da educação infantil: novas (im)possibilidades oriundas de uma pandemia
| dc.contributor.advisor | Oliveira, Rosemary Lapa de | |
| dc.contributor.author | Reol, Ângela Gonçalves Nery | |
| dc.contributor.referee | Conceição, Ana Paula Silva da | |
| dc.contributor.referee | Soares, Leila Franca | |
| dc.date.accessioned | 2022-09-19T14:51:34Z | |
| dc.date.available | 2022-09-19T14:51:34Z | |
| dc.date.issued | 2021-08-30 | |
| dc.description.abstract | Considerando que a escuta sensível é fundante no processo de legitimação da voz das crianças no dia a dia da escola, esta pesquisa traz à tona o seguinte problema: como promover uma prática pedagógica pós chegada da pandemia na qual o protagonismo infantil seja legitimado? Essa pergunta levou ao objetivo geral da pesquisa: estudar caminhos metodológicos que garantam uma prática pedagógica pós pandemia na qual o protagonismo infantil seja legitimado. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, utilizando fundamentos da Etnopesquisa Crítica Multirreferencial (MACEDO, 2004, 2010). A fim de fundamentar a pesquisa, estabeleci um diálogo entre os seguintes teóricos: para a seção que discute o conceito de infância/infâncias e sua construção, Arroyo (2016), Ariés (1973), Sodré (2009), Sarmento (2000, 2005, 2007), Kramer(2005). Nela, trato da construção do sentimento de infância do ponto de vista histórico, realizando uma linha do tempo até chegarmos no processo de construção no Brasil. Discuto também as várias infâncias possíveis. Sigo então para a seção sobre escuta, onde trago para o debate as ideias de Barbier (2002), Rinaldi (2006, 2014), Malaguzzi (1995) e Friedman (2018, 2020), abordando conceitos como escuta sensível e as múltiplas linguagens da criança. Faço uma relação entre o contexto histórico da modernidade e pós-modernidade relacionando com as práticas pedagógicas vigentes em cada um desses períodos através das reflexões de Campbel (2016) e Dahlberg (2019) e avanço para a reflexão sobre a relação entre escuta e prática pedagógica que promove o protagonismo infantil. A partir das ideias de Arroyo (2016), Macedo (2013), Zabala (1998), Freire(1966), Formosinho (2007), Malaguzzi (1995), Rinaldi (2006, 2014) e Friedman (2018, 2020) inicio apresentando conceitos, concepções teórico-filosóficas, relacionando-as. Foi realizada uma pesquisa preliminar em uma escola de Educação Infantil da rede privada em 2019, em uma turma de crianças de quatro anos buscando suas atitudes responsivas nas relações dialógicas com os adultos, observando e escutando tanto elas como seu entorno. Certa de que até as paredes falariam, a prioridade, conforme orienta Sarmento (2000), foi firmar o interesse para todos os traços e pormenores que fazem o cotidiano, tanto quanto para os acontecimentos importantes que surgem nos contextos investigados. Com a chegada da covid 19, uma nova estruturação social começou a se configurar e ainda nos encontramos nesse processo, sem previsão de retomarmos nossas atividades costumeiras. A escola, em especial a de Educação Infantil, foi demasiadamente afetada. Macedo acrescenta que a etnopesquisa preocupa-se com o homem em seu contexto social, considerando a organização das ordens socioculturais, ocupando-se essencialmente com os processos que constituem o homem em sociedade. Sendo assim, não poderia ficar indiferente ao novo contexto histórico que por ora se apresenta. Implicada no desejo de contribuir para a sociedade, influenciada pelos princípios que regem a etnopesquisa, conforme explanado, levei em consideração a relevância da problemática causada pela pandemia, no sentido de buscar caminhos para que a voz da criança não seja silenciada pelo medo instaurado no mundo. Pelo contrário, encontrar novos caminhos metodológicos que garantam o protagonismo infantil por meio de práticas pedagógicas de escuta às crianças pequenas, permitindo que eles surjam no horizonte brasileiro e quem sabe, mundial. Voltei meu olhar então para novos sujeitos de pesquisa. Aqueles que pensam, planejam, projetam, sonham e que agora buscam soluções para viabilizar a manutenção do direito das crianças pequenas a educação escolar: os gestores, coordenadores pedagógicos e professores. Para produzir as informações almejadas, realizei entrevistas semiestruturadas virtuais individuais, por meio de chamada de vídeo, que abrangeram experiências de enfrentamento da covid 19 e perspectivas encontradas para o cenário educativo na Educação Infantil. Após a análise e discussão das informações produzidas, concluí que a única resposta segura que temos é que é tempo de mudar. No contexto atual, a vida experienciada na escola, se construída em torno dos valores e significados apresentados e 10 discutidos neste texto, pode contribuir para renovar as qualidades democráticas do mais amplo contexto social e cultural. Retornaremos com muitos protocolos, em um contexto novo para todos. Sentimentos se misturarão, e o caminho para garantir os direitos das crianças, de aprender, brincar, expressar, explorar, conviver e conhecer-se, será sempre o da escuta: a escuta documentada e sensível, que traduzirá o que as crianças expressam sobre essa nova realidade pós covid 19. | pt_BR |
| dc.description.abstract2 | Considering that the aware listening is foundational for the children’s voice legitimization process in the school’s daily routine, this research brings the following problem into focus: how to provide a pedagogical practice that legitimises children as protagonists after the pandemic onset? This question has directed to the present study’s main objective: studying methodological ways to assure a post-pandemic pedagogical practice that legitimises children as protagonist. This is a qualitative research using the foundations of the Critical Multi referential Etnopesquisa (MACEDO, 2004, 2010). Aiming to substantiate the study, I set a dialogue between the following theorists: Arroyo (2016), Ariés (1973), Sodré (2009), Sarmento (2000, 2005, 2007) and Kramer (2005) to the section that debates the concept of childhood/childhoods and its development. In this section, I speak on the sense of childhood development from a historical point of view, creating a timeline leading to the Brazil’s making process. I also discuss about the various possible childhoods. Then, I follow to the section about the listening, in which I bring ideas of Barbier (2002), Rinaldi (2006, 2014), Malaguzzi (1995) e Friedman (2018, 2020) to the debate, raising concepts as the aware listing and the children’s multiple languages. I set a link between the Modernity historical context to the Post-modernity, connecting to the current pedagogical practices in each one of these periods through Campbel (2016) e Dahlberg’s (2019) reflections. Then, I move forward to reflecting on the relation between the listening and the pedagogical practice that understands children as protagonists. Based on the ideas of Arroyo (2016), Macedo (2013), Zabala (1998), Freire (1966), Formosinho (2007), Malaguzzi (1995), Rinaldi (2006, 2014) and Friedman (2018, 2020), I start by presenting concepts, theoretical-philosophical ideas, linking them. A preliminary survey in a private Early Childhood Education school has been done in 2019 in a four-year-old children classroom, aiming to analyze the children’s responsive attitudes in dialogues with adults, observing and listening to the kids as well as their surroundings. Assured that even walls would speak, the priority, according to Sarmento’s (2000) direction, was to set the interest to all the traces and small details that comprehend the everyday school life, as well as the important events that emerge in the studied contexts. The covid-19 onset has caused the social structure to be reset and we are still in this process, with no prediction of returning to our usual activities. The school, specially the Early Childhood Education, has been seriously affected by it. Macedo adds that the Etnopesquisa cares about man in their social context, considering the organization of socio-cultural order, looking essentially at the constitutive processes to man in society. Therefore, I couldn’t be indifferent to the new current historical context. Implicated in the desire to contribute to society, influenced by the principles that conduct the Etnopesquisa, as set out, I took into account the relevance of the pandemic caused issue, finding ways so that children won’t be silenced by the fear all over the world. Conversely, finding new methodological ways that assure children to be protagonists through new listening-to-young-kids pedagogical practices, allowing children to rise in the Brazilian horizon and, perhaps, in the global horizon as well. Thus, I turned my gaze to the new individuals of the study. Those who think, plan, project, dream and that now look for solutions to grant children’s rights in the school education: the managers, principals, pedagogical coordinators and teachers. To produce all the needed information, I carried out individual semi structured virtual interviews via videocalls, that covered experiences on facing the covid-19 and perspectives found in the Early Childhood Education educational scenario. After analyzing and discussing the produced information, I concluded that the only safe and efficient answer we have got is that it is time to change. In the current context, the school experienced life - if built around the values and meanings presented and discussed throughout this study - can contribute to renewing the democratic qualities of the 12 broadest social and cultural context. We will return following plenty of protocols in a new context to all. Feelings will be mixed up, and the way to grant children’s rights to learn, to play, to acknowledge, to express and to live together, will always be the listening way: the documented and aware listening, that will translate what children express about the post-covid 19 reality. | |
| dc.identifier.citation | REOL, Ângela Gonçalves Nery. O lugar da escuta na prática pedagógica da educação infantil: novas (im)possibilidades oriundas de uma pandemia. Orientadora: Rosemary Lapa de Oliveira. 2021. 82f. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade - Departamento de Educação Campus I, Universidade do Estado da Bahia, Salvador, 2021. | |
| dc.identifier.uri | http://hdl.handle.net/20.500.11896/3315 | |
| dc.identifier2.lattes | http://lattes.cnpq.br/1694349027565971 | |
| dc.language.iso | por | |
| dc.rights | info:eu-repo/semantics/openAccess | en |
| dc.subject | Covid 19 | pt_BR |
| dc.subject | Infância | pt_BR |
| dc.subject | Prática pedagógica | pt_BR |
| dc.subject | Escuta | pt_BR |
| dc.subject | Protagonismo infantil | pt_BR |
| dc.subject | Cotidiano escolar | pt_BR |
| dc.title | O lugar da escuta na prática pedagógica da educação infantil: novas (im)possibilidades oriundas de uma pandemia | pt_BR |
| dc.title.alternative2 | The role of listening in the pedagogical practice of early childhood education: new (im)possibilities arising from a pandemic | |
| dc.type | info:eu-repo/semantics/masterThesis | pt_BR |
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