Entre a pobreza e a propiedade: o pequeno proprietário de escravos em Salvador. 1850/1888
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Resumo
Nas últimas décadas, a historiografia brasileira tem se concentrado em estudar os sujeitos intermediários e de condição incerta na sociedade do Brasil colonial e imperial, abordando temas como a escravidão. Embora haja avanços, a interpretação das condições de vida nos centros urbanos da época ainda é um campo em aberto. A maior parte da produção acadêmica tem focado nos homens livres pobres, libertos, mendigos e vadios, mas poucos estudos se aprofundaram na relação entre pobreza, propriedade e escravidão. A pesquisa que originou o texto visava discutir o padrão de posse de escravos entre pequenos proprietários, especialmente aqueles que pertenciam a setores mais pobres da população. Ao longo da pesquisa, surgiram várias perguntas, como a definição do "pequeno proprietário de escravos" em um contexto social e econômico instável, marcado pela iminência do fim da escravidão. A resposta foi a identificação desse sujeito com o perfil de muitos moradores da capital da Bahia. Outra questão envolveu a delimitação das fronteiras entre riqueza e pobreza, já que a posse de escravos por pequenos proprietários poderia levar a conclusões equivocadas sobre a verdadeira situação social e econômica dessas pessoas.