"O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012

dc.contributor.advisorFerreira, Jackson André da Silva
dc.contributor.authorSilva, Tainan Rocha da
dc.contributor.refereeSantos, Joceneide Cunha dos
dc.contributor.refereeMiranda, Carméla Aparecida Silva
dc.contributor.refereeOliveira, Neivalda Freitas de
dc.date.accessioned2023-12-01T10:34:40Z
dc.date.available2023-12-01T10:34:40Z
dc.date.issued2023-08-28
dc.description.abstractA tradição de Cheganças e Marujadas, desde o ano de 2019, foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Estado da Bahia (IPAC, 2019). No município de Camaçari, sabe-se da existência de dois grupos: a Chegança de Mouros de Arembepe e a Chegança Feminina de Arembepe. De acordo com a tradição oral, o primeiro grupo fora criado no ano de 1930 e contou com a participação majoritária de homens negros e pescadores. O segundo grupo surgiu no ano de 2002, em que mulheres idosas, percebendo a baixa presença do primeiro grupo na região, decidiram criar uma chegança feita apenas por elas. Na década de 1930, a localidade de Arembepe era povoada majoritariamente por pescadores, marisqueiras e cultivadores de coco. Os anos que se seguiram até o período de 2012 foram marcados pela entrada da indústria, pavimentação de vias na localidade e atividades de turismo na região. Situação que teceu aproximações de Arembepe com as cidades de Lauro de Freitas e Salvador, resultando na entrada crescente de novos moradores e visitantes. As transformações observadas na localidade permitiram mudanças na tradição de Cheganças, o que não significou a destruição da manifestação cultural, pois, encarando-a enquanto dinâmica e repleta de contradições, as ações dos brincantes permitiram a continuidade da tradição de Cheganças em Arembepe. Os estudos da História Oral se tornaram essenciais para condução desse trabalho, aliados às discussões de culturas negras, história das mulheres e tradições inventadas, fora possível compreender de que maneira os brincantes conseguiram manter viva a tradição em Arembepe. Sob este cenário que se lançam os olhares à tradição de Cheganças, com o intuito de analisar como homens e mulheres negros, em meio as mudanças políticas, econômicas e sociais em sua localidade, exerceram estratégias para a continuidade da tradição.
dc.description.abstract2The tradition of Cheganças and Marujadas, since 2019, has been recognized as Intangible Cultural Heritage of the State of Bahia (IPAC, 2019). In the municipality of Camaçari, two groups are known to exist: Chegança de Mouros de Arembepe and Chegança Feminina de Arembepe. According to oral tradition, the first group was created in 1930 and had the majority participation of black men and fishermen. The second group emerged in 2002, when elderly women, realizing the low presence of the first group in the region, decided to create an arrival made just for them. In the 1930s, the town of Arembepe was populated mainly by fishermen, shellfish gatherers and coconut growers. The years that followed until 2012 were marked by the entry of industry, paving of roads in the locality and tourism activities in the region. A situation that brought Arembepe closer to the cities of Lauro de Freitas and Salvador, resulting in the increasing arrival of new residents and visitors. The transformations observed in the locality allowed changes in the Cheganças tradition, which did not mean the destruction of the cultural manifestation, since, seeing it as dynamic and full of contradictions, the actions of the participants allowed the continuity of the Cheganças tradition in Arembepe. Oral History studies became essential for carrying out this work, combined with discussions of black cultures, women's history and invented traditions, it was possible to understand how the participants managed to keep the tradition alive in Arembepe. Under this scenario, we look at the Cheganças tradition, with the aim of analyzing how black men and women, in the midst of political, economic and social changes in their locality, exercised strategies to continue the tradition.
dc.format.mimetypeapplication/pdf
dc.identifier.citationSILVA, Tainan Rocha da. "O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012. Orientador: Jackson André da Silva Ferreira. 2023. 135 f. Dissertação (Mestrado em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras) – Universidade do Estado da Bahia, Campus XVI, Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias, Irecê, 2023.
dc.identifier.urihttps://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/4926
dc.identifier2.Latteshttp://lattes.cnpq.br/5483062024171689
dc.identifier2.ORCID0000-0001-7481-2165
dc.language.isopor
dc.publisherUniversidade do Estado da Bahia
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Estudos Africanos, Povos Indígenas e Culturas Negras
dc.rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nd/3.0/br/
dc.rights2Attribution-NoDerivs 3.0 Brazilen
dc.subject.keywordsCheganças
dc.subject.keywordsArembepe
dc.subject.keywordsHistória Oral
dc.title"O vento perdeu a fúria e logo se consagrou”: a tradição de Cheganças em Arembepe, Camaçari – Bahia entre os anos de 1930 e 2012
dc.title.alternativeThe wind lost its fury and soon became consecrated': the tradition of Cheganças in Arembepe, Camaçari – Bahia between the years 1930 and 2012
dc.typeinfo:eu-repo/semantics/masterThesis
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