Quando o espaço da periferia passa a ser entendido como o espaço de lutas e conflitos que reivindicam o exercício do direito à cidade e o usufruto pleno das instituições físicas/sociais que a compõem, são evidenciados questionamentos, reflexões e necessidades que a lógica capitalista costuma negligenciar. Nesse cenário, ao pensar a cidade como território potencialmente educativo, desvendam-se os desejos de emancipação através de um contexto de resistência, onde se torna necessário registrar os princípios norteadores da revolução. Dessa maneira, apresentamos a seguir, o “Manifesto da Periferia”, no qual, os anseios, desejos, percepções e sentimentos identificados a partir dos encontros com os estudantes de 9º ano das escolas da periferia de Guanambi, serão representados e construirão um mecanismo revelador das potencialidades do território que se mostram passíveis de intervenção, para que a população consiga sua emancipação perante a zona crítica que assola as cidades produzidas no sistema capitalista, através da constituição de um circuito urbano de caráter educador.