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Navegando Pós-Graduação por Assunto "Adesão à medicação"
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- ItemImpacto de um programa de intervenções na adesão a medicamentos em pacientes com colite ulcerativa: ensaio clínico randomizado(2020-12-31) Pacheco, Mila Palma; Silva, Genoile Oliveira Santana; Boa Sorte, Ney Cristian Amaral; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Santos, Raquel Rocha dosIntrodução: A colite ulcerativa (RCU) é uma doença crônica que necessita de medicamentos contínuos para seu controle e, portanto, a falta de adesão se constitui uma barreira para o alcance das metas terapêuticas. Objetivos: Avaliar o impacto de um programa de intervenções em pacientes com RCU não aderentes ao tratamento medicamentoso. Métodos: Ensaio clínico randomizado controlado paralelo com dois braços (1:1) aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa. Foram incluídos pacientes diagnosticados com RCU classificados como não-aderentes de acordo com teste Morisky Green (TMGL), dentre outros critérios. O programa foi composto por intervenções educacionais e comportamentais. Desfecho primário: taxa de adesão em 180 dias de acordo com TMGL, sendo o risco relativo (RR) com IC95% utilizado como medida de eficácia e Regressão logística utilizada para estimar RR ajustados (IC95%) para confundidores. Desfecho secundário: qualidade de vida (QdV) em 180 dias de acordo com SF-36. Análise da QdV foi realizada comparando-se as medianas das diferenças dos 8 domínios do escore SF-36, pré e pós intervenções com o teste t de Student. As variáveis que apresentaram diferenças de p<0,20 foram incluídas na construção dos modelos de Regressão Linear Múltipla. A análise incluiu os dados de agosto/2019 a outubro/2020. Resultados: Foram alocados 46 e 49 pacientes no grupo controle (GC) e intervenção (GI), respectivamente, e 76 tinham finalizado o protocolo até outubro de 2020. A maioria (67/70,5%) era do sexo feminino, foi mais frequente a declaração de cor da pele preta (43/45,7%) e de procedência urbana (85/89,5%). Oitenta e dois (86,3%) participantes tinham moderada adesão, sendo 56 (58,9%) do tipo não intencional. Na linha de base, o GC teve maior proporção de não aderentes intencionais quando comparados ao GI (p=0,004). Não foi observada melhor taxa de adesão pós intervenções, mesmo após ajuste por tipo de não adesão OR 0,91 (IC95%: 0,34-2,46). Na análise multivariada, as intervenções se mantiveram eficazes como promotoras de melhores escores de QdV para o domínio “Dor”, quando ajustado para gravidade da RCU e estado civil (β=16,990, p=0,008), e para o domínio “Vitalidade”, quando ajustado para gravidade da RCU (β=10,056, p=0,027). Conclusões: Nesta pesquisa, o programa de intervenções demonstrou uma melhoria significativa para a QdV, em específico para os domínios de “Dor” e “Vitalidade”. Este resultado é de extrema importância para pacientes de RCU, por ser uma doença crônica, incurável, com reconhecido impacto negativo na QdV. A exposição ao programa de intervenções proposto não foi capaz de produzir diferença significativa entre grupos comparativos na taxa de adesão aos medicamentos para os pacientes não aderentes com RCU. No entanto, sugerimos que em futuros estudos, sejam consideradas diferenças de menor magnitude do desfecho para o cálculo amostral, menores intervalos para mensuração da adesão, e inclusão de novas formas de interação entre o paciente e equipe assistencial.