Este artigo discute a morte na literatura juvenil. Para tal intuito, realiza uma pesquisa de cunho interpretativo e bibliográfico, cujo principal objetivo é discutir a representação e o tratamento da morte na obra A culpa é das Estrelas (2012), de John Green. Nas análises, questiona-se como alguns autores tratam da morte para jovens através da literatura, bem como evidencia de que maneira o livro apresenta esse tema, avalia, critica e discute tais abordagens. Com esse propósito, faz um breve percurso histórico acerca da morte na história e na literatura, bem como sua inserção na literatura infantil e juvenil. Em seguida, problematiza o lugar da morte na referida obra, através de elementos dos textos verbais, evidenciando a forma como ela é apresentada ao público-alvo. Para esse fim, utilizou-se, como aporte teórico, os trabalhos de alguns autores que se debruçam sobre a questão, tais como Lajolo e Zilberman (1991), Nely Novaes Coelho (1991), Castilho (2004), Schubert (2007) e Antônio Candido (2006), entre outros. A partir de tal percurso metodológico, percebeu-se o quão relevante é tratar da morte em textos destinados ao leitor jovem, ainda que em caráter alegórico ou inferencial, sem privá-lo de compreender as fases da vida a que todo indivíduo deve transpor. A morte continuará fazendo parte da natureza humana, não há como evitá-la, mas há como discutir sobre ela através da imaginação e da fantasia, em uma aproximação leve e com linguagem apropriada.