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- ItemAvaliação da atividade antimicrobiana, antioxidante, citotóxica e perfil químico de espécies da família melastomataceae juss. Coletadas em remanescente de Mata Atlântica, Litoral Norte, Bahia, Brasil.(UNEB, 2018-03-26) Bomfim, Ellen Matos Silva; Vale, Vera Lúcia Costa; Souza Neta, Lourdes Cardoso de ; Trindade, Soraya CastroÀ crescente incidência da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos atuais, bem como os efeitos deletérios provocados pela produção excessiva de radicais livres no organismo humano e sua relação com a crescente incidência global do câncer, tem-se valorizado a busca por novos e diferentes constituintes químicos vegetais com atividade antimicrobiana, antioxidante e anticancerígena, com baixa toxicidade. Neste trabalho foram avaliadas as atividades antimicrobiana, antioxidante, toxicológica, citotóxica e o perfil químico dos extratos brutos, em hexano e em acetato de etila, de dez espécies da família Melastomataceae: Miconia albicans, Miconia alborufescens, Miconia amoena, Miconia ciliata, Miconia fallax, Clidemia capitellata, Clidemia hirta, Clidemia sericea, Tibouchina francavillana e Tibouchina lhotzkyana. A atividade antimicrobiana foi realizada por método do disco de difusão em ágar frente à Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Micrococus luteus e Bacillus subtilis e o fungo Aspergillus niger. A atividade antioxidante foi mensurada usando o ensaio de captura do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi avaliada em Artemia salina Leach e registrada como a concentração letal média (LC50) nas concentrações de 10, 100 e 1000 µg/mL, durante 72 horas. A citotoxicidade foi realizada utilizando linhagens de células leucêmicas humana (THP-1) com extrato vegetal na concentração de 100 µg/mL, durante 24 horas, e observadas em microscópio invertido (20x) para análises morfológicas. O estudo fitoquímico foi realizado utilizando métodos de coloração para a identificação das principais classes de metabólitos secundários e método espectrofotométrico para a quantificação de fenóis totais e flavonoides totais, expressos equivalência de ácido gálico por grama de extrato bruto (EAG/g) e equivalência de quercetina por grama de extrato bruto (EQ/g), respectivamente. Verificou-se apenas que os extratos em acetato de etila de C. hirta e C. capitellata foram ativos frente as bactérias: a C. hirta com atividade em M. luteus (CIM 125 µg/mL), S. aureus (CIM 500 µg/mL) e P. aeruginosa (CIM 500 µg/mL); e a C. capitellata contra M. luteus (CIM 62,5 µg/mL), S. aureus (CIM 125 µg/mL), P. aeruginosa (CIM 125 µg/mL) e B. subtilis (CIM 125 µg/mL). Ambos os extratos com atividade bacteriostática. Para a avaliação antioxidante, os extratos que apresentaram maior atividade sequestradora do radical livre DPPH foram os extratos hexânico de T. francavillana (80,64% ± 0,90), e em acetato de etila de C. hirta (63,54 % ± 1,46). O ensaio toxicológico demonstrou que todos os extratos hexânicos não apresentaram toxicidade 8 em A. salina. Para as extrações em acetato de etila, os extratos de M. alborufescens (CL50 61,6 µg/mL) e de C. hirta (CL50 75,8 µg/mL) apresentaram alta toxicidade e os extratos da M. albicans (CL50 512,7 µg/mL), C. sericea (CL50 831,7 µg/mL) e da T. lhotzkyana (CL50 537,0 µg/mL) expressaram baixa toxicidade. Foi observada atividade citotóxica dos extratos em células THP-1, através da visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Na análise fitoquímica, foram detectados nos extratos a presença de taninos condensados, terpenos e esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de fenóis totais em hexano foi da C. capitellata (205, 95 mg/g ± 4,14) e em acetato de etila da M. amoena (254,09 mg/g ± 4,24). O extrato de Clidemia hirta apresentou maior teor de flavonoides totais para ambas extrações: 143,99 EQ/g ± 4,18 em hexano, e 123,52 EQ/g ± 2,27 em acetato de etila. Os ensaios realizados forneceram resultados promissores, sugerindo a continuidade de novas avaliações químico-farmacológicos e isolamento do princípio ativo dos extratos.
- ItemAvaliação do potencial biológico do óleo essencial de psidium bahianum ladrum & funch (Myrtaceae)(Uiversidade do Estado da Bahia, 2023-07-10) Souza, Olga Lara de Jesus; Vale, Vera Lúcia Costa; Filho,, José Tadeu Raynal Rocha; Silva,, Marcos da CostaDesde os tempos primórdios, os recursos vegetais são efetivos para o desenvolvimento e aporte dos seres vivos. Apesar do desenvolvimento da medicina, grande parte da população faz uso de medicações naturais na atenção elementar à saúde. Diante disso, torna-se indispensável pesquisas com produtos naturais frente à sua atividade farmacológica, toxicológica, sua caracterização química e botânica a fim de regulamentar suas exigências quanto à qualidade eficácia e segurança para então alcançar ensaios clínicos e o desenvolvimento de drogas. As espécies pertencentes ao gênero Psidium são particularmente ricas em óleos essenciais, no qual vêm sendo utilizados na indústria farmacêutica, alimentícia e na estética. Diante disso o objetivo geral deste estudo foi avaliar a atividade biológica do óleo essencial das folhas frescas de Psidium bahianum coletadas em remanescente de Mata Atlântica no Litoral Norte da Bahia, Brasil. Para os estudos, foram coletadas folhas do araçazeiro P. bahianum em um fragmento de floresta ombrófila densa presente no campus II – UNEB, Alagoinhas - Bahia. O material botânico foi encaminhado para o Laboratório de Biologia Experimental para a realização da extração do óleo essencial por "arraste a vapor d'água" utilizando-se um aparelho de Clevenger. O óleo essencial foi analisado pela Ressonância magnética nuclear de H¹. A atividade antioxidadante foi avaliada pela técnica de DPPH. Os testes antimicrobianos foram realizados por difusão em disco, e para a determinação da atividade tóxica realizou-se através dos ensaios em hemácias de carneiro e Artemia salina Leach. O estudo de ressonância demonstrou principalmente a presença de monoterpenos, dentre eles o linalol, e sequisterpenos. No ensaio antioxidante a capacidade sequestradora de radicais livres foi de 18,03 ± 2,53 para 125 μg /mL. No ensaio antimicrobiano o óleo essencial inibiu o crescimento dos microrganismos testados (Staphylococcus aureus (ATCC® 6538 ™), Bacillus subtilis (ATCC® 6633 ™), Bacillus cereus (ATCC® 6633 ™), Micrococcus luteus (ATCC® 10240 ™), Escherichia coli (ATCC® 94863 ™), Aspergillusniger (ATCC® 16404 ™), Candida albicans (ATCC® 18804 ™) e Candida glabrata (ATCC® 728 ™) na concentração de 10mg/mL. O resultado da toxicidade demonstrou que somente na concentração de 1000μg/mL o óleo essencial apresentou-se parcialmente tóxico para hemácias de carneiro. No teste de toxicidade em A. salina, os resultados mostram que em 24 e 48 horas da DL50 é de 371,48 e 302μg/mL de óleo essencial sendo considerados moderadamente tóxicos e em 72 horas a DL 50 é de 33,11μg/mL considerado altamente tóxico. Os dados obtidos são inéditos e promissores uma vez que o óleo essencial de P. bahianum demostrou atividade antimicrobiana para bactérias Gram Positiva e negativa e para fungos e os dados obtidos de toxicidade em Artemia salina para o óleo essencial poderá ser testado em diferentes linhagens tumorais.
- ItemEstudo palinológico de espécies heterostílicas de Melochiade L. E Waltheria L. (Byttnerioideae-Malvaveae) ocorrentes na Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2013-03-23) Silveira Júnior , Cristiano Eduardo Amaral; Lima , Luciene Cristina Lima e; Mendonça, Cláudia Barbieri Ferreira; Santos, Francisco Assis Ribeiro dosOs gêneros Melochia L. e Waltheria L. (Byttnerioideae - Malvaceae) estão circunscritos na tribo Hermannieae por apresentarem cinco estames antipétalos, estaminódios ausentes ou reduzidos e pétalas planas. Melochia possui 60 espécies tropicais e subtropicais, 22 de ocorrência no Brasil. É caracterizado morfologicamente pelo gineceu pentacarpelar e pelos cinco estiletes livres entre si ou concrescidos e papilosos no ápice. Waltheria é um gênero neotropical, com aproximadamente 50 espécies, das quais 24 ocorrem no Brasil. Suas espécies são caracterizadas por apresentarem gineceu unicarpelar, estilete simples, lateral e estigma penicilado. Na família Malvaceae, são os únicos gêneros que apresentam a heterostilia, um heteromorfismo floral estabelecido geneticamente, relacionado com o dimorfismo polínico de suas espécies. Este estudo objetivou caracterizar a morfologia polínica das espécies heterostílicas de Melochia e Waltheria ocorrentes no estado da Bahia, ampliando o conhecimento palinológico do grupo. Foram analisadas palinologicamente 66 espécimes de 12 espécies de Melochia e 20 de Waltheria, sendo o material polinífero proveniente dos herbários CEPEC, HUEFS, SP e SPF. Para análise sob microscopia de luz, os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, descritos e fotomicrografados. Para observação em microscópio eletrônico de varredura, o material acetolisado foi desidratado em série hidroetanólica ascendente, metalizado, analisado e eletromicrografado. Para a análise sob microscopia eletrônica de transmissão, grãos de pólen não acetolisados foram fixados, emblocados em resina, seccionados, analisados e eletromicrografados. Os resultados confirmaram a existência de dois tipos polínicos entre os dois morfos florais de ambos os gêneros: grãos de pólen médios a grandes, sendo os menores dos morfos longistilos; as formas oblata esferoidal e prolata esferoidal prevaleceram entre os grãos de pólen dos morfos longistilos e brevistilos, respectivamente; o tipo apertural colporado foi comum a todas as espécies de Melochia, ao passo que em Waltheria ocorreram grãos de pólen colporados e pororados; quanto ao número apertural, o tipo polínico básico para Melochia é 3(4)- aperturado, já em Waltheria os grãos de pólen apresentaram-se 3- a poliaperturados, sendo maior o número de abertura em grãos de pólen de morfos brevistilos; as aberturas localizamse na maioria dos táxons na região do equador (zonoaperturados) ou dispersas por toda superfície (pantoaperturados) dos grãos de pólen de W. gracilis, W. communis, W. rotundifolia e W. vernonioides. Os grãos de pólen também variaram quanto ao comprimentorelativo das ectoaberturas (maiores nos morfos longistilos), espessamento da nexina em relação à sexina e, principalmente quanto à ornamentação da exina: grãos de pólen de morfos longistilos foram sempre suprarreticulados com o semiteto geralmente ondulado; nos morfos brevistilos a exina é (micro)equinada, com o semiteto variando morfologicamente entre as espécies, prevalecendo o tipo perfurado no gênero Melochia, enquanto os tipos perfurado, perfurado-granulado, microrreticulado ou rugulado-perfurado ocorreram em Waltheria, constituindo um caráter importante no agrupamento das espécie desse gênero. Os resultados revelaram um significativo heteromorfismo polínico relacionado à heterostilia nos gêneros, até então, não observado em nenhum outro grupo de angiospermas, confirmando sua condição euripolínica.Comparativamente, uma maior variabilidade morfopolínica foi observada entre as espécies de Waltheria.
- ItemMorfologia polínica de espécies de papiliodeae (Leguminosae) endêmicas da caatinga(Universidade do Estado da Bahia, 2014-03-18) Bispo dos Santos, José Orlando; Magalhães e Silva, Francisco Hilder; Magalhães e Silva, Francisco Hilder; Novais , Jaílson Santos; Lima e Lima, Luciene CristinaA Caatinga é o único bioma exclusivamente brasileiro, possui elevada biodiversidade, inclusive de táxons endêmicos. Neste contexto, Leguminosae é considerada a família mais expressiva deste bioma. Apesar da importância das leguminosas para biodiversidade da Caatinga, ainda são insuficientes os estudos botânicos voltados para o grupo. Investigações palinológicas focadas nele, por exemplo, são escassas, e para as espécies endêmicas inexistem. Na tentativa de diminuir esta lacuna, foi realizado o presente estudo, que visa descrever a morfologia polínica de espécies de Papilionoideae endêmicas da Caatinga. Para tanto, foram obtidas listas das espécies de Papilionoideae referidas como endêmicas na literatura especializada e coletados botões florais em duplicatas ou exsicatas de três herbários com importantes coleções do grupo (EAC, HRB e HUEFS). Os grãos de pólen foram acetolisados, mensurados, descritos e ilustrados sob microscopia de luz. Para algumas espécies, grãos de pólen acetolisados e não acetolisados também foram analisados sob microscopia eletrônica de varredura. Ao todo, foram descritas palinologicamente 29 espécies. As análises confirmaram a heterogeneidade do grupo relatada na literatura. As principais variações morfológicas dos grãos de pólen analisados foram em relação ao tamanho (pequenos, médios ou grandes), à forma (prolatos a suboblatos), ao âmbito (subcirculares a subtriangulares), ao tipo apertural (colpos e cólporos) às vezes com presença de fastígio, e à ornamentação da exina (microrreticulada, reticulada, psilada ou finamente escabrada). Ao todo, foram estabelecidos seis tipos polínicos baseados nas afinidades palinológicas comuns a algumas espécies. O Tipo 1 e o Tipo 2 foram caracterizados pelo tamanho pequeno dos grãos de pólen, sendo 3-colporados e 3-colpados, respectivamente. O Tipo 3 e o Tipo 4 apresentaram grãos de pólen médios e aberturas 3(4)-colporadas e 3-colpadas, respectivamente. No Tipo 5 e no Tipo 6 foram incluídas as espécies com grãos de pólen grandes, 3-colporados e 3-colpados, respectivamente. Os resultados contribuem de forma relevante para o conhecimento palinológico das espécies de Leguminosae endêmicas da Caatinga e propiciarão identificações palinológicas mais precisas de táxons relacionados àsPapilionoideae em diversas subáreas da Palinologia Aplicada.
- ItemPalinotaxonomia de espécies de Anacardiaceae ocorrentes no estado da Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2018-03-28) Assis , Alano César Rocha de; Saba, Marileide Dias; Oliveira, Paulino Pereira; Gasparino, Eduardo CustódioA família Anacardiaceae, pertencente à ordem Sapindales, abrange aproximadamente 81 gêneros e ca.800 espécies. Atualmente, como circunscrita, está representada por duas subfamílias (Anacardioideae eSpondioideae) e cinco tribos sustentadas por caracteres moleculares, anatômicos, bioquímicos e morfológicos. Visando ampliar os dados palinológicos da família e subsidiar estudos taxonômicos do grupo, foi realizada a caracterização morfopolínica de 23 espécies de Anacardiaceae ocorrentes no estado da Bahia, Brasil, incluídas em 12 gêneros: Anacardium L. (3 spp.); Apterokarpos Rizzini (1 sp.); Astronium Jacq. (3 spp.); Cyrtocarpa Kunth (1 sp.); Lithraea Miers ex Hook. & Arn. (1 sp.); Mangifera L. (1 sp.); Myracrodruon Allem. (1 sp.); Schinopsis Engl. (1 sp.); Schinus L. (1 sp.); Spondias L. (5 spp.); Tapirira Aubl. (3 spp.); Thyrsodium Salzm. ex Benth. (2 spp.). O material polinífero foi obtido deexsicatas e/ou duplicatas provenientes de herbários da Bahia. Os grãos de pólen foram acetolisados, montados entre lâminas e lamínulas, analisados sob microscopia de luz (ML), mensurados, fotomicrografados e descritos. Os parâmetros morfométricos foram tratados estatisticamente; foi realizada a análise dos componentes principais (PCA) das principais variáveis métricas. Para análise emmicroscopia eletrônica de varredura (MEV), após acetolisados, os grãos de pólen foram desidratados em série hidroetanólica ascendente, metalizados, analisados e eletromicrografados. Os resultados obtidos revelaram que as espécies estudadas se caracterizaram pelos grãos de pólen de tamanho pequeno (Astronium fraxinifolium) a médio, isopolares, oblatos-esferoidais a prolatos (subprolatos na maioria), 3- colporados. Ectoaberturas longas com extremidades afiladas, endoaberturas lolongadas (Anacardium sp.) ou lalongadas, com extremidades afiladas ou arredondadas (em sua maioria), margens superior e inferior paralelas ou côncavas. Presença de fastígio (Lithraea molleoides, Mangifera indica, Schinopsisbrasiliensis, Spondias spp., Tapirira marchantii, Thyrsodium spp.) e ponte (Spondias spp.), puderam ser registradas. A ornamentação da exina variou de psilada (Thyrsodium spruceannum), finamente microrreticulada, estriada, estriada-microrreticulada, estriada-reticulada, estriada-ruguladamicrorreticulada (Apterokarpos gardneri). Os gêneros Anacardium e Spondias se separam dos demais por apresentarem as maiores medidas dos grãos de pólen e Cyrtocarpa e Schinopsis separam-se por possuírem as menores medidas. Este estudo trouxe dados inéditos para 11 espécies, as quais não foram encontrados registros de descrições palinológicas, além destas, em mais seis espécies não há registros de trabalhos sob MEV. A diversidade morfopolínica confirma o caráter euripolínico da família. As características aperturais e da exina são atributos que podem colaborar com a circunscrição taxonômicae entendimento das relações filogenéticas do grupo.
- ItemPezizomycotin(Ascomycota) Colonizando syagrus coronata (Mart)Coronata Becc. em áreas de Caatinga no sertão da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2017-04-19) Santos, Maiara Araújo Lima dos; Vitória, Nadja Santos; Sousa, Adna Cristina Barbosa; Cacere, Marcela Eugênia da SilvaMicrofungos, especialmente do Filo Ascomycota (Pezizomycotina), em espécies da família Arecaceae tem sido estudados de forma mais intensa nas últimas duas décadas, principalmente nos países Asiáticos, revelando o registro de várias espécies novas. No Brasil, pesquisas sobre a micota que colonizam as palmeiras vêm sendo desenvolvidos nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Caatinga. Na Caatinga, bioma exclusivamente brasileiro, rico em ambientes e espécies endêmicas, em termos de potencialidade sociobioeconômica destaca-se a palmeira Syagrus coronata (Mart.) Becc. conhecida popularmente como licuri ou ouricuri. Trata-se de uma planta de extrema importância para a população do semiárido nordestino, uma vez que praticamente todas suas partes podem ser aproveitadas para diversos fins. Além da sua importância econômica, S. coronata possui ainda grande valor ecológico, pois seus frutos constituem o principal alimento da Ararinha-azul-de-lear, ave endêmica da Caatinga ameaçada de extinção. O conhecimento sobre taxonomia e diversidades de fungos em áreas de Caatinga e a micodiversidade que habita em S. coronata, ainda são restritos. Diante disto, este trabalho teve como objetivo principal ampliar o conhecimento sobre a diversidade de fungos, realizando um inventário de Ascomycota (Pezizomycotina) colonizando S. coronata em áreas de Caatinga no sertão da Bahia. Foram realizadas 12 excursões entre o período de janeiro/2015 a março/2016, em que foram coletados partes de S. coronata de indivíduos escolhidos aleatoriamente em dois povoados pertencentes ao município de Paulo Afonso-BA (Juá e Bogó) e dois povoados do município de Nova Glória-BA (Brejo do Burgo e Serrota) que estão inseridos na ecorregião do Raso da Catarina. Nesta pesquisa, foram registrados 226 espécimes, distribuídas em 21 ordens, 37 famílias, 64 gêneros e 79 espécies (dados incluindo os Incertae sedis). Entre estes táxons, 47 são teleomorfos, 17 anamorfos e 15 liquenizados. Os fungos estudados compreendem sete prováveis espécies novas para a ciência, que são: Astrosphaeriella sp. nov., Darkera sp. nov., Delitschia sp. nov., Digitodesmium sp. nov., Pleospora sp. nov., Pleoseptum sp. nov. e Tiarosporella sp. nov.; e 76 novos registros: 05 para as Américas, 15 para o Brasil, 11 para a Bahia e 45 para S. coronata como novohospedeiro. Trata-se de uma pesquisa importante para a região estudada e para a ciência.
- ItemRiqueza de galhas do município de Rio de Contas, Extremo Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2022-06-29) Araújo,, Tainar de Jesus; Silva,, Juliana Santos; Silva, Juliana Santos; Santos,, Jean Carlos; Lima, Luciene Cristina Lima; Silva, Juliana SantosGalhas são resultados do aumento e crescimento anormal das células do órgão vegetal, causadas por estímulos mecânicos ou químicos de diferentes organismos como ácaros, fungos,nematódeos e, principalmente, por insetos. Essas estruturas podem ser encontradas em espécies de plantas de diferentes formações vegetais. Porém, para algumas regiões do Brasil, a riqueza de insetos galhadores e suas plantas hospedeiras esteja completamente desconhecida, como é o caso da Chapada Diamantina, situada na região central da Bahia. Essa região apresenta uma grande diversidade florística,incluída em áreas de caatinga, campo rupestre, cerrado s.s., mata de galeria e mata ciliar. A mistura de diferentes tipos de fitofisionomias e as particularidades de alguns de seus ambientes sugere a possibilidade de haver uma diversidade de insetos galhadores associados às plantas da Chapada Diamantina. Neste contexto, o presente estudo inventariou pela primeira vez as galhas ocorrentes no município de Rio de contas, extremo sul da Chapada Diamantina. Para isso, foram realizadas coletas das galhas e das plantas hospedeiras ao longo de oito localidades no período de julho a outubro de 2021, por três pessoas durante quatro horas de caminhada em cada ponto de coleta, perfazendo um esforço amostral de 40 horas. Uma parte das galhas coletadas foi colocada em potes plásticos com papel toalha para posterior indução do inseto galhador. A outra parte foi dissecada sobre lupa estereomicroscópica para verificação de câmaras larvais e obtenção de larvas do galhador. Os indutores foram armazenados em álcool 70% e enviados para especialistas confirmar a identificação. As plantas hospedeiras foram coletadas, prensadas e herborizadas. Em seguida, foram identificadas com o auxílio de chaves analíticas encontradas em literatura especializada e por comparação com espécimes de herbários devidamente identificados. Foram registrados 84 morfotipos de galhas dos quais 48 morfotipos (57,14%) foram encontrados no bioma Cerrado induzidos em 42 espécies hospedeiras e 36 morfotipos (42,86%) foram observados no bioma Caatinga induzidos em 24 espécies hospedeiras. A maioria das galhas encontradas foi induzida em plantas pertencentes à família Fabaceae (n=32), seguida de Melastomataceae e Calophyllaceae com seis morfotipos cada e, Asteraceae (n=4). Os gêneros com maior riqueza de galhas foram Copaifera L. (n=13), Bauhinia L. (n=7), Calophyllum L. (n=6) e Mimosa L. (n=6). Calophyllum brasiliense Cambess foi a espécie super-hospedeira com seis morfotipos de galhas. As galhas foram induzidas,principalmente em folhas (48,72%) na face adaxial (40,32%), em caules (19,32%) sendo marrom (25,2%) e verde (21%), globoide (53,76%), isoladas (55,44%), glabras (52,92%) e possuem uma única câmara larval (61,32%). Entre os insetos indutores de galhas identificados estão representantes da classe Insecta, da ordem Díptera (Cecidomyiidae), Hemiptera e Lepidoptera, Thysanoptera. Quanto a fauna associada foi registrada representantes das ordens Coleoptera, Formicidae, Himenoptera, Lepidoptera, Pseudoescorpiones, Psocoptera e Thysanoptera. Pela primeira vez foi registrado galhas em Combretum glaucocarpum Mart. e Mimosa hypoglauca Mart. em vegetação de Caatinga, e em Lippia alnifolia Mart. & Schauer e Drimys brasiliensis Miers em campo rupestre. Nossos resultados evidenciaram padrões já observados para a região Neotropical, como Cecidomyiidae ser o principal indutor de galhas, a folha ser o órgão vegetal mais atacado e o formato globoide o mais observado e, reforçam a importância de se estudar e preservar áreas ainda não amostradas do estado da Bahia
- ItemTaxinomia dos táxons de Stylosanthes SW. (Leguminosae) ocorrentes no nordeste, e um estudo micromorfológico dos frutos de espécies ocorrentes no Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2020-11-02) Ferreira , Jamile Jorge da Silva; Silva, Juliana Santos; Conceição, Adilva de Souza; Queiroz, Rubens Teixeira deStylosanthes é representado por 50 espécies distribuídas nas Américas, África tropical e sudeste asiático. No Brasil ocorrem 31 espécies, 21 destas são registradas para a região Nordeste. Os táxons do gênero compartilham folhas trifolioladas, estípulas bidentadas soldadas ao pecíolo, inflorescências compostas por espigas e lomento com 1─2 artículos férteis. Seus representantes possuem importante valor agronômico e ecológico. O gênero tem sido pouco estudado no Brasil, o que pode significar a subestimação de sua real biodiversidade. Suas espécies possuem características morfológicas similares, sendo consideradas de difícil delimitação. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre a taxonomia dos táxons de Stylosanthes ocorrentes no Nordeste, fornecendo chave de identificação, descrições, ilustrações e comentários atualizados de distribuição geográfica e ambiente preferencial das espécies. Foram realizadas coletas em campo no período de maio de 2018 a junho 2019, consultas às coleções de herbários da região, às coleções online e descrição dos táxons com auxilio de literatura específica disponível. Foram registradas 25 espécies de Stylosanthes para o Nordeste, sendo a Bahia o estado com maior riqueza de espécies (24 spp.) o Cerrado com 20 spp. e Campo rupestre com 15 spp. apresentaram maior biodiversidade para o gênero. Além disso, foram confirmados novos registros para os estados da Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Adicionalmente foi realizada microscopia eletrônica de varredura dos artículos superiores dos frutos de Stylosanthes com objetivo de analisar a superfície dos artículos superiores dos frutos de espécies de Stylosanthes ocorrentes no Brasil, visando identificar nestes, potenciais características taxonômicas. Após análises dos artículos dos frutos de Stylosanthes, verificou-se quatro padrões de ornamentação (verrucoso, papiloso, reticulado e reticulado com aspecto papiloso) sobre a superfície dos artículos superiores dos lomentos de 22 spp., a análise detalhada das características apresentadas por cada padrão de ornamentação, permitiu a diferenciação dos três grupos de espécies de Stylosanthes. Após a análise de materiais coletados em campo, coleções de herbários da região ou consultas aos bancos de dados online, quatro novas espécies foram descritas para o estado da Bahia com ocorrência no Cerrado e Campo rupestre, confirmando a maior biodiversidade para o gênero e o alto grau de endemismo de espécies.
- ItemTaxonomia de ascomycata (Anamorfos, Telemorfos e liquenizados) Colonizando Syagrus coronata (MART.) BECC. Na estação ecológica Raso da Catarina, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2016-04-18) Fortes , Nilo Gabriel Soares; Vitória, Nadja Santos; Bezerra , José Luiz; Marques , Marcos Fábio OliveiraOs fungos estão entre os grupos de organismos mais diversificados do planeta. Nos últimos anos, microfungos associados às palmeiras vem sendo estudados de forma intensiva na Austrália e em vários países asiáticos. No Brasil, pesquisas sobre a micobiota associada à família Arecaceae ainda são escassas, principalmente em ecossistemas semiáridos, em áreas de Caatinga, que revelam uma biodiversidade singular. No intuito de suprir esta lacuna, este trabalho teve como objetivo realizar um estudo taxonômico dos fungos Ascomycota associados ao licuri (Syagrus coronata) da Estação Ecológica Raso da Catarina, Bahia, Brasil. Foram realizadas oito excursões no período de maio/2014 a janeiro/2015. Durante as coletas mensais, 25 licurizeiros foram demarcados aleatoriamente e georreferenciados. As análises ocorreram no Laboratório de Ciências Biológicas da Universidade do Estado Bahia – UNEB, Campus VIII, Paulo Afonso-Ba. A análise topográfica do material coletado foi realizada em estereomicroscópio. Em seguida, os fragmentos das estruturas fúngicas foram removidos do substrato com o auxílio de uma agulha de ponta fina (tipo insulina) e montados entre lâmina e lamínula, a fim de serem visualizadas em microscópio óptico. Foram identificadas 65 espécies de Ascomycota, distribuídas em 20 ordens, 33 famílias e 49 gêneros, além dos Incertae sedis. Os fungos estudados compreendem: 2 novas espécies para a ciência e novos registros, sendo: 7 para o Brasil, 12 para o estado da Bahia e 58 para S. coronata como um novo hospedeiro. Os dados obtidos, neste estudo, são relevantes e ampliam o conhecimento sobre os Ascomycota associados as palmeiras e a micodiversidade para o Nordeste brasileiro.