Campus VI - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Caetité
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Navegando Campus VI - Departamento de Ciências Humanas (DCH) - Caetité por Palavras-chave "Alfabetização"
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- ItemMulheres negras na educação de jovens e adultos (EJA) de Guanambi-BA: Construções identitárias rumo à cidadania plena.(Universidade do Estado da Bahia, 0023-12-14) Silva, Liciane Montalvão da; Nogueira, Maria Lúcia Porto Silva; Barbosa, Andrea da Rocha Rodrigues Pereira; Fernandes, Marinalva NunesA pesquisa de mestrado intitulada “Mulheres Negras na Educação de Jovens e Adultos (EJA) de Guanambi-Ba: Construções Identitárias Rumo à Cidadania Plena”, tem como objetivo geral desvelar sobre o retorno das mulheres negras à escola, nas turmas da Educação de Jovens e Adultos (EJA), em uma escola pública do município de Guanambi-Ba, com o intuito de que sejam reconhecidas como cidadãs ativas e que lutam pelos seus direitos na sociedade. A partir de entrevistas feitas com 10 mulheres (negras, pardas e brancas), alunas da EJA, com idade entre 18 e 70 anos, foi feito um levantamento dos perfis das estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) e, em seguida, três encontros coletivos, de formações presenciais, na sala de aula, em busca de fortalecê-las e instruí-las a lutar por uma vida de melhor qualidade, entendendo que a educação em articulação com estudos de gênero é suporte e caminho para o combate à violência e a submissão feminina perante uma sociedade marcada pelo patriarcado e machismo. Para coleta de informações, utilizamos o Grupo focal desenvolvido nas salas de aulas e as Entrevistas semiestruturadas, realizadas na sala dos professores com os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (10 mulheres e 2 homens), 4 educadoras e 2 gestoras. Disso resultou a confecção de uma Cartilha (produto pedagógico deste trabalho) como manual, informações sobre leis, projetos que buscam assegurar direitos e proteção às mulheres e oficinas pedagógicas para o enriquecimento do ensino das relações de gênero na EJA. O respaldo teórico firmou-se em autores que discutem as questões da EJA e de gênero, tais como Freire (2013), Minayo (2012), Arroyo (2005), Santos (2003), Louro (1997), Scott (1995), Soares (2006), fundamentando a promoção de espaços e tempos reflexivo-formativos para contribuir na superação da desigualdade de gênero, valorização da cultura, da autoestima, da cidadania e do protagonismo das mulheres negras. Esperamos favorecer a compreensão da desigualdade de gênero e instruir mulheres e homens quanto à assimilação, importância, conquistas e bem-estar adquiridos a partir do domínio da leitura e de um novo discernimento de gênero, propiciando conhecimentos enquanto sujeitos autônomos. Os resultados obtidos demonstraram que a modalidade EJA continua sendo relevante para a elevação da autoestima e validação do papel de cidadãs (cidadãos) atuantes, especialmente para as alunas que retornaram em busca da tão desejada readequação social, de maneira democrática e participativa.