O tratamento da incontinência urinária de esforço feminina através do biofeedback: revisão de literatura

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Data
2011-12-05
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Resumo

FUNDAMENTO: A incontinência urinária de esforço (IUE) é definida pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) como uma queixa de qualquer perda involuntária de urina, ocasionada quando a pressão intravesical excede a pressão uretral máxima, na ausência da atividade contrátil da musculatura detrusora, que ocorre nos momentos de tosse, espirro, risada ou durante algum esforço. É a forma de incontinencia com maior prevalência, sendo responsável por 60% dos casos de incontinencia urinária feminina. O tratamento da IUE pode ser cirúrgico ou conservador e no Brasil a abordagem ainda é tradicionalmente cirúrgica. A terapêutica conservadora é realizada através de técnicas que visam o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico, sendo para tanto utilizado a cinesioterapia perineal, a eletroestimulação funcional, cones vaginais, exercícios de Kegel e dispositivos de Biofeedback. OBJETIVO: Sistematizar as evidências científicas sobre o tratamento da incontinencia urinária feminina através do uso de dispositivos Biofeedback. MÉTODOS: Revisão de literatura, realizada na base de dados MedLine, LILACS e na Biblioteca Virtual SciELO, coletados entre abril de 2010 e junho de 2011, através da associação das palavraschaves pré-estabelecidas, tendo como critérios de inclusão artigos com ensaios clínicos controlados e randomizados, referentes ao tratamento conservador da IUE através de dispositivos de Biofeedback, associado ou não a outro recurso fisioterapeutico, escritos em inglês, português ou espanhol. RESULTADOS E DISCUSSÃO: De um total de 174 artigos relacionados, apenas 10 artigos atenderam aos critérios de inclusão sendo, assim, recuperados para a revisão. Os estudos demonstraram uma prevalência do uso de dispositivos de Biofeedback com sensores vaginais de superfície, com sessões que variavam de 15 a 45 minutos, por um período de seis semanas. Os efeitos foram positivos no aumento da força e tempo de contração do assoalho pélvico, da capacidade cistométrica máxima, na Pressão de Perda ao Esforço, na sensação subjetiva de perda urinária, nas médias e medianas dos escores do King’s Health Questionaire (KHQ). CONCLUSÃO: A utilização de dispositivos Biofeedback tem sido demonstrada na literatura mundial, ainda que de maneira discreta, como um recurso seguro, eficaz e de baixo custo, capaz de potencializar os efeitos dos exercícios perineais.


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Palavras-chave
Fisioterapia, Biofeedback, Incontinência urinária de esforço
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