Campus XIX - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Camaçari
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Navegando Campus XIX - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Camaçari por Palavras-chave "Biossegurança"
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- ItemAgrobiodiversidade, plantas alimentícias não convencionais (PANC) e biossegurança: Experiências dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais da Comunidade de Gravatá de Baixo, no Município de Muritiba, Bahia, Brasil(Universidade do Estado da Bahia , 2023-08-23) Souza, Vangivaldo de Menezes; Santos Júnior, Aníbal de Freitas; Benevides, Clícia Maria de Jesus; Souza, Antonio Carlos dos Santos; Souza, Leliana dos Santos de; Castro, Jânio Roque Barros de; Bomsucesso, Jasemário SantanaO objeto de estudo desta pesquisa foi a interrelação entre a agrobiodiversidade, as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC) e a biossegurança, no contexto dos trabalhadores rurais da localidade de Gravatá de Baixo, localizada no município de Muritiba, Território de Identidade, Recôncavo Baiano, no estado da Bahia, Brasil. O objetivo desta tese foi discutir as experiências vivenciais dos trabalhadores e trabalhadoras rurais acerca das temáticas mencionadas. Para abordar esse objeto em todas as suas múltiplas referências, a pesquisa teve o respaldo epistemológico da fenomenologia da percepção e modos de vida, levando em consideração as experiências vivenciais, práticas laborais e conhecimentos locais e ancestrais dos colaboradores em relação aos temas estudados. A pesquisa adotou uma abordagem qualitativa e quantitativa, com caráter transversal, descritivo e exploratório. O método utilizado foi a pesquisa-ação, sendo realizadas entrevistas semiestruturadas e círculos de cultura como instrumentos para coleta de dados. A análise, por meio da inter-relação com o público investigado, observou significativas mudanças percebidas pela comunidade na agrobiodiversidade local, principalmente no que se refere à erosão agrícola. Em relação ao acrônimo PANC (Plantas Alimentícias Não Convencionais), apenas 7% dos entrevistados demonstraram conhecimento, enquanto 88% afirmaram não ter qualquer informação sobre o assunto. No que diz respeito ao conhecimento sobre algumas das espécies de plantas consideradas PANC apresentadas, a maioria declarou estar familiarizada com elas e utilizá-las em sua alimentação. No entanto, a Chanana (Turnera subulata Sm.) foi a que obteve o menor nível de reconhecimento, sendo identificada por menos de 15% dos entrevistados. Ficou evidente que os valores culturais, ancestrais e ambientais possibilitam o cultivo, consumo e valorização das PANC, contribuindo para a diversidade alimentar, o respeito às tradições e a preservação dos saberes e conhecimentos locais. No que se refere à biossegurança nas atividades rurais, muitos deles não sabiam e/ou reconheciam os riscos físicos, químicos e biológicos aos quais estão expostos e afirmaram que, após as atividades desenvolvidas na comunidade, passaram a ter mais consciência da sua exposição a esses agentes e situações. A partir das experiências vivenciais de agricultores locais, foi possível observar as transformações diárias relacionadas à preservação da agrobiodiversidade local, o uso de PANC e reflexões pertinentes sobre medidas de biossegurança.