Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Biodiversidade Vegetal (PPGBVeg)
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O Programa de Pós-graduação em Biodiversidade Vegetal (PPGBVeg) surgiu, em 2010, na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), por meio de consórcio firmado entre três dos seus Departamentos (Departamento de Ciências Exatas e da Terra – DCET II, Departamento de Educação – DEDC VII e Departamento de Educação – DEDC VIII), situados em três dos seus Campi (Alagoinhas, Senhor do Bonfim e Paulo Afonso). Consoante aos fundamentos que balizam o Documento da Área de Biodiversidade, as ações do PPGBVeg compõem uma tradição de pesquisa em Biodiversidade, as quais contribuem para descrever e entender a diversidade biológica do Brasil, especialmente no Nordeste, configurando um quadro de possibilidades de identificação de espécies endêmicas.
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Navegando Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu (Mestrado Acadêmico) em Biodiversidade Vegetal (PPGBVeg) por Palavras-chave "Fabaceae"
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- ItemRiqueza de galhas do município de Rio de Contas, Extremo Sul da Chapada Diamantina, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2022-06-29) Araújo,, Tainar de Jesus; Silva,, Juliana Santos; Silva, Juliana Santos; Santos,, Jean Carlos; Lima, Luciene Cristina Lima; Silva, Juliana SantosGalhas são resultados do aumento e crescimento anormal das células do órgão vegetal, causadas por estímulos mecânicos ou químicos de diferentes organismos como ácaros, fungos,nematódeos e, principalmente, por insetos. Essas estruturas podem ser encontradas em espécies de plantas de diferentes formações vegetais. Porém, para algumas regiões do Brasil, a riqueza de insetos galhadores e suas plantas hospedeiras esteja completamente desconhecida, como é o caso da Chapada Diamantina, situada na região central da Bahia. Essa região apresenta uma grande diversidade florística,incluída em áreas de caatinga, campo rupestre, cerrado s.s., mata de galeria e mata ciliar. A mistura de diferentes tipos de fitofisionomias e as particularidades de alguns de seus ambientes sugere a possibilidade de haver uma diversidade de insetos galhadores associados às plantas da Chapada Diamantina. Neste contexto, o presente estudo inventariou pela primeira vez as galhas ocorrentes no município de Rio de contas, extremo sul da Chapada Diamantina. Para isso, foram realizadas coletas das galhas e das plantas hospedeiras ao longo de oito localidades no período de julho a outubro de 2021, por três pessoas durante quatro horas de caminhada em cada ponto de coleta, perfazendo um esforço amostral de 40 horas. Uma parte das galhas coletadas foi colocada em potes plásticos com papel toalha para posterior indução do inseto galhador. A outra parte foi dissecada sobre lupa estereomicroscópica para verificação de câmaras larvais e obtenção de larvas do galhador. Os indutores foram armazenados em álcool 70% e enviados para especialistas confirmar a identificação. As plantas hospedeiras foram coletadas, prensadas e herborizadas. Em seguida, foram identificadas com o auxílio de chaves analíticas encontradas em literatura especializada e por comparação com espécimes de herbários devidamente identificados. Foram registrados 84 morfotipos de galhas dos quais 48 morfotipos (57,14%) foram encontrados no bioma Cerrado induzidos em 42 espécies hospedeiras e 36 morfotipos (42,86%) foram observados no bioma Caatinga induzidos em 24 espécies hospedeiras. A maioria das galhas encontradas foi induzida em plantas pertencentes à família Fabaceae (n=32), seguida de Melastomataceae e Calophyllaceae com seis morfotipos cada e, Asteraceae (n=4). Os gêneros com maior riqueza de galhas foram Copaifera L. (n=13), Bauhinia L. (n=7), Calophyllum L. (n=6) e Mimosa L. (n=6). Calophyllum brasiliense Cambess foi a espécie super-hospedeira com seis morfotipos de galhas. As galhas foram induzidas,principalmente em folhas (48,72%) na face adaxial (40,32%), em caules (19,32%) sendo marrom (25,2%) e verde (21%), globoide (53,76%), isoladas (55,44%), glabras (52,92%) e possuem uma única câmara larval (61,32%). Entre os insetos indutores de galhas identificados estão representantes da classe Insecta, da ordem Díptera (Cecidomyiidae), Hemiptera e Lepidoptera, Thysanoptera. Quanto a fauna associada foi registrada representantes das ordens Coleoptera, Formicidae, Himenoptera, Lepidoptera, Pseudoescorpiones, Psocoptera e Thysanoptera. Pela primeira vez foi registrado galhas em Combretum glaucocarpum Mart. e Mimosa hypoglauca Mart. em vegetação de Caatinga, e em Lippia alnifolia Mart. & Schauer e Drimys brasiliensis Miers em campo rupestre. Nossos resultados evidenciaram padrões já observados para a região Neotropical, como Cecidomyiidae ser o principal indutor de galhas, a folha ser o órgão vegetal mais atacado e o formato globoide o mais observado e, reforçam a importância de se estudar e preservar áreas ainda não amostradas do estado da Bahia
- ItemTaxinomia dos táxons de Stylosanthes SW. (Leguminosae) ocorrentes no nordeste, e um estudo micromorfológico dos frutos de espécies ocorrentes no Brasil(Universidade do Estado da Bahia, 2020-11-02) Ferreira , Jamile Jorge da Silva; Silva, Juliana Santos; Conceição, Adilva de Souza; Queiroz, Rubens Teixeira deStylosanthes é representado por 50 espécies distribuídas nas Américas, África tropical e sudeste asiático. No Brasil ocorrem 31 espécies, 21 destas são registradas para a região Nordeste. Os táxons do gênero compartilham folhas trifolioladas, estípulas bidentadas soldadas ao pecíolo, inflorescências compostas por espigas e lomento com 1─2 artículos férteis. Seus representantes possuem importante valor agronômico e ecológico. O gênero tem sido pouco estudado no Brasil, o que pode significar a subestimação de sua real biodiversidade. Suas espécies possuem características morfológicas similares, sendo consideradas de difícil delimitação. Neste contexto, este trabalho teve como objetivo realizar um estudo sobre a taxonomia dos táxons de Stylosanthes ocorrentes no Nordeste, fornecendo chave de identificação, descrições, ilustrações e comentários atualizados de distribuição geográfica e ambiente preferencial das espécies. Foram realizadas coletas em campo no período de maio de 2018 a junho 2019, consultas às coleções de herbários da região, às coleções online e descrição dos táxons com auxilio de literatura específica disponível. Foram registradas 25 espécies de Stylosanthes para o Nordeste, sendo a Bahia o estado com maior riqueza de espécies (24 spp.) o Cerrado com 20 spp. e Campo rupestre com 15 spp. apresentaram maior biodiversidade para o gênero. Além disso, foram confirmados novos registros para os estados da Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. Adicionalmente foi realizada microscopia eletrônica de varredura dos artículos superiores dos frutos de Stylosanthes com objetivo de analisar a superfície dos artículos superiores dos frutos de espécies de Stylosanthes ocorrentes no Brasil, visando identificar nestes, potenciais características taxonômicas. Após análises dos artículos dos frutos de Stylosanthes, verificou-se quatro padrões de ornamentação (verrucoso, papiloso, reticulado e reticulado com aspecto papiloso) sobre a superfície dos artículos superiores dos lomentos de 22 spp., a análise detalhada das características apresentadas por cada padrão de ornamentação, permitiu a diferenciação dos três grupos de espécies de Stylosanthes. Após a análise de materiais coletados em campo, coleções de herbários da região ou consultas aos bancos de dados online, quatro novas espécies foram descritas para o estado da Bahia com ocorrência no Cerrado e Campo rupestre, confirmando a maior biodiversidade para o gênero e o alto grau de endemismo de espécies.