Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Biodiversidade Vegetal (PPGBVeg)
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- ItemAvaliação do potencial biológico do óleo essencial de psidium bahianum ladrum & funch (Myrtaceae)(Uiversidade do Estado da Bahia, 2023-07-10) Souza, Olga Lara de Jesus; Vale, Vera Lúcia Costa; Filho,, José Tadeu Raynal Rocha; Silva,, Marcos da CostaDesde os tempos primórdios, os recursos vegetais são efetivos para o desenvolvimento e aporte dos seres vivos. Apesar do desenvolvimento da medicina, grande parte da população faz uso de medicações naturais na atenção elementar à saúde. Diante disso, torna-se indispensável pesquisas com produtos naturais frente à sua atividade farmacológica, toxicológica, sua caracterização química e botânica a fim de regulamentar suas exigências quanto à qualidade eficácia e segurança para então alcançar ensaios clínicos e o desenvolvimento de drogas. As espécies pertencentes ao gênero Psidium são particularmente ricas em óleos essenciais, no qual vêm sendo utilizados na indústria farmacêutica, alimentícia e na estética. Diante disso o objetivo geral deste estudo foi avaliar a atividade biológica do óleo essencial das folhas frescas de Psidium bahianum coletadas em remanescente de Mata Atlântica no Litoral Norte da Bahia, Brasil. Para os estudos, foram coletadas folhas do araçazeiro P. bahianum em um fragmento de floresta ombrófila densa presente no campus II – UNEB, Alagoinhas - Bahia. O material botânico foi encaminhado para o Laboratório de Biologia Experimental para a realização da extração do óleo essencial por "arraste a vapor d'água" utilizando-se um aparelho de Clevenger. O óleo essencial foi analisado pela Ressonância magnética nuclear de H¹. A atividade antioxidadante foi avaliada pela técnica de DPPH. Os testes antimicrobianos foram realizados por difusão em disco, e para a determinação da atividade tóxica realizou-se através dos ensaios em hemácias de carneiro e Artemia salina Leach. O estudo de ressonância demonstrou principalmente a presença de monoterpenos, dentre eles o linalol, e sequisterpenos. No ensaio antioxidante a capacidade sequestradora de radicais livres foi de 18,03 ± 2,53 para 125 μg /mL. No ensaio antimicrobiano o óleo essencial inibiu o crescimento dos microrganismos testados (Staphylococcus aureus (ATCC® 6538 ™), Bacillus subtilis (ATCC® 6633 ™), Bacillus cereus (ATCC® 6633 ™), Micrococcus luteus (ATCC® 10240 ™), Escherichia coli (ATCC® 94863 ™), Aspergillusniger (ATCC® 16404 ™), Candida albicans (ATCC® 18804 ™) e Candida glabrata (ATCC® 728 ™) na concentração de 10mg/mL. O resultado da toxicidade demonstrou que somente na concentração de 1000μg/mL o óleo essencial apresentou-se parcialmente tóxico para hemácias de carneiro. No teste de toxicidade em A. salina, os resultados mostram que em 24 e 48 horas da DL50 é de 371,48 e 302μg/mL de óleo essencial sendo considerados moderadamente tóxicos e em 72 horas a DL 50 é de 33,11μg/mL considerado altamente tóxico. Os dados obtidos são inéditos e promissores uma vez que o óleo essencial de P. bahianum demostrou atividade antimicrobiana para bactérias Gram Positiva e negativa e para fungos e os dados obtidos de toxicidade em Artemia salina para o óleo essencial poderá ser testado em diferentes linhagens tumorais.
- ItemAvaliação da atividade antimicrobiana, antioxidante, citotóxica e perfil químico de espécies da família melastomataceae juss. Coletadas em remanescente de Mata Atlântica, Litoral Norte, Bahia, Brasil.(UNEB, 2018-03-26) Bomfim, Ellen Matos Silva; Vale, Vera Lúcia Costa; Souza Neta, Lourdes Cardoso de ; Trindade, Soraya CastroÀ crescente incidência da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos atuais, bem como os efeitos deletérios provocados pela produção excessiva de radicais livres no organismo humano e sua relação com a crescente incidência global do câncer, tem-se valorizado a busca por novos e diferentes constituintes químicos vegetais com atividade antimicrobiana, antioxidante e anticancerígena, com baixa toxicidade. Neste trabalho foram avaliadas as atividades antimicrobiana, antioxidante, toxicológica, citotóxica e o perfil químico dos extratos brutos, em hexano e em acetato de etila, de dez espécies da família Melastomataceae: Miconia albicans, Miconia alborufescens, Miconia amoena, Miconia ciliata, Miconia fallax, Clidemia capitellata, Clidemia hirta, Clidemia sericea, Tibouchina francavillana e Tibouchina lhotzkyana. A atividade antimicrobiana foi realizada por método do disco de difusão em ágar frente à Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Micrococus luteus e Bacillus subtilis e o fungo Aspergillus niger. A atividade antioxidante foi mensurada usando o ensaio de captura do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi avaliada em Artemia salina Leach e registrada como a concentração letal média (LC50) nas concentrações de 10, 100 e 1000 µg/mL, durante 72 horas. A citotoxicidade foi realizada utilizando linhagens de células leucêmicas humana (THP-1) com extrato vegetal na concentração de 100 µg/mL, durante 24 horas, e observadas em microscópio invertido (20x) para análises morfológicas. O estudo fitoquímico foi realizado utilizando métodos de coloração para a identificação das principais classes de metabólitos secundários e método espectrofotométrico para a quantificação de fenóis totais e flavonoides totais, expressos equivalência de ácido gálico por grama de extrato bruto (EAG/g) e equivalência de quercetina por grama de extrato bruto (EQ/g), respectivamente. Verificou-se apenas que os extratos em acetato de etila de C. hirta e C. capitellata foram ativos frente as bactérias: a C. hirta com atividade em M. luteus (CIM 125 µg/mL), S. aureus (CIM 500 µg/mL) e P. aeruginosa (CIM 500 µg/mL); e a C. capitellata contra M. luteus (CIM 62,5 µg/mL), S. aureus (CIM 125 µg/mL), P. aeruginosa (CIM 125 µg/mL) e B. subtilis (CIM 125 µg/mL). Ambos os extratos com atividade bacteriostática. Para a avaliação antioxidante, os extratos que apresentaram maior atividade sequestradora do radical livre DPPH foram os extratos hexânico de T. francavillana (80,64% ± 0,90), e em acetato de etila de C. hirta (63,54 % ± 1,46). O ensaio toxicológico demonstrou que todos os extratos hexânicos não apresentaram toxicidade 8 em A. salina. Para as extrações em acetato de etila, os extratos de M. alborufescens (CL50 61,6 µg/mL) e de C. hirta (CL50 75,8 µg/mL) apresentaram alta toxicidade e os extratos da M. albicans (CL50 512,7 µg/mL), C. sericea (CL50 831,7 µg/mL) e da T. lhotzkyana (CL50 537,0 µg/mL) expressaram baixa toxicidade. Foi observada atividade citotóxica dos extratos em células THP-1, através da visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Na análise fitoquímica, foram detectados nos extratos a presença de taninos condensados, terpenos e esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de fenóis totais em hexano foi da C. capitellata (205, 95 mg/g ± 4,14) e em acetato de etila da M. amoena (254,09 mg/g ± 4,24). O extrato de Clidemia hirta apresentou maior teor de flavonoides totais para ambas extrações: 143,99 EQ/g ± 4,18 em hexano, e 123,52 EQ/g ± 2,27 em acetato de etila. Os ensaios realizados forneceram resultados promissores, sugerindo a continuidade de novas avaliações químico-farmacológicos e isolamento do princípio ativo dos extratos.