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Navegando Pós-Graduação por Assunto "Abordagem (auto) biográfica"
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- ItemEntre viagens, leituras e leitores: a itinerância da biblioteca Anísio Teixeira(2009-05) Marques, Zélia Malheiro; Souza, Elizeu Clementino de; Cordeiro, Verbena Maria Rocha; Beltrão, Lícia Maria Freire; Ornellas, Maria de Lourdes SoaresO presente estudo foi desenvolvido no contexto do Mestrado em Educação e Contemporaneidade - Universidade do Estado da Bahia – UNEB e propôs compreender como as práticas de leitura desenvolvidas pela Biblioteca Móvel Anísio Teixeira - BMAT, junto às escolas rurais do município de Caetité/BA, têm ou não constituído leitores. Os encontros de leitura em espaços culturais como a Escola Janir Aguiar, escola rural multisseriada, desativada com o processo de nucleação dessas escolas e a Casa Anísio Teixeira, em Caetité, serviram para pensar as narrativas de leitura, elegendo o diário, enquanto registro dos trabalhos desenvolvidos. Essas estratégias possibilitaram implementar discussões oriundas do processo de constituição leitora, levando-se em conta o sujeito-leitor, suas narrativas de leitura, tanto as pessoais, quanto as sociais e suas relações em ambientes urbanos e rurais. Teoricamente a pesquisa ancorou-se em autores do campo da formação e da leitura, tomando estudos desenvolvidos por Nóvoa (1988), Pineau (1999), Poirier et al (1999), Josso (2004), Souza (2006), Chartier (2001), Lacerda (2003), Paulino (2004), Cordeiro (2006), Abreu et al (2007). A pesquisa, de natureza qualitativa, foi desenvolvida, a partir da abordagem (auto) biográfica, enquanto método de pesquisa e, para a coleta dos dados, foram utilizados os diários e as narrativas de leitura. A análise das fontes foi confrontada com as fichas de empréstimo de livros (BMAT) e com alguns trabalhos realizados nas escolas Janir Aguiar e Altair Públio, resultantes das práticas de leituras da BMAT. O estudo, portanto, buscou dar visibilidade as práticas de leituras da BMAT para o diálogo com as experiências locais, confirmando a singularidade e a não linearidade das leituras. A família e os espaços imbricados apareceram como guardiãs das histórias, muito mais do que as escolas. Do contato com o processo de constituição leitora em espaços de ausência de impressos como as escolas rurais do Município de Caetité, as presenças referentes às experiências leitoras, tanto pela via da linguagem poética, quanto pelas brincadeiras e narrativas da oralidade instigaram os leitores à discussão das leituras culturais. Os leitores, de uma visão mais idealizada da leitura, começam a revelar a idéia de pertencimento e, ao trazerem a iniciativa de criação do espaço de cultura no lugar em que funcionou a escola multisseriada, revelaram significados da leitura, seja pela utilidade, seja pelo entretenimento e lazer como proposta de pensar a cultura local em consonância com outras culturas.