O material é fruto de uma tese de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Agroecologia e Desenvolvimento Territorial da Universidade do Estado da Bahia, em parceria com a Universidade Federal do Vale do São Francisco e a Universidade Federal Rural de Pernambuco. Seu objetivo é apoiar professoras e professores na inserção da educação ambiental na rotina escolar da primeira infância, estimulando a aproximação das crianças com a natureza. O produto não se propõe a ser um manual de atividades, mas um itinerário pedagógico estruturado em trilhas reflexivas, com bases teóricas, sugestões práticas e inspirações que fortalecem a consciência ecológica desde cedo. Defende que a educação ambiental vai além do conhecimento, envolvendo atitudes, valores e senso de pertencimento, em consonância com marcos legais nacionais e estaduais. Entre os destaques, apresenta: a importância do contato diário da criança com o ambiente natural para o desenvolvimento integral, físico, cognitivo, afetivo e ético; críticas ao “transtorno do déficit de natureza”, que revela o afastamento crescente das crianças dos espaços naturais; propostas de mapeamento de áreas verdes dentro e fora da escola, valorizando hortas, jardins, praças e territórios comunitários; indicações de práticas pedagógicas, como brincadeiras ao ar livre, contação de histórias ligadas à natureza, atividades artísticas e sensoriais, cultivo de hortas, visitas a espaços ecológicos e culturais; um cronograma sugerido de aproximação com a natureza: diariamente brincar ao ar livre, semanalmente explorar a natureza, mensalmente visitar espaços externos, e anualmente conhecer áreas cultivadas; referências e sugestões de materiais, instituições e iniciativas que podem inspirar educadores, como o Instituto Alana, o Projeto Escola Verde, o Irpaa, o Caerdes, a Univasf e diversas publicações sobre infância e meio ambiente. A obra reforça que a educação ambiental na infância é um processo contínuo, transdisciplinar e coletivo, essencial para formar cidadãs e cidadãos comprometidos com a sustentabilidade, a justiça social e o cuidado com a “Casa Comum”.