Navegando por Autor "Sitja, Liége Maria Queiroz"
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- ItemA aula mágica de Luis Alberto Warat: prática docente e ensino jurídico no Brasil(2019-09-23) Freitas, Vinícius Maia; Sitja, Liége Maria Queiroz; Alcântara, Rebeca Cerqueira Andrade de; Souza, Sueli Ribeiro MotaA presente dissertação realiza um levantamento do panorama geral da prática docente experienciada nos cursos de bacharelado em Direito no Brasil. Para tanto, segue a análise do percurso histórico que envolve a implantação da educação jurídica no país, passando pelas raízes do domínio da perspectiva positivo-normativista, como grande fonte de influência à clássica forma de pensar e agir dos seus docentes ainda hoje. A compreensão do fenômeno da educação jurídica ganha a marca da urgência em tempos de Lava Jato e de crescentes desigualdades sociais, acabando por exigir reflexões acerca do modo com que os docentes estão conduzindo suas ações pedagógicas nos espaços de ensinagem, diante da oportunidade de atuar face a face com estudantes, podendo despertar novos olhares, de forma criativa, crítica e significativa, indo além do raciocínio lógico-dedutivo que (a)funda a racionalidade jurídica em uma racionalidade instrumental. Este esforço de compreensão do fenômeno educacional jurídico contemporâneo é tecido à luz do subversivo professor Luis Alberto Warat, propositor da “aula mágica”, por meio da observação e análise de sua “epistemologia carnavalizada”. A pesquisa é desenvolvida sob uma perspectiva fenomenológica-hermenêutica, sendo movida pela dúvida, pelo provisório, marcada pela atenção às experiências vividas pelo ser docente, não pela apresentação de uma verdade formadora de um modelo a ser implantado. Nesse contexto, a presente construção se revela também como um exercício de resistência, que busca ser capaz de produzir um horizonte possível para avanços das ações pedagógicas praticadas nos cursos de Direito. Avaliou-se que é possível desestabilizar o conhecimento jurídico tradicional através da alteridade, do amor, do respeito à diferença, através de um exercício educacional com tato pedagógico emancipador.
- ItemCodocência universitária: sentidos produzidos para a formação docente(Universidade do Estado da Bahia, 2024-08-30) Vencimento, Nívia Valéria Carneiro Rosas; Sitja, Liége Maria Queiroz; Miranda, Dayse Lago de; Anjos, Marineuza Matos dos; Cunha, Maria Isabel da; Conceição, Ana Paula Silva daA pandemia causada pelo COVID-19 evidenciou, no Brasil, a desatualização de conhecimentos sobre os recursos tecnológicos disponíveis para a docência, sendo essa apenas uma das facetas das dificuldades que os docentes, de todos os níveis, enfrentam. No campo da Docência Universitária essas criticidades se agravam ao se somarem à solidão pedagógica, oriunda da falta de orientação para questões que envolvem a prática docente, juntamente com a excessiva fragmentação do conhecimento nos modelos educacionais tradicionais e o pouco incentivo organizacional à transdisciplinaridade. A pesquisa se debruçou sobre o fenômeno, enquanto metodologia de co-construção da prática docente, e teve como objetivo geral compreender quais os sentidos produzidos pela experiência da codocência para a prática docente e formação profissional no âmbito da docência universitária. Como objetivos específicos a investigação propôs descrever aspectos teórico-metodológicos da codocência, a partir da percepção dos colaboradores da pesquisa; e identificar as concepções de codocência vivenciadas. A investigação desenvolveu-se como um Estudo de Caso na Universidade do Estado da Bahia, instituição que autorizou a codocência como medida emergencial de trabalho e local onde a pesquisadora exerce a docência universitária. Como delineamento metodológico a investigação possui natureza qualitativa, tipificada quanto aos objetivos como descritiva-exploratória, cuja a base epistemológica está assentada na transdisciplinaridade. A fenomenologia husserliana foi adotada como base teórico-metodológica que orientou a elaboração dos instrumentos de pesquisa e a fase de análise dos achados de campo. O relatório final apontou que os docentes vivenciaram diferentes concepções de codocência e, em sua maioria, incorporaram ganhos na sua formação profissional e mudanças na prática docente, potencializando o caráter inovador da experiência e sugerindo a necessidade de mais investigações sobre o tema.
- ItemEducacão para os anawin brasileiros: a redemocratização do ensino superior no Recôncavo da Bahia(2020-03-27) Souza, Rony Henrique; Sitja, Liége Maria Queiroz; Soares, Emanoel Luis Roque; Souza, Sueli Ribeiro MotaEsta pesquisa centra-se no Processo de Redemocratização do Ensino Superior no Brasil e no Recôncavo Baiano a partir do ano de 2003. Processo este promotor de várias mudanças como a ampliação e a construção de novas Instituições de Ensino Superior que possibilitou a inserção de sujeitos que antes não eram vistos e contemplados pelo sistema: os anawin. Diante deste cenário, justifica-se a necessidade de estudos que busquem compreender como o impacto proporcionado por esta nova classe social que adentra Instituições de Ensino Superior reverberou no exercício da docência universitária. Torna-se, então, imprescindível o estudo sobre a pedagogia universitária, pois a mesma nos oferece nortes para vivenciarmos esta situação pedagógica contemporânea. Neste sentido visamos compreender como os docentes que vivenciaram o processo de Redemocratização do Ensino Superior no Brasil e no Recôncavo da Bahia ressignificaram o seu ser docente e como estas mudanças impactaram na criação de novos sentidos para a sua práxis. A pesquisa é de orientação fenomenológica, baseou-se nas contribuições do educador canadense Max van Manen e teve a colaboração de seis docentes que atuavam na docência universitária antes de 2003 e ainda permanecem em regência de classe. As narrativas desses docentes foram registradas a partir da entrevista fenomenológica que se subdividiu em quatro eixos fundamentais: o contexto da vivência da redemocratização do ensino superior (relações pedagógicas), a práxis docente (situação pedagógica), a formação a partir deste impacto (momento pedagógico) e as novas metodologias que emergiram das demandas instaladas no Ensino Superior neste período (ações pedagógicas). Durante o processo de análise, a hermenêutica caminhou na percepção dos fluxos de sentidos e das novas configurações do ser docente que emergiram a partir do contexto vivido. Esta dissertação está estruturada em cinco capítulos: o primeiro nos remete à História da Universidade e à compreensão da Redemocratização do Ensino Superior como um fenômeno contemporâneo. O segundo apresenta a Pedagogia Universitária como um caminho possível para responder às demandas da Docência no Ensino Superior na atualidade. O terceiro capítulo é o Quadriviun Teórico-Metodológico construído a partir da Pedagogia Compreensiva de Max van Manen. O quarto capítulo nos mostra os diferentes contextos da Redemocratização do Ensino Superior no Recôncavo Baiano. Já o quinto capítulo evidencia como este processo repercutiu dentro da sala de aula, levando o professor a repensar a sua prática, a buscar a formação continuada e a propor novas metodologias. Em síntese, esta pesquisa demonstrou a necessidade da formação continuada para professores, com a finalidade de proporcionar-lhes a compreensão desses novos sujeitos que adentram as Instituições de Ensino Superior a partir de uma Política de Cotas e da efetivação de programas federais de acesso e permanência como: REUNI, ProUni e FIES. Ficou evidenciada também a necessidade de estabelecermos novos espaços formativos para um aprofundamento sobre a Pedagogia Universitária com o objetivo de pensar e contribuir para a construção de novas metodologias que se adequem à realidade vigente. Enfim, o estudo enfatizou a importância desse audacioso processo de Redemocratização do Ensino Superior para a inclusão dos mais pobres dentro de um contexto histórico-político.
- ItemFios que tecem: sentidos experienciados nos itinerários formativos de professoras da educação infantil(2022-08-29) Miranda, Patrícia dos Santos; Sitja, Liége Maria Queiroz; Santos, Marlene Oliveira dos; Conceição, Ana Paula Silva daAs experiências formativas de docentes da Educação Infantil constituem o fenômeno de investigação da presente dissertação, que objetiva compreender como as experiências formativas vivenciadas pelas professoras da Educação Infantil contribuíram na construção do seu ser docente. A formação de professoras da Educação Infantil sofreu mudanças a partir do processo de redemocratização política do Brasil, através da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN) nº 9.394/96, a partir daí foi visível o avanço significativo para a concepção do que é ser professora desse segmento educacional estabelecendo a formação superior para atuar na Educação Infantil. Nos últimos 20 anos, foi possível notar como o campo da Educação Infantil desenvolveu-se fortemente em decorrência do questionamento sobre a relevância dos docentes de perspectiva sobre as culturas das infâncias. Para o percurso investigativo, assumi o paradigma fenomenológico, fundamentado em abordagem qualitativa e métodos adequados às epistemologias compreensivas e interpretativas, como fio condutor do itinerário da pesquisa, e o dispositivo da entrevista fenomenológica como meio para produção da análise de dados. Os sujeitos colaboradores foram professoras da Educação Infantil da rede municipal de Mata de São João, Região Metropolitana de Salvador. Por meio dessa perspectiva metodológica, produzi chaves interpretativas/compreensivas sobre os sentidos existenciais das experiências formativas dessas docentes, alinhando-nos a modos mais sensíveis de se fazer ciência. Nesse sentido, a intenção está pautada pela defesa de experiências formativas que ajudem o professor em um processo de construção de sua subjetividade docente, que é atravessado pelas relações pedagógicas que vivencia, para que assim possamos ter uma docência mais sensível e autônoma. Considera-se que a investigação é de extrema relevância para os profissionais da Educação Infantil ao construir um cenário de expressão que qualifica suas vozes como produtoras de conhecimentos. Dentre os resultados da pesquisa, evidenciou-se que as experiências formativas marcantes encontram-se: no ingresso à universidade com realce ao estágio e à Iniciação Científica, na formação continuada como espaço de ressignificação, nos enfrentamentos dos acontecimentos cotidianos e, aparecendo timidamente nas experiências pessoais de caráter existencial. Já com relação às experiências que produziram deslocamento em seu ser docente, as participantes assinalaram as dimensões das relações pedagógicas, as nuances entre a teoria e a prática e os acontecimentos contextuais advindos da pandemia da covid-19, com poucas evidências para experiências existenciais. A despeito dos saberes provocados pelas experiências formativas, trouxeram a relevo os saberes profissionais, saberes disciplinares, saberes experienciais e os saberes existências emergentes surgidos dos acontecimentos diários. Com isso, verificou-se que as experiências que vêm contribuindo para a construção do ser docente são aquelas experiências das relações estabelecidas pelo contexto escolar, as da formação inicial e as continuada, e, com menor ênfase, aparecem as experiências da dimensão existencial.
- ItemO lugar da subjetividade dos estudantes no processo de formação profissional: representações de docentes de uma instituição de ensino superior(2020-10-30) Sampaio, Rodrigo da Silva; Soares, Sandra Regina; Lemos, Denise Vieira da Silva; Sitja, Liége Maria QueirozA pesquisa intitulada O lugar da subjetividade dos estudantes no processo de formação profissional: representações de docentes de uma instituição de ensino superior teve como objetivo compreender o lugar atribuído à subjetividade do estudante no processo de formação profissional. Como questões de pesquisa, se propôs a investigar como os docentes, participantes da pesquisa, concebem os estudantes e seu processo de aprendizagem do ser profissional, e qual a natureza das relações interpessoais estabelecidas por esses docentes na formação dos profissionais. O referencial teórico eleito contemplou conceitos e reflexões sobre formação profissional, situou os caminhos multirreferenciais da subjetividade humana e suas interrelações, assim como discutiu elementos constituintes da aprendizagem como fenômeno construído através da relação intersubjetiva. Como percurso metodológico, a investigação envolveu uma pesquisa do tipo descritiva e exploratória, com uma abordagem qualitativa. Para a construção de dados, foi utilizado como instrumento a entrevista semiestruturada. Os dados foram tratados com a aplicação da Análise de Conteúdo de Bardin (2009). Os resultados obtidos pelo tratamento e análise dos dados permitiram evidenciar que os participantes não dispensam especial atenção à subjetividade dos estudantes, demonstrando dificuldades em desenvolver ambientes ricos em oportunidades de crescimento para a formação profissional, sustentadas em competências cognitivas, socioafetivas, atitudinais e relacionais. Defendem ser importante o investimento na relação com os estudantes, bem como na mediação das relações dos estudantes entre si, com base na afetividade, porém com pouco investimento na problematização e reflexão, essenciais para o manejo dessas situações, desconsiderando os diversos fatores adjacentes como oportunidades de aprendizagens significativas. Essas considerações apontam para uma prática docente ainda centrada na racionalidade técnica, sem valorização das singularidades dos discentes, na apreensão de atitudes e valores de modo prescritivo, com utilização de preleção e autoridade na mediação das relações interpessoais conflitivas que ocorrem no contexto formativo. Com efeito, a análise dos resultados revela a predominância de uma concepção de formação profissional ainda fragmentada, ancorada pelo modelo hegemônico de ensino, pragmática, instrumental, acrítica e pouco comprometida com a subjetividade do ser profissional.
- ItemMestras inesquecíveis: memória das experiências vivenciadas nos processos formativos(2020-10-25) Oliveira, Márcia Gerailde Almeida Macêdo de; Sitja, Liége Maria Queiroz; Reis, Leonardo Rangel dos; Neto, José Teixeira; Rios, Jane Adriana Vasconcelos PachecoNa construção das ações pedagógicas, a memória tem um papel relevante, visto que a partir das experiências vivenciadas o/a professor/a pode rever, de maneira consciente e reflexiva, a qualidade de suas intervenções pedagógicas e sua abertura ou fechamento para transformações. Dessa forma, reconhecendo a importância da memória e da reflexão sobre a prática pedagógica do professor, este trabalho tem como fenômeno de pesquisa o impacto das experiências marcantes na formação do professor e como elas foram ressignificadas como importantes exemplos de atuação profissional nas memórias de docentes da educação básica com mestras “inesquecíveis”, e que imagens de docentes foram elaboradas no processo formativo. Proponho, dessa forma, como objetivo geral, compreender quais sentidos pedagógicos as alunas/docentes elaboraram a partir da relação com as mestras “inesquecíveis” que marcaram sua trajetória escolar. Optei pelo estudo de caráter interpretativo, com abordagem qualitativa e utilização do método fenomenológico empírico. Os sujeitos desse estudo são seis professoras que lecionam na educação básica, em escolas da rede pública nas cidades de Salvador, Feira de Santana e Alagoinhas e que eram estudantes da educação básica no período de 1980 a 2000. A pesquisa permite afirmar que o saber da experiência é um dos pilares para a restituição da ação docente e que as imagens construídas são ressignificadas a partir das experiências vivenciadas em diferentes espacialidades e temporalidades.
- ItemMultiplicidades estudantis na superfície da licenciatura em filosofia: formação docente interrogada(Universidade do Estado da Bahia, 2023-06-15) Silva, Ramires Fonseca; Sitja, Liége Maria Queiroz; Galeffi, Dante Augusto Galeffi; Gallo, Silvio Donizetti de Oliveira; Reis, Leonardo Rangel dos; Santos, Luciano Costa; Silva, Ana Lúcia Gomes daA tese discute a formação docente do curso de filosofia da Universidade do Estado da Bahia e suas repercussões na atuação profissional dos(as) futuros(as) professores(as), considerando as contribuições do corpo discente na composição da processualidade. O objetivo angular é compreender os sentidos construídos-atribuídos pelos(as) estudantes através das expressividades em devires e revires durante o itinerário (trans)formativo, tanto nas suas espessuras discursivas-conceituais quanto nas dinamicidades empíricas do contexto escolar. Uma pesquisa em que o devir-estudante se destaca na complexa trama do percurso, pois, são colocados nas linhas argumentativas contribuições inventivas do segmento estudantil que deslocam discursos curriculares transmissores de pretensões hegemônicas. Essa deslocação faz emergir um conjunto de forças produtoras de multiplicidades expressivas propícias de gerar uma inédita abordagem sobre a presencialidade e seus efeitos na composição formativa. Trata-se, pois, de um estudo nas territorialidades formativas, onde os atravessamentos discentes encharcados de subsídios sócio-culturais compõem arranjos pedagógicos instituintes desmontando uma certa idealidade instituída de feições canônicas. Prevalece a abordagem metodológica de cunho epistemológico, a cartografia, na sua versão qualitativa em educação. Os processos formativos foram veiculados fora da dinâmica do binarismo numa dimensão dilatada da pesquisa; descrever e acompanhar os processos foram eixos caminhantes durante o pensar-sentir-experienciar com os(as) estudantes. O jogo cartográfico apresentou fluxos compreensivos e momentos de incompletude dentro de um quadro de multiplicidades desvinculadas de pretensões unificadoras. Aderindo, com isso, a uma disposição de exercitar o pensamento pedagógico pela filosofia da diferença cujo horizonte sinaliza uma valorização dos agenciamentos conceituais encarnados nas superfícies da licenciatura em filosofia. As entrevistas abertas e as observações participantes foram veículos procedimentais no acompanhamento do processo bem próximo de um plano comum em que singularidades são construídas diante de situações aprendentes. Essa investigação fez com que compreendêssemos, por um lado, como a interdição de vozes estudantis através de vários dispositivos curriculares-docentes esvazia a discussão mais ampliada de fenômenos contemporâneos na processualidade formativa, e, por outro lado, mesmo experimentando o abismo existente entre escola básica e academia, ainda predominante, as expressividades estudantis que mostraram uma circularidade de signos potencializados com a possibilidade de serem absorvidos pelos mecanismos formativos capazes de redimensionar discussões sobre a formação docente dos(as) professores(as) de filosofia na superfície dessa licenciatura.
- ItemOntologia da formação: tempo/espaço/movimento na profissionalidade docente(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-04) Silva, Rebecca Machado Oliveira da; Sitja, Liége Maria Queiroz; Galeffi, Dante Augusto; Reis, Leonardo Rangel dos; Souza, Elizeu Clementino; Rios, Jane Adriana Vasconcelos PachecoA tese trata da ontologia da formação docente, que emana da compreensão filosófica sobre a questão do Ser a partir do pensamento de Martin Heidegger. As experiências e os sentidos existenciais no exercício profissional de professoras que atuam nos anos iniciais do Ensino Fundamental são tomados como fundamento para se pensar a própria formação. Este trabalho propõe aproximações teóricas com a hermenêutica fenomenológica de Heidegger a fim de compreender como se mostra a formação e a profissionalidade docente a partir das narrativas de nove professoras de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental na cidade de Feira de Santana. A formação docente é concebida no presente estudo como fenômeno ontológico, tomando como caminho interpretativo aquilo que reverbera nas relações de tempo, espaço e movimento das professoras em sua profissionalidade docente. Buscou-se, desta forma, nos percursos vividos, a existencialidade e profissionalidade docentes, tendo como aporte metodológico as entrevistas narrativas e a própria hermenêutica fenomenológica. A pesquisa se inscreveu nas itinerâncias das professoras em exercício, dando à existência um lugar de centralidade na formação, passando pela constatação de que o professor constrói sua profissionalidade ao longo da sua história de vida. A ontologia, nesta perspectiva, abre possibilidades para se repensar os saberes que emanam da própria formação num sentido mais existencial
- ItemPercepções docentes sobre a potência pedagógica da imagem no ensino-aprendizagem da geografia(2020-03-03) Lopes, Willian Falcão; Sitja, Liége Maria Queiroz; Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza; Soares, Sandra ReginaA presente dissertação investigou as percepções docentes sobre a potência pedagógica da imagem no ensino-aprendizagem da geografia escolar, sendo realizada em três campos empíricos (Colégio Estadual Henriqueta Martins Catharino, Colégio Estadual Luiz Tarquínio e Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães). Para seu desenvolvimento, foram feitas entrevistas fenomenológicas (semiestruturadas) com seis docentes de geografia da Rede Pública de Educação da Bahia no município de Salvador. O estudo apoiou-se nas abordagens qualitativas de pesquisa aproximando-se do método fenomenológico. Os conceitos trabalhados para o aprofundamento do fenômeno foram: imagem, percepção, pensamento, aprendizagem experiencial, ensino problematizante e competências cognitivas. Os resultados permitem afirmar que as percepções de imagem dos docentes giram em torno de um núcleo de sentido comum, no qual o trabalho pedagógico com imagens busca potencializar nos estudantes aprendizagens fecundas, uma vez que a abertura da imagem convoca os estudantes a se envolver em maior profundidade com a geografia escolar e com os próprios processos de aprendizagem. Além disso, o trabalho pedagógico com imagens possibilita aos docentes a prática de ensino da geografia mais problematizante, questionadora, sensível, inovadora, dinâmica, inventiva e, principalmente, relacionada à vida dos estudantes. Esse trabalho impulsiona o docente e os estudantes a desenvolverem competências cognitivas, sociais e afetivas, possibilitando tanto profundidade para criar imagens quanto para lê-las criticamente. O trabalho pedagógico com imagens proporciona um contato com as sensações e vivências dos estudantes, gerando uma maior aproximação e interação entre esses e os docentes. Além de que, quando articuladas com os conteúdos da geografia escolar, essas sensações proporcionam que a aprendizagem dos estudantes se torne mais experiencial e marcante em suas memórias. Em conclusão, pode-se dizer que o trabalho pedagógico com imagens nas aulas de geografia é um dos meios com os quais os docentes tensionam os processos de ensino-aprendizagem dessa disciplina a distanciar-se de estruturas epistêmicas mais cristalizadas e de práticas docentes reprodutoras de representações hegemônicas e colonialistas, para aproximar-se e produzir epistemologias geográficas ativas, abertas e coladas com a vida, potencializadoras de tessituras vitais, para lógicas de racionalidades plurais, capazes de produzir desterritorializações de verdades e crenças hegemonizantes.
- ItemSérie Práxis e Docência Universitária - Vol 8 - Desenvolvimento de atitudes experiências na formação de profissionais na universidade(2021-09) Soares, Sandra Regina; Sitja, Liége Maria Queiroz; Silva, Eliene MariaColocar em questão o desenvolvimento de atitudes de estudantes universitários é o propósito que articula os diversos artigos que compõem este livro. Apesar de grande parte das queixas dos docentes, nas últimas décadas, estarem relacionadas às atitudes dos estudantes no processo de sua formação como futuros profissionais, a exemplo de falta de engajamento na aprendizagem, a criticidade e resistência ao diferente, essa é uma temática ainda pouco discutida e raramente presente nos planos de ensino aprendizagem. A leitura deste livro fornece importantes elementos para a compreensão da necessidade de investir no desenvolvimento de atitudes dos estudantes universitários e disponibiliza referências teórico-prática reflexivas sobre essas experiências em turmas de cursos diversos e em universidades do Brasil, da Espanha e de Portugal. Uma leitura inspiradora para os docentes que compreendem que enfrentar a alienação, a naturalização da misoginia, da homofobia e de outras posturas antidemocráticas difundidas no nosso país nas últimas décadas é, sim, um desafio inadiável para a universidade.