O presente trabalho tem como objetivo principal compreender as condições de vida das mulheres da elite de Jacobina durante os finais do século XIX, mais especificamente entre 1878 e 1888, datas da última grande divisão do território de Jacobina nos oitocentos (emancipação da freguesia de Riachão do Jacuípe, que se transformaria em cidade) e o fim da escravidão, respectivamente. Para tanto utilizei inventários, testamentos, arrolamento de bem e partilha amigável, fontes forenses localizadas no Arquivo Público do Estado da Bahia, além de correspondências da Câmara Municipal de Jacobina, os censos de 1872 e 1890 e, depoimento oral. A essas fontes foi dado um tratamento quantitativo e qualitativo, aliado à concepção de gênero de Joan Scoot. Nesse trabalho, as mulheres da elite de Jacobina são compreendidas enquanto sujeitos socialmente ativos, amplamente inseridas na economia e na política dos lares abastados.