História e memória da formação docente: curso normal rural do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora (1929-1989)

Carregando...
Imagem de Miniatura
Data
2020
Título da Revista
ISSN da Revista
Título de Volume
Editor
UNEB
Resumo

Nesta dissertação, apresento o viés da formação docente, tendo como base de estudo o Curso Normal Rural do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, sendo a primeira instituição a oferecer o primeiro curso de formação de professoras na região de Petrolina-PE. Essa instituição se enquadra dentro de uma perspectiva de ensino confessional mantida pela congregação das filhas de Maria Auxiliadora, constituída nos conceitos cristãos e fundada na primeira metade do século XX. A pesquisa que originou este trabalho buscou responder à seguinte questão: Qual a contribuição do Curso Normal de Formação Rural do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora para o processo de formação das docentes que atuariam nas escolas rurais do município de Petrolina? Nessa direção, para melhor compreensão dessa questão de pesquisa, foi definido como objetivo geral, em compreender o processo histórico da formação docente a partir da contribuição do Curso Normal Rural do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora para a atuação das professoras na educação rural. Para isso, recorremos aos seguintes objetivos específicos: destacar o processo histórico da política de formação docente para a organização das escolas normais no Brasil; analisar a relação entre o currículo do curso e as especificidades do mundo rural presentes nas disciplinas ofertadas; averiguar como acontecia o processo formativo das normalistas a partir do currículo prescrito na escola normal; investigar as práticas pedagógicas e os métodos ministrados pelas irmãs salesianas no Curso Normal Rural; revelar, a partir do olhar das normalistas, as contribuições do curso para o desenvolvimento da cidade de Petrolina e região. Trata-se de uma pesquisa de análise histórico-documental e de campo mediante entrevista semiestruturada realizada com as ex normalistas do estabelecimento de ensino, tendo como recorte temporal as décadas de 1929 a 1989, ocasião a abranger desde a gênese das atividades do curso normal rural até o ano em que o curso foi suspenso e inaugura-se o ginásio de esporte. Foi possível apreender que no estado de Pernambuco a primeira “Escola Normal Rural” foi a do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora no ano de 1936 e depois outras escolas foram surgindo em outras localidades, apesar dessa instituição ter sido fundada pela Diocese de Petrolina, a partir das influências do bispo Dom Malan, no contexto em que Petrolina se encontrava com poucas escolas houve o apoio político, tendo em vista que ambos buscaram meios de superar a deficiência do setor educacional e todo esse trabalho se sobressaiu nas relações políticas e religiosas. A fundamentação teórica da pesquisa ancorou nos estudos de autores do campo da história da educação e da educação como: Vincentine e Lugli (2009), Catani (1989), Nóvoa (1991), Chicolte (1991) e Reis (2011), entre outros, que apresentam relevância de conceitos conectada com saberes na compreensão nos processos de ensino aprendizagem e da formação docente. Assim, comprova-se que a educação proferida pelo Curso Normal Rural esteve associada às idéias de cristianização da Igreja Católica, além de atender aos anseios da sociedade da época, dentre esses: os ensinamentos postos pela instituição visando à formação moral, profissional e cultural e, ainda, formar moças educadas para atuar como professoras primárias, o que teria influenciando no processo de desenvolvimento histórico regional da educação de ensino para a cidade de Petrolina - PE e região.


Descrição
Palavras-chave
Citação
SILVA, Rosa Santos Mendes da. História e memória da formação docente: curso normal rural do Colégio Nossa Senhora Auxiliadora Petrolina (1929-1989). 2020. 105 f. Dissertação (Mestrado em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos) – Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas – DCH III, Programa de Pós-Graduação em Educação, Cultura e Territórios Semiáridos – PPGESA, Juazeiro, 2020.
Palavras-chave