Escrituras de “índio”: modos estético­políticos de combater e superar as ordens de despejo

dc.contributor.advisorSantos, Osmar Moreira dos
dc.contributor.authorPinto, Juliene Cristian Silva
dc.contributor.refereeLima, Maria Nazaré Mota de
dc.date.accessioned2024-05-07T11:30:10Z
dc.date.available2024-05-07T11:30:10Z
dc.date.issued2019-06-03
dc.description.abstractUm dos ganhos do Movimento Indígena nos anos 1970 foi a consolidação de um ativismo específico, nas malhas do Brasil (BANIWA, 2006). Por meio dele, os indígenas puderam articular uma mobilização estético-política aguerrida, cujas bases perpassam a destruição da história única. Tomando as dimensões histórico-culturais e sociopolíticas desse fio condutor, o estudo trata de uma interpretação teórico-crítica, que discute os elementos epistemológicos da elaboração do indígena brasileiro formulados pelas políticas indigenista e indianista, lançando luzes sob a política indígena, que busca reconfigurar o imaginário coletivo e subverter a naturalização das narrativas logocêntricas (MUNDURUKU, 1999, 2000, 2004; 2006, 2008, 2010, 2012; POTIGUARA 2004; JEKUPÉ, 2003). No plano do método, o corpus considerou o mapa dos rastros da cobiça do Estado brasileiro, de caráter catequizador e integracionalista, petrificados numa tradição política composta pelas ordens de despejo linguístico, cultural, territorial e ontológico (VIVEIROS DE CASTRO, 2002; COELHO, 2006). Ao fazer isso, os dados evidenciam uma avaliação da política indianista enveredada pelo discurso de acomodação aos destinos fictício, utópico, apocalíptico e invisível, adentrando nas linhas de fuga e reversão operacionadas pelos modernistas. Os seus desdobramentos compreendem a nova história indígena, que envolve a questão da autoria e do protagonismo, aqui, (re) pensada sob os termos do substrato político pedagógico e do debate intercultural aberto nos anos 1980-1990. Essa leitura aponta que a política indigenista, em grande medida, pôs em prática as referidas ordens de despejo para a extinção física e simbólica dos povos indígenas, e nos interstícios deixou escapar a autoria (CUNHA; VIVEIROS DE CASTRO, 1985; CLASTRES, 1978). Esvazia-se, portanto, o discurso falacioso de invisibilidade e silenciamento, fomentado, inclusive, pela política indianista, de cunho romântico e Pré-Modernista que deu seguimento à barbárie. Para além disto, contribui com o acervo de produções de temática indígena para o Laboratório de Edição Fábrica de Letras no Programa de Crítica Cultural, e, na formação continuada de estudantes e professores, como um chamariz que realça o discurso contra -hegemônico ao revisitar a história indígena e reconhecer formas de ação dos próprios sujeitos a fim de fazer circular a criatividade e a memória ancestral frente ao discurso único que os invade.
dc.description.abstract2L’un des gains du Mouvement Indigène dans les années 1970 au Brésil a été la consolidation de l’activisme spécifique (BANIWA, 2006). C’est ainsi que les indigènes ont pu articuler une mobilisation esthétique¬politique, dont les bases passent à travers de la destruction de l’histoire unique. Compte tenu les dimensions historico¬culturelles et sociopolitiques de ce fil conducteur, l’étude porte sur une interprétation critique et théorique, qui aborde les éléments épistémologiques de l’élaboration des peuples indigènes brésiliens formulés par les politiques autochtone e indianista, en accord avec la politique autochtone, qui cherche à reconfigurer l’imaginaire collectif et à subvertir la naturalisation des récits logocentriques (MUNDURUKU, 1999, 2000, 2004; 2006, 2008, 2010, 2012; POTIGUARA 2004; JEKUPÉ, 2003). Dans le plan de la méthode, le corpus a considéré les traces de la convoitise de l’État brésilien, du catéchisme et du caractère intégrationnaliste, pétrifié dans une tradition politique composée par des ordres d’expulsion linguistique, culturelle, territoriale et ontologique (VIVEIROS DE CASTRO, 2002; COELHO, 2006). Les données en question mettent en évidence l’évaluation de la Politique Indianista, basée sur le discours d’accommodement aux destinations fictives, utopiques, apocalyptiques et invisibles, opérationnalisées par les modernistes. Ses déroulements comprennent la nouvelle histoire autochtone, qui implique la question du protagonisme, ici, (re) pensée selon les termes du substrat politico-pédagogique et le débat interculturel ouvert dans les années 1980-1990. Cette lecture fait signe vers la politique autochtone, au sens large du terme, mise en pratique par les ordonnances d’expulsion mentionnées dans le but de l’extinction physique et symbolique des peuples indigènes, que dans les interstices ont laissé échapper le protagonisme (CUNHA; VIVEIROS DE CASTRO, 1985; CLASTRES, 1978). C’est l’absence du discours fallacieux de l’invisibilité et du silence, favorisé par la politique indianista, d’une nature romantique et pré-moderniste, qui ont donné suíte à la barbarie. Au dela, cette recherche contribue à la collection des Productions sur la thèmatique basée sur les indigènes, pour le laboratoire d’Édition de l’Usine de Lettres dans le Programme de Critique Culturelle, dans la formation continue des étudiants et des enseignants, dans le but de contrecarrer le discours hégémonique tout en revisitant l’histoire autochtone et en reconnaissant les différentes formes d’actions des sujets eux-mêmes afin de faire circuler la créativité et la mémoire ancestrale face au discours unique envahisseur.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.citationPINTO, Juliene Cristian Silva. Escrituras de “índio”: modos estético­políticos de combater e superar as ordens de despejo. Orientador: Osmar Moreira dos Santos. 2019. 285f. Dissertação(Mestrado em Crítica Cultural). Departamento de Educação, Universidade do Estado da Bahia, Alagoinhas, 2019.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5376
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade do Estado da Bahia
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Crítica Cultural
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by/3.0/br/
dc.rights2Attribution 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsDebates contemporâneos
dc.subject.keywordsCrítica Cultural
dc.subject.keywordsReversão
dc.titleEscrituras de “índio”: modos estético­políticos de combater e superar as ordens de despejo
dc.title.alternativeWritings of "Indigenous": Aesthetic-Political Ways of Fighting and Overcoming Eviction Orders
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
Arquivos
Pacote Original
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
Escrituras de “índio”_Juliene Pinto.pdf
Tamanho:
1.84 MB
Formato:
Adobe Portable Document Format
Descrição:
Licença do Pacote
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Carregando...
Imagem de Miniatura
Nome:
license.txt
Tamanho:
462 B
Formato:
Item-specific license agreed upon to submission
Descrição: