Navegando por Autor "Silva, Ana Lúcia Gomes da"
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- ItemAteliês de Pesquisa - formação de professores(as)-pesquisadores(as) e métodos de pesquisa em educação(2020-10) Silva, Ana Lúcia Gomes da; Costa, Váldina Gonçalves da; Pereira, Diego CarlosEste livro se dirige a pesquisadores e pesquisadoras do campo da educação, estudantes de pós-graduação, graduação e interessados na área de metodologia da pesquisa que, como nós, são movidos pela paixão de suscitar distintos caminhos metodológicos próprios e apropriados da educação e sua dinâmica na realidade. O livro reúne diversos temas de interesse da área, apresentando abordagens metodológicas consideradas pioneiras, por tratarem de modo inventivo e peculiar, implicado e engajado, a pesquisa em educação. Pretende, pois, contribuir para que as pesquisas dessa área ousem criar, arriscar, rompendo grades, apontando atalhos, como estratégias que nos convocam a refletir sobre o significado da ciência que fazemos e experimentar esses conhecimentos ancorados no real. E não era para ser diferente!
- Item(Auto)Cartografia da minha professoralidade docente: pesquisa e vida entrelaçadas(2020-07-28) Silva, Ana Lúcia Gomes da
- ItemBase nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica(2021) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Silva, Fabrício Oliveira da; Oliveira, Iris VerenaEsta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
- ItemBase nacional comum curricular: apagamentos e implicações da diversidade na formação em exercício da coordenação pedagógica(UNEB, 2021-11-30) Lima, Fábia Alves; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Silva , Fabrício Oliveira da; Oliveira , Iris VerenaEsta pesquisa tem o propósito de compreender o papel da Coordenação Pedagógica (CP) como mediadora da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) no contexto de sua prática com o coletivo docente, frente ao planejamento didático-pedagógico de suas demandas diárias, a fim de identificar se este coletivo faz ou não vazar a diferença no referido documento. O delineamento metodológico ancora-se na abordagem qualitativa e se inspira no paradigma pós-crítico. Adota-se como método a (Net)etnocartografia, com o uso da bricolagem da etnografia, cartografia e netnografia, motivado pela cartografia de Deleuze e Guattari (1998, 2014, 2010), cujas pistas produzidas por meio das narrativas e imagens foram cartografadas a partir dos dispositivos Ateli(net) e Diário de Bordo, em que os fios dos episódios adotaram como procedimento de análise o próprio método (Net)etnocartográfico em processos de produções vida-formação na cibercultura, desenhadas como proposta de intervenção. A (Net) etnocartografia em interface online conecta movimentos de autorias singulares e coletivas, visando rasurar a BNCC no contexto da prática da Coordenação Pedagógica e buscar caminhos e bifurcações nos territórios onde habitam os sujeitos da pesquisa. As pistas-resultados apontam a ausência de políticas públicas para a formação da CP e discussão nas formações sobre temáticas do cotidiano que envolve gênero, raça, povos do campo, quilombolas, ciganos, comunidades tradicionais, entre outros, bem como uma BNCC que pretende o controle político do conhecimento por meio de um currículo único, o qual não é desejável em um país com dimensões (continental) territoriais, diversidade cultural e desigualdades sociais. A CP vê na processualidade da (Net) etnocartografia, via os seis (06) Ateli(net’s), pontos de conexão, contradições, atravessamentos e possibilidades de re-leituras dos espaços pedagógicos em proposições, teoricamente, enredadas pelos saberes que se articulam e se convertem em ações transformadoras, criadoras e ativas nos contextos de vida e com vidas do devir-outro, cujo rizoma-formação não tem começo e tampouco fim, pois se encontra sempre no meio e entre as linhas de fuga imperceptíveis, que se desdobrarão também na pós-defesa, criando fios que serão conectados, num ir e vir, sem simetria, experimentando as irregularidades da intuição e do inconsciente dos sujeitos, que sempre serão coautores desse trajeto de vida-pesquisa-trans-formação.
- ItemBordado-narrativa da/na formação de professoras: (des)fazimentos(UNEB, 2024-05-29) Mendes, Naiane Rocha; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosário dos; Fernandi, Kyria Rebeca Neiva de LimaO presente memorial formativo interroga o currículo de formação de professores no Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia, tomando o atravessamento com as diversidades, em especial com as deficiências como ponto de partida. Essa escrita reflexiva borda as experiências da autora na formação inicial e na formação continuada de professores a partir de cenas narrativas. Ancora-se no paradigma epistemológico pós-crítico numa perspectiva qualitativa e interventiva, elegendo a pesquisa-(form)ação narrativa/narração como método. Como procedimento de análise produziram-se, a partir dos dispositivos de pesquisa, análises narrativas sob a égide dos desfazimentos. Parte-se da questão suleadora - Como a deficiência tem atravessado o currículo da formação de professores? - para se declarar os objetivos: 1) Partilhar narrativas, conversas e vivências atravessadas pela deficiência tomada como diversidade na formação de professores e 2) Rebordar práticas inclusivas na formação de professores atravessada pelo acolhimento da deficiência. A análise dos dados aponta para a potência das co-autorias, do diálogo com a comunidade externa e sua participação nas formações, bem como dos grupos e das ações de pesquisa e extensão que vem atravessando os meus processos formativos pela auto, eco e heteroformação. Esse movimento de fazer pesquisa com o outro acompanha a autora desde a graduação como pesquisadora do Programa Afirmativa (PROAF), se desdobrando em espaços formativos promovidos pela pesquisa e pela extensão que esgarçam o currículo abrindo espaço para a inclusão e diversidade. Além dessas potências, a análise aponta a pouca efetivação das políticas de acessibilidade e inclusão no DCH-IV Jacobina, a ausência da comunidade acadêmica nas formações ofertadas, a falta de adesão docente nas propostas de formação sobre acessibilidade e práticas pedagógicas, a desresponsabilização e terceirização dos estudantes com deficiência para os núcleos de apoio, salas especializadas e mediadores, a invisibilidade do estudante com deficiência na universidade e na educação básica, o desfazimento do presencial bordando práticas pedagógicas híbridas, a dificuldade do coletivo para registrar e compartilhar narrativas e a articulação entre graduação e pós-graduação como movimento potente de adensar e interrogar a formação. Como contribuições e encaminhamentos a partir do campo e seus desdobramentos, destacamos as produções dos memoriais de formação pelas co-autorias, graduação e pós-graduação, a continuidade das propostas de extensão pelas redes colaborativas e a proposta de se criar formas de circular o material produzido pelo Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) para além das publicações acadêmicas buscando construir um repositório online composto com narrativas, práticas e experiências das praticantes que vão bordando o processo formativo dessa pesquisa e de outras pesquisas do grupo pela dimensão (auto)formativa.
- ItemCartografias de uma neolinguagem inclusiva: outras gramáticas na língua portuguesa na cibercultura(2023-07-09) Menezes, Jadla Morais; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosario dos; Salvadori, Juliana; Santos, Edméa Oliveira dosEsta pesquisa toma como tema de estudo a Neolinguagem Inclusiva assumida em sua perspectiva não binária, que abriga uma cartografia sobre os sujeitos dissidentes a linguagem e visibilização em redes na Cibercultura e nos ambientes educacionais, em especial, na educação básica. Tem como objetivo central: analisar como a Neolinguagem interroga a linguagem através da diferença, pelo diverso, dissidente e heterogêneo, a fim de afirmar a inclusão da mesma no ensino da Língua Portuguesa de modo que os/as/es sujeitos se sintam visibilizados/as/es como sujeitos de linguagem. Como objetivos específicos definimos: a) Produzir uma genealogia da linguagem dita neutra, perfomatizando outra história que descontinua formas de se ver o gênero binário na LP, considerando o sujeito como um efeito de linguagens, discursos. b) Enredar cartograficamente as disputas de narrativas na cibercultura sobre a Neolinguagem e o seu uso como forma de uma comunicação não-binária. c) Apresentar estratégias cartografadas para a inserção da neolinguagem no ensino da Língua Portuguesa na educação básica, a fim de produzir cartografias da diferença de modo a visibilizar os sujeitos/eis. Adota como método a cartografia, que se faz como um mapa aberto, objetivando trazer uma história outra para essa cortinagem binária que a Língua Portuguesa implantou e defende. Os/as/es sujeitos coautores/as/ies da pesquisa foram os/as usuários/as/ies na Cibercultura e o Ciberespaço através dos corpus de análise: Youtube e Twitter Como procedimento de análise o próprio método cartográfico. Na primeira fase da pesquisa realizou-se a revisão sistemática do tema em estudo no recorte temporal de 2015 até 2021 na base de dados SciELO e Google Acadêmico cujos resultados apontaram para a escassez de pesquisas devido a atualidade do tema, ampliando-se assim, o escopo da revisão para uma cartografia na cibercultura. Como resultados centrais a pesquisa destaca: embates emergentes e coexistentes na cibercultura e seus jogos de força que cambiam entre um discurso impositivo sobre a Neolinguagem gerando a informação, a desinformação e/ou a propagação de fake news nesses espaços, assim como discursos defensores da Neoliguguagem como movimento de inclusão e desvinvisibilização dos sujeitos; cartografia da neoliguguagem com estratégias de promoção, espaço de visibilidade, respeitando a forma como cada pessoa deseja ser identificada; NI, visa desconstruir as normas binárias tradicionais e reconhecer a multiplicidade de identidades de gênero e orientações sexuais, encontra tanto apoio entusiástico quanto resistência firme na cibercultura do Instagram, Youtube e Twitter, conforme (corpus de análise cartografados). Os/as/es usuários/as que abraçam essa forma de linguagem frequentemente enxergamna como uma oportunidade de respeitar a autodeterminação das pessoas, promovendo inclusão e desconstruindo estereótipos de gênero. Eles veem o uso de pronomes inclusivos e outras adaptações linguísticas como um ato de inclusão social e linguística, uma maneira de afirmar o direito de cada falante.
- ItemCotidiano e experiências da juventude negra: conversas com estudantes do Colégio Estadual de Bandiaçu(2022-02-21) Santos, Geniclécia Lima dos; Oliveira, Iris Verena Santos de ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Eugênio, Benedito Gonçalves; Sampaio, Carmen Diolinda da Silva SanchesEsta dissertação propõe-se a dialogar com experiências estudantis no cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu, com o intuito de ampliar a visibilidade das mesmas, dentro e fora do espaço escolar. Ao se propor a ampliar a visibilidade da atuação estudantil, a pesquisa identifica as escolas públicas como lugares carregados de vida e experiências. A partir de narrativas estudantis sobre o cotidiano do Colégio Estadual de Bandiaçu (CEB), foi possível problematizar as significações dadas à escola, como espaço de afetos, sociabilidades e tensões, especialmente quando são consideradas as experiências de estudantes negros. A partir desses olhares, buscamos pensar de que maneira atuar no CEB pode auxiliar na visibilidade das experiências estudantis e como a ação interventiva, guiada por plataformas digitais, contribui para que a comunidade escolar torne o ambiente educativo um espaço que assume essas experiências, como práticas e saberes importantes e de formação para toda a comunidade escolar. Nesse intento, utilizamos a categoria cotidiano, a partir da perspectiva de Michel de Certeau (1998), por seu espírito inconformista e perspicaz; ainda, na interação com a experiência, partimos das compreensões de Jorge Larrosa Bondía, pois a sua postura nos permitiu encarar nossas conversas e escrita de maneira que possamos viver e não apenas sobreviver. Quanto ao trato da juventude negra, Sílvio Almeida (2019), Conceição Evaristo (2020), Franz Fanon (2008), Nilma Lino Gomes (2018/2019) e diversas intelectuais negras foram fundamentais para a conversa com esses sujeitos, a partir de suas potencialidades. Por outro lado, as conversas entrelaçadas pelos próprios/as estudantes negros e negras do CEB, além de impulsionarem essa investigação/formação, apontaram para nuances da relação com a escola, reconfiguradas no contexto da pandemia de COVID-19. O afastamento do espaço físico possibilitou um olhar crítico e complexo sobre as experiências escolares, indicativo de necessidades que não são atendidas, ao tempo em que permitiram pensar o cotidiano em meio aos dilemas da educação, com mediação tecnológica. Do ponto de vista metodológico, a pesquisa propõe uma rasura nos pressupostos da pesquisa qualitativa, ao eleger a conversa como método e dispositivo metodológico, na tentativa de seguir por vias de aberturas, não fechamentos (SAMPAIO; RIBEIRO, 2018). Além disso, por se tratar de um mestrado profissional em educação, a pesquisa apresenta, como proposta interventiva, a continuidade das conversas com o corpo estudantil do Colégio, visando à construção coletiva do Instagram do CEB, que será concebido como resultado/produto educacional. A movimentação dessa rede social terá o intuito de publicizar e encantar outras pessoas para tudo aquilo que já acontece em nossas escolas e estimular novas ações, principalmente no tocante às experiências estudantis.
- ItemCultura visual e compreensão crítica: construções de sentidos na interação do educando com as hiperimagens(2017-12-15) Fonseca, Camila Heveline Santos da; Gomes, Antenor Rita; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Ribeiro, Marcelo Silva de SouzaEste trabalho investigativo tem a sua gênese centrada na concepção de que o advento da sociedade da informação e da sociedade em rede, além do avanço da tecnologia, especialmente no tocante às mídias digitais, possibilitaram o surgimento de aplicativos e acessórios variados, os quais vêm alterando o comportamento do indivíduo diante das imagens, implementando formas diferenciadas de leitura que os sujeitos praticam no cotidiano, bem como a produção de sentidos e desenvolvimento de habilidades leitoras para atuar no ciberespaço - comportamento que se estende também ao âmbito escolar. Tais transformações instituíram outras perspectivas discursivas que se tornaram muito comuns no infindável espaço cibernético. A democratização da utilização de mídias digitais impactou significativamente nas práticas discursivas dos sujeitos envolvidos cujos hábitos eles também levam consigo para outros espaços, inclusive a escola, local que ainda não lida muito bem com a infinidade de possibilidades pedagógicas das hipermídias. O objeto de investigação estabelecido nessa pesquisa volta-se para a análise dos processos de produção de sentido na utilização pedagógica das representações visuais, especialmente as que são veiculadas/elaboradas através das TDCIs. Discute ainda em que medida a escola tem promovido ações que aprimorem as habilidades de leitura e interpretação crítica das hiperimagens. Esta pesquisa de abordagem qualitativa com o método de pesquisa-ação se propôs em desenvolver um trabalho investigativo para compreender como se operacionaliza a construção de sentidos e a compreensão crítica da cultura visual na interação do educando com hiperimagens. Utilizou como dispositivos para levantamento dos dados o caso de ensino, a observação, diário de bordo e grupo focal. Os procedimentos utilizados para a análise dos dados foi inspirado na Análise de Discursos Francesa (ADF), por entender que esta seria um caminho viável para se compreender os dados construídos por intermédio da implementação da pesquisa ação. Os participantes são os professores que ministram as Oficinas do PROEMI – Programa Ensino Médio Inovador e alunos da Oficina do PROEMI do Colégio Estadual Normal Arnaldo de Oliveira no município de Caém, unidade escolar integrante do Núcleo Regional de Educação (NRE-16). Elaboramos como produto final dessa intervenção, um manual pedagógico composto pela coletânea dos casos de ensino constituído por uma coletânea de sequências didáticas, considerando as produções realizadas nas oficinas, a fim de que seja utilizado em momentos formativos nas Atividades Complementares (AC) da referida Unidade de Ensino ou como subsídio para os professores incluírem as visualidades de forma criativa e inovadora em suas práticas pedagógicas, além da dissertação como relatório final da pesquisa realizada.
- ItemDesenvolvimento das aprendizagens na educação infantil: contribuições da neurociência(UNEB, 2024-06-28) Oliveira, Nádja Luana Barros Cavalcanti; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antoniolo Hammes de; Coelho, Patrícia Júlia Souza; Nunes, Jacy Bandeira AlmeidaEsta pesquisa de mestrado investigou o desenvolvimento das aprendizagens das crianças de 0 a 6 anos, tomando como fundamento teórico a aplicação dos conhecimentos de neurociência na Educação Infantil, tendo como contexto o Centro Municipal de Educação Infantil Olívia dos Santos Silva - CMEI Olívia, em Jacobina - BA. Partiu de duas questões investigativas: como vem acontecendo o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil na instituição CMEI Olívia, no município de Jacobina - BA? E como a neurociência pode contribuir para o desenvolvimento dessas aprendizagens? O objetivo geral consistiu em compreender o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil, tomando como fundamento o potencial das contribuições da neurociência. Entre os objetivos específicos, destacou-se: analisar os documentos legais e a literatura da área sobre o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; cotejar as contribuições dos fundamentos da neurociência, com destaque para as funções executivas, dialogando com as práticas existentes e as novas orientações para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil; inventariar os conhecimentos prévios das professoras acerca dos fundamentos e das práticas que elas já realizam; e gerar, colaborativamente, orientações teóricas e metodológicas para o desenvolvimento das aprendizagens na Educação Infantil do CMEI Olívia, através da realização de ateliês de formação. Utilizando a abordagem qualitativa e pesquisa colaborativa, ancoradas na reflexão da bricolagem como paradigma epistemológico, foram utilizados dispositivos de construção de dados, como análise documental, observações e entrevistas semiestruturadas. Para a análise dos dados, foi utilizada a Teoria Fundamentada em Dados (TFD). As participantes foram as professoras da Educação Infantil. Os resultados apontaram que o jogo e a atividade lúdica são metodologias de ensino já presentes em suas práticas. No entanto, foi identificado que uma parte das professoras desconhece os estudos de neurociência aplicados à educação e sinalizaram a necessidade de uma formação continuada específica nessa área. Como produto, foram propostas orientações teóricas e metodológicas para a construção de um plano de formação, através de ateliês formativos, intitulado “Otimizando o Aprendizado Infantil”, que será apresentado à Secretaria de Educação do Município de Jacobina como uma proposta de formação continuada para o município. Considera-se que a neurociência pode fornecer estratégias eficazes para aprimorar o ensino e a aprendizagem na Educação Infantil, promovendo o desenvolvimento cognitivo, emocional e social das crianças.
- ItemDissidências e (Im)pertinências de gênero no território escolar: memorial cartográfico Lucemberg(2018) Oliveira, Lucemberg Rosa ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa de mestrado intitulada Memorial Cartográfico: dissidências e (Im)pertinências de gênero no espaço escolar, realizada numa escola municipal da rede de Barra do Mendes - BA, toma como centralidade as questões que envolvem o gênero, entre eles as performances, bem como as práticas pedagógicas e formação docente. Teve como objetivo principal compreender como as performances de gênero são apresentadas na escola a partir das reflexões sobre as práticas pedagógicas dos/a colaboradores/a da pesquisa e como objetivos específicos: descrever por meio de observações participantes em quais momentos as performances de gênero são identificadas/silenciadas na escola e cartografar os conceitos- chave relativos às performances de gênero. A pesquisa se ancora no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico para apontar epistemologicamente e metodologicamente a esta procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa, permitindo ao pesquisador se emaranhar por uma gama de procedimentos aos quais outros tipos de pesquisa tradicionais não permitiriam, ela não se prende ao formalismo metodológico, o que nos permite classificá-la como pós-moderna, pós-crítica e pós-estruturalista. A pesquisa cartográfica difere de outros modos de fazer pesquisa. Baseados, sobretudo, no impacto epistemológico conduzido por Deleuze e Guatarri (1995) – propositores desse conceito – no campo da filosofia, acabam por cotejar no que concerne à produção investigativa na área das ciências humanas, em geral, e especialmente no campo da educação. Como dispositivos de construção dos dados, utilizaram-se Ateliês de pesquisa, e observação participante, buscando registrar, problematizar e refletir sobre as práticas e, consequentemente, formar professores/a em exercício para o trato com a temática. Assim o saber é, sobretudo, produto e processo das redes heterogêneas de interações de agregados sociais humanos e não-humanos (condições objetivas e subjetivas da realidade). Como resultado/produto final, foi elaborado pelo coletivo docente o Projeto didático-pedagógico para o trato da diversidade de gênero na sala de aula. Além disso, a pesquisa apontou que ainda há um longo caminho para implementar as discussões sobre gênero na escola, uma vez que as pessoas que foram o corpo dessa instituição ainda buscam maneira de silenciar tais questões e quando estas ultrapassam os limites do que ocasionou a ser “normal”, os (a) estudantes são vistos como objetos. Ainda, foi possível verificar que muitos professores e professoras ainda se sentem, em muitas ocasiões, reféns de práticas pedagógicas, ainda distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade, embora estes estejam presentes na escola, no cenário da diversidade, esta ainda é regida, por uma estrutura muito hierárquica, que insiste em olhar mais para a normatividade do que para a diversidade, principalmente no que se refere às questões de gênero.
- ItemÉ do jeito da gente que eu vou contar! Narrativas orais interfaces nas práticas educativas escolares(2016) Araújo, Nádia Barros; Gomes, Antenor Rita; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Dantas, Vera Lúcia de AzevedoEste trabalho resulta da pesquisa sobre as narrativas orais dos contadores de história de Tapiramutá/Bahia numa perspectiva socioeducativa. O tratamento dos dados e a escrita do texto se deram numa perspectiva fenomenológicohermenêutica. Inicia-se por enfatizar as narrativas orais como produções culturais composta de elementos do imaginário que apontam para as representações sociais, ideológicas e identitárias dos sujeitos. Considera o potencial das narrativas orais como fonte de saberes e conhecimentos que se entrelaçam com a perspectiva multicultural/intercultural do currículo. Assim sendo, a pesquisa se desenvolveu em dois momentos: primeiro com a pesquisa de campo junto aos contadores de história da cidade de Tapiramutá, a fim delevantar as narrativas orais, os temas e representações que emergem delas. Para tanto, utilizamos a pesquisa exploratória, a entrevista narrativa e semi-estruturada. No segundo momento, o trabalho de pesquisa se desenvolveu através da pesquisa participante e de cunho qualitativa, junto a um grupo de professores da Educação Básica da cidade de Tapiramutá/Bahia, participantes do curso de formação sobre o uso pedagógico das narrativas orais. Desta vivência origina-se um conjunto de 17 (dezessete) proposições didáticas e uma lista de atividades, ambos elaborados pelos professores cursistas. Assim o córpus de analise deste trabalho se constitui de 89 narrativas orais dos contadores e deste conjunto de proposições didáticas e lista de atividades. Como arcabouço teórico nos orientamos por: Marilena Chauí e Chartier para apresentarmos as narrativas orais enquanto expressão cultural, com Bourdieu, Jovchelovith e Maffesoli para discutirmos sobre o imaginário e as representações sociais presentes nas narrativas orais, Tomaz Tadeu e Stuart Hall no que refere-se as questões identitárias, Canen, Macedo e Mclaren para tratarmos sobre o currículo numa perspectiva multicultural/intercultural.
- ItemEducação carcerária: (des)encantos, (des)crenças e os (des)velamentos de leitura no cárcere, entre ditos, silêncios e subentendidos(2007-12-20) Silva, Ana Lúcia Gomes da; Fagundes, Tereza Cristina Pereira Carvalho; Passos, Elizete Silva; Arapiraca, Mary de Andrade; Santos, Cosme Batista dos; Silva, Márcia Rios da; Araújo, Edivalda AlvesEducação carcerária é o tema central desta pesquisa, considerada como ato educativo informal, praticado no cotidiano do cárcere marcado pela intencionalidade em cada habilidade, modos de agir, astúcias e estratégias organizadas, com finalidades próprias e apropriadas, que influenciam e formam outros sujeitos. Objetivamos discutir as práticas educativas que se dão no cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido para os que nele se inserem, além de buscar compreender a tríade presente nas relações de poder: o saber, o discurso e as estratégias do dizer sobre a prisão e seus efeitos. A pesquisa teve como lócus a 16ª Delegacia Circunscricional de Jacobina/BA. O horizonte metodológico adotado foi o etnográfico, tendo como fundantes os estudos da Antropologia, utilizando como instrumentos de construção dos dados entrevistas abertas e/ou aprofundadas, as histórias orais de vida, o memorial, a observação participante, buscando apreender o máximo possível do cotidiano do cárcere e seus efeitos de sentido sobre os sujeitos da pesquisa. Para realizar a análise dos dados, utilizamos a Análise do Discurso (AD). Os resultados apontam a dimensão das (des)crenças, (des)encantos e (des)educação que marcam, de forma contundente, cada ser humano que experiencia o cotidiano do cárcere nos seus movediços caminhos. Por outro lado, os memoriais, relatos e narrativas, vão (des)velando outras nuances e aspectos do ser humano como ser que está em constante formação, em contraponto com os discursos oficiais que nos (des)velam, a partir de outros pontos de vista, o cotidiano do cárcere. As narrativas dos encarcerados desvelaram as práticas reais do cárcere e seu caráter educativo e promotor de (des)crenças, (des)educação, sofisticação das regras de poder, de organização que reproduz a violência, amedronta e os faz mais e mais marginais. Conclusivamente, o trabalho traz a cartografia das práticas educativas no cárcere, seus efeitos sobre os encarcerados e seus familiares, (des)vela (des)crenças, (des)esperanças, sinaliza possibilidades reeducativas e socializadoras dos encarcerados pós-presídio e indica que a educação em espaços de aprendizagem como o cárcere, seria promotora de significativas mudanças, considerando que os seres humanos que vivenciam processos educativos de toda ordem podem (res)significar suas atitudes e transformar suas vidas.
- ItemA educação em perspectiva inclusiva: implicações discursivas na construção da educação de surdos em uma escola pública estadual de Jacobina/BA(2018) Santos Neto, Daniel Neves do ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Bastos, Edinalma Rosa; Begron, Desirée De VitEsta pesquisa buscou compreender como os discursos presentes no contexto educacional de perspectiva inclusiva relacionam-se com as práticas na educação de estudantes surdos/as. A investigação foi realizada a partir dos pressupostos teóricos, metodológicos e epistemológicos das pesquisas do tipo qualitativa, cuja trajetória investigativa foi percorrida tendo como inspiração os princípios da pesquisa-ação colaborativa. Este trabalho foi desenvolvido em uma escola pública estadual da cidade de Jacobina-Bahia que atende estudantes surdos/as no noturno. Participaram do estudo um/a representante da equipe gestora, três intérpretes de Libras/Língua portuguesa, cinco docentes e três estudantes surdos/as. Para a construção dos dados, foram utilizadas observações não-participantes, entrevistas individuais semiestruturadas, análise documental do Projeto Político Pedagógico da instituição e a tertúlia dialógica móvel por meio do aplicativo Whatsapp. Os dados construídos foram analisados tendo como inspiração as teorias dos estudos da educação inclusiva, da educação de surdos/as e da Análise do Discurso (AD) propostas por Brandão (2014), Orlandi (2000) e Foucault (2014), cujo enfoque esteve direcionado para os interdiscursos, formações discursivas e para os efeitos de sentidos presentes nas enunciações e na relação entre os ditos e os implícitos da linguagem. Essa pesquisa possibilitou constatar a presença de diversos discursos que evidenciam disputas de saberes e que se registram em práticas que tendem a invisibilizar e silenciar as diferenças surdas, marcadas pelas tensões emergentes do encontro da Libras com a língua portuguesa no espaço escolar. A avaliação, na realidade investigada, se constitui na dimensão da prática pedagógica mais resistente à adaptação para o contexto da inclusão, pois ainda apresenta um perfil que desconsidera as diferenças da pessoa surda. É marcada também nos discursos, de forma abstrata, a necessidade de se avaliar e de se ensinar a partir de metodologias visuais, muito embora nas práticas ainda sejam evidenciadas resistências quanto à sua concretização. Os discursos são centrados na ausência de audição da pessoa surda e se deslocam para outras faltas no interior da escola. Por fim, durante toda a trajetória investigativa, a retomada discursiva ao/à profissional intérprete de Libras foi fundante em várias enunciações, sendo este/a o/a profissional constituído/a nos discursos como o/a principal responsável pela promoção da acessibilidade à pessoa surda na escola comum. As constatações desta pesquisa se encaminharam para a construção de propostas de intervenções formativas cujos desdobramentos foram direcionados para a formação de um grupo de estudos e para a oferta de um curso de extensão em educação de surdos/as.
- ItemEducação feminista e antirracista: narrativas de estudantes negras em Mirangaba-BA(2019) Santos, Amanda Oliveira dos; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Cardoso, Cláudia Pons; Barros, Zelinda dos SantosNesta investigação, analisei narrativas autobiográficas de seis estudantes negras, do Ensino Fundamental II, do turno noturno, de uma escola pública, em Mirangaba, Bahia. Com idades entre 15 a 30 anos, essas mulheres re-velaram suas histórias, entre março e abril de 2019. O exercício de análise objetivou identificar e refletir sobre as discriminações interseccionais (CRENSHAW, 2002; 2004; 2019; AKOTIRENE, 2018) que acometem as estudantes negras e desenvolver na escola, a partir das experiências narradas (HOOKS, 2017), estratégias pedagógicas que combatam o racismo e o sexismo e promovam pertenças afrocentradas. O método de pesquisa adotado para chegar às narrativas foi o autobiográfico (BUENO, 2002), com o apoio de um questionário fechado e do dispositivo de pesquisa desenvolvido especificamente para esta investigação: a Projeção Coletiva (SANTOS; SILVA, 2017). As narrativas apontaram para os efeitos da subordinação estrutural (CRENSHAW, 2002; 2004) que submete mulheres negras a estereótipos (GONZALEZ, 1984) e experiências de “burros de carga” da sociedade (TRUTH, 1867 apud AKOTIRENE, 2018), desde a colonização, retirando-lhes o direito de exercer plenamente suas habilidades intelectuais, que ficam restritas ao tempo e ao espaço escolar. A discriminação mista ou composta promove efeitos devastadores sobre seus corpos, que padecem da solidão (PACHECO, 2013; SOUZA, 2008; COSTA, 2019) e rejeição dos seus sinais diacríticos (GOMES, 2006; KILOMBA, 2019). E a violência do racismo patriarcal (SILVA, 2013) deixa marcas profundas em seus corpos e em suas memórias. No entanto, para resistir à fome, ao racismo, à violência, elas criam uma rede de mães e irmãs e se cuidam entre si. Como resultado/produto da trajetória de pesquisa, além da dissertação, foram elaborados e realizados projetos didático-pedagógicos com foco na Lei nº 10.639/03, numa perspectiva feminista negra, considerando a responsabilidade da escola, como instituição comprometida com os direitos humanos, de lidar com as causas e as consequências dessas discriminações, bem como propor estratégias de resistência.
- ItemEducação inclusiva e seus impactos nas práticas pedagógicas na rede municipal de Jacobina/BA: estudo colaborativo na Escola Professor Carlos Gomes da Silva(2016-07-27) Carvalho, Ana Lúcia Oliveira Freitas ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antonio Hammes deO objetivo desse estudo consistiu em procurar compreender como as novas demandas postas à escola pública de ensino regular no que tange ao acolhimento da diversidade e sua inclusão, particularmente de alunos com necessidades educacionais especiais, tem impactado na cultura escolar do ensino regular, particularmente nas práticas pedagógicas dos professores da rede municipal de Jacobina, da escola Professor Carlos Gomes da Silva, de modo a proceder ao acompanhamento das políticas públicas para a inclusão e propor atividades para formação continuada de professores e outros profissionais, considerando o modelo de inclusão do coensino em diálogo com o atendimento educacional especializado (AEE). O estudo contou com a colaboração de nove participantes (sete professoras, a coordenadora pedagógica e a diretora escolar) do lócus escolhido. O entrelaçamento entre teoria e prática pautaram nossos argumentos sobre a ressignificação do conceito de práticas pedagógicas e da necessidade de se pensar na reformulação destas visando torná-las mais próximas do que se almeja para que o sistema educacional efetive, com qualidade, a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) nas classes comuns do ensino fundamental, principalmente. A íntima relação entre as práticas pedagógicas e a formação docente nos levou a adotar, em compartilhamento de ideias com as colaboradoras do estudo, a formação continuada em serviço aos profissionais da escola no espaço tempo das atividades complementares (AC) como lugar privilegiado para a prática reflexiva, a ressignificação do planejamento e a aproximação entre as professoras do AEE e das classes comuns. A metodologia que nos embasou foi de aplicação prática, baseada nos pressupostos da pesquisa qualitativa descritiva e exploratória, da pesquisa-ação colaborativa e adotamos a análise de conteúdo para o tratamento dos dados. Os instrumentos e técnicas de pesquisa adotados foram a observação das estruturas da escola, principalmente a sala de aula, questionário, entrevista e grupo focal, particularmente o último para a construção conjunta de proposta de intervenção, a ser aplicada no segundo semestre de 2016 e no primeiro de 2017. A pesquisa está baseada teoricamente em Candau (1995; 2008; 2011); Carvalho (2010; 2012; 2014); Capellini (2004; 2007); Gatti (2007); Glat e Pletsch (2010; 2007; 2010; 2013); Libâneo (2010; 2013); Mantoan (2004; 2010; 2013; 2015); Mendes, Vilaronga e Zerbato (2014); Sassaki (1997; 2003; 2007); Silva e Ferreira (2010); Veiga (1994; 2001), entre outros. Como resultados, apresentamos avaliação geral das políticas públicas de inclusão (especificamente a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva – PNEE, 2008) e do modelo de inclusão adotado pelo Brasil, considerando seu impacto nas práticas pedagógicas das professoras colaboradoras desta pesquisa. O primeiro ponto a ser considerado é que estas políticas efetivamente garantiram o acesso a este público às escolas de ensino regular, o que pode ser comprovado pelo número de matrículas – a diversidade, portanto, está batendo a porta da escola. Contudo, percebemos que o modelo baseado no AEE em salas de recursos multifuncionais ainda precisa ser melhor articulado às atividades da sala de ensino regular, visto que ainda não está claro para as participantes qual é o papel do AEE na inclusão – particularmente no planejamento colaborativo. A formação continuada/em serviço é outro ponto que emerge do campo recorrentemente: parte da angústia frente à inclusão é explicada pelas participantes pela falta de formação específica para inclusão. Contudo, percebemos casos bem sucedidos de inclusão neste lócus, relatados pelas próprias participantes, mas que não têm sido considerados pelas mesmas como resultados positivos de suas práticas, que mesmo ainda em transição, caminham para a perspectiva inclusiva.
- ItemA Educação Sexual nos livros didáticos de Biologia: uma abordagem no campo do currículo(2016-07-26) Texeira, Roberto Santos Filho; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Botelho, Denise Maria; Gomes, Antenor RitaEste Trabalho Final de Conclusão de Curso de Mestrado Profissional, volta-se para a Educação Sexual dirigida à adolescentes, buscando problematizar processos de produção das diferenças sexuais e de gênero. Esta investigação sustentou-se nos campos dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas, articulados com a perspectiva pósestruturalista de análise. Realizamos pesquisa exploratória com a aplicação de questionário à estudantes do ensino médio, intervenção pedagógica através de Ateliê de Pesquisa Formativo e analisamos livros didáticos de biologia endereçados ao ensino médio. A pesquisa exploratória realizou-se a partir da análise de questionários respondidos por estudantes. Investigamos as necessidades e as dificuldades das/os estudantes em relação à Educação Sexual na escola. Os resultados indicaram que todas/os as/os entrevistadas/os consideraram importante a implantação da Educação Sexual na escola, entretanto, apontaram ausência de trabalho pedagógico em Educação Sexual em sua escola. Outro achado da pesquisa, evidenciado nos encontros do Ateliê de Pesquisa Formativo diz respeito à existência da dicotomia entre teoria e prática, uma vez que as/os docentes reconhecem a importância de se trabalhar a Educação Sexual na escola, mas, no entanto, não incluem em suas práticas a discussão desse tema. Ficou evidente ainda, a necessidade de investimento em ações pedagógicas que promovam efetivamente a Educação Sexual na escola. O processo analítico dos livros didáticos de biologia baseou-se nos achados da pesquisa exploratória, nas discussões sobre os temas relacionados à Educação Sexual ocorridas no Ateliê de Pesquisa Formativo, nos estudos das “representações” sexuais e de gênero marcardas nos livros didáticos e na tentativa de explicitar um modo de problematizar tais representações a partir de um processo de “desconstrução”. O modo como o gênero e a sexualidade estão representados produz significados que marcam e constituem não apenas o sujeito e as práticas normais, como também os sujeitos e as práticas “desviantes”, “não autorizadas”, “anormais”. Os resultados obtidos com a experiência, sustentada por uma metodologia de trabalho aberta, dialógica e participativa, possibilitaram as/aos docentes participantes da pesquisa um espaço de reflexão e de elaboração de vivências e experiências, o que propiciou uma reconstrução/ressignificação em relação às questões que envolvem a Educação Sexual. Assim, o estudo investigativo realizado possibilitou a construção de conhecimentos e de habilidades na área, instrumentalizando os sujeitos da Educação Básica para o enfrentamento das dificuldades e da complexidade das temáticas da Educação Sexual e para intervenções transformadoras, seja no âmbito pessoal, profissional ou escolar. Assim, considerando as informações obtidas será elaborado Documento Referencial em Educaçã Sexual.
- ItemEnsino de história e cultura afro-brasileira, africana e identidade: desafios e implicações nas práticas pedagógicas(2018) Medeiros, Marleide Alves de Oliveira; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Cardoso, Cláudia Pons; Sousa, Denise Dias de Carvalho; Barros, Zelinda dos SantosEsta pesquisa, intitulada Ensino de História e Cultura afro-brasileira, Africana e Identidade: Desafios e Implicações nas Práticas Pedagógicas, tem como objetivo geral diagnosticar a aplicabilidade da lei 10.639/03 para o ensino da História e Cultura Afro-brasileira, pois compreendemos que sua efetivação apresenta alguns desafios, sendo esta temática de grande relevância na valorização da identidade negra. Teve como lócus o Colégio Municipal Gilberto Dias de Miranda (CMGDM), na cidade de Jacobina, no ensino fundamental anos finais, com os/as docentes colaboradores/as, buscando fomentar as discussões para elaboração de uma proposta de Ciclos de Formação contínua, no que diz respeito à temática étnico- racial. Como metodologia, utilizamos a pesquisa-ação colaborativa, que se ancora no tipo de pesquisa qualitativa, inspirada no paradigma crítico-dialético, haja vista que esse pressuposto concebe a pesquisa como um trabalho de investigação, o qual estabelece uma aproximação entre o campo da escola e da realidade, na inter-relação do todo e das partes, teoria e prática. Utilizamos como aporte teórico os estudos de Hall (2002); Moita Lopes (2006); Silva (2014); Gomes (2002,2005,2011); Moreira e Candau (2003); Munanga (2012); Franco e Ghedin (2015), Nóvoa (2009) e Gamboa (1998,2010). Empregamos como instrumentos de construção de dados, no primeiro momento, a escala de valores; em seguida, na pesquisa efetiva em campo: observação participante, Ateliê de Pesquisa e grupo focal on line. Como procedimento de análise dos dados, recorremos à Análise de Conteúdo, tipo temática, segundo Bardin (2006) e Fontoura (2011). Os resultados apontam que a Lei 10.639/03 não está sendo aplicada no CMGDM e que as ações e práticas referentes à cultura africana ocorrem de forma folclórica, em momentos comemorativos e pontuais. Confirmou-se, também, que existe uma lacuna na formação municipal docente para o preparo dos/as docentes na Educação da relações étnico-raciais. Ademais, evidenciou-se que o Projeto Político-Pedagógico, os planos pedagógicos e os livros didáticos não contemplam as especificidades de uma educação antirracista e para a diversidade cultural dos /as estudantes. As fases da pesquisa foram delineadas ao longo do processo, considerando a colaboração entre pesquisadora e os /as docentes, de forma a estabelecer uma proposta de intervenção da pesquisa como resultado/produto final, ou seja, o Ciclo de formação contínua a ser implantado na rede municipal de ensino.
- ItemEquipe multiprofissional no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) em uma instituição especializada de Jacobina/BA: tecendo o cuidado para alunos com TEA(2019) Andrade, Elciana Roque de Souza; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueEsta pesquisa nasce da experiência de acompanhamento de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), compartilhada com os professores do Centro de Atendimento Educacional Especializado CAEE de uma instituição especializada na cidade de Jacobina/BA, e tem como objeto a atuação da equipe multiprofissional na tessitura de práticas de cuidado para crianças com TEA no CAEE. A investigação se caracteriza como qualitativa, tendo como método o Estudo de Caso e como lócus e participantes o CAEE de uma instituição especializada na atenção à pessoas com deficiência da cidade de Jacobina/BA e profissionais que compõem a equipe multiprofissional deste CAEE. Apresenta como objetivo geral compreender como a equipe multiprofissional deste CAEE tem desenvolvido práticas de cuidado e as implicações destas para os alunos com TEA. Os objetivos específicos dessa pesquisa são: 1. Observar e descrever as práticas utilizadas pela equipe multiprofissional deste CAEE para alunos com TEA; 2. Acompanhar e avaliar o desenvolvimento de práticas de cuidado para alunos com TEA neste CAEE, a fim de mapear as práticas de trabalho. Os dispositivos utilizados para a construção dos dados foram: a análise documental, a observação participante, a entrevista semiestruturada e o grupo focal. Para análise e interpretação dos dados construídos, a pesquisa se inspirou na teoria da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2016). Emergiram dos dados em campo as seguintes categorias de análise: observação, ludicidade, vínculo afetivo, identificação das preferências, adaptação/flexibilização das atividades. A análise dos dados em campo evidencia o conflito entre o paradigma inclusivo, presente nos documentos institucionais e as práticas desenvolvidas pelos profissionais, centradas no modelo tradicional de saúde e de educação. Sobre os desafios relacionados ao atendimento educacional especializado ao aluno com TEA, emergem dos dados questões de ordem comportamentais, dentre elas: a estereotipias, a dificuldade de realizar e manter o contato visual, a dificuldade em comunicar-se. A relevância e maior contribuição deste estudo está na análise entre o que é proposto pelos documentos norteadores acerca da intersetorialidade no AEE, e como este atendimento é operacionalizado em instituição especializada em diálogo com a perspectiva inclusiva. A proposta de intervenção diz respeito a sistematização do Núcleo de Apoio a Educação Especial, formado por profissionais representantes de setores diversos, amparadas pela perspectiva da Educação Continuada voltada para a temática integralidade do cuidado à pessoa com deficiência pelo paradigma inclusivo.
- ItemEscolarização de surdos: estudo de caso em uma escola municipal de Irecê-BA(2019) Souza, Iza Rocha; Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante; Dourado, Emanuela Oliveira Carvalho; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Ribeiro, Solange LucasO presente trabalho trata de um estudo que investigou o processo de escolarização de estudantes surdos matriculados em uma escola pública da Rede Municipal de Educação na cidade de Irecê - BA. Teve por objetivo compreender o processo de escolarização de estudantes surdos, identificando suas fragilidades e potencialidades, considerando as condições de acesso, permanência e ensino, no intuito de construir uma Proposta Pedagógica Interventiva Colaborativa com discentes surdos e os docentes participantes da pesquisa que venha a contribuir com a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem dos surdos nessa escola da rede pública municipal. Esta proposta tomou forma de um Curso de formação em Libras e Escolarização de Surdos para estudantes, professores e demais servidores da Escola. A pesquisa teve cunho qualitativo e adotou o método do estudo de caso, sendo utilizados como dispositivos entrevistas, observação e documentos para produção de informações e análises. Tais procedimentos metodológicos, alinhados às intenções da pesquisa e aos referenciais teóricos deste trabalho dissertativo, trouxe conhecimentos sistematizados acerca da Política Municipal de Educação Inclusiva, no contexto da Rede Municipal de Educação de Irecê - BA, tendo como referência a sua Política Nacional. Desse modo, este estudo denota como a educação de surdos se materializa na escola, tendo em vista o direito ao acesso e à permanência que tem sido garantido reiteradamente nos diversos aportes legais. Foi evidenciada algumas fragilidades, como a dificuldade de comunicação com esses estudantes, a falta de um plano de adaptação curricular, a falta de conhecimento das políticas educacionais inclusiva para surdos, mas também as potencialidades da Escola, que têm garantido o acesso e permanência de estudantes com surdez, assim como o direito ao intérprete em sala de aula.
- ItemEscrevivendo a vida: educação e racismo entre as grades do presídio de Serrinha – Bahia(2023) Silva, Edilene Araújo da; Oliveira, Iris Verena; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Almeida, Carla VeronicaA presente pesquisa tem como objeto de estudo a Educação Prisional, lançando um olhar sobre a importância da escola inserida no ambiente de privação de liberdade, seus cotidianos e o enfrentamento do racismo, no presídio de segurança máxima localizado no município de Serrinha-BA. A nossa pretensão é conhecer essa realidade através do olhar dos estudantes, dos (das) docentes e demais colaboradores. Para isso, proponho como principal objetivo compreender a importância da escola dentro da prisão, como se configura o seu papel no enfrentamento do racismo e os principais desafios enfrentados no trabalho pedagógico no âmbito prisional de Serrinha – BA. No desígnio de responder a tal inquietação, delineiam-se os seguintes objetivos específicos: Conhecer as experiências das/os professoras/es no que se refere às suas práticas pedagógicas na prisão e as relações étnico-raciais; Conhecer as experiências dos discentes no que diz respeito à educação, formação do homem no cárcere, racismo e encarceramento; e Proporcionar discussões sobre relações étnico-raciais interligadas ao exercício efetivo da docência, para possibilitar estreita relação entre teoria e prática. Os/as participantes, coautores/as da pesquisa, são professores/as que atuam no Conjunto e os discentes que cumprem pena nesse espaço de reclusão. Como alicerce teórico, os principais autores cujas reflexões guiaram esse debate são: Almeida (2018), hooks (2004, 2013), Fanon (1968, 2008), Davis (2018), Mbembe (2016, 2018), Certeau (1998, 2009) e Evaristo (2005, 2007, 2008, 2009, 2016, 2017, 2020) e tantas outras vozes negras que como faróis iluminaram as passagens dessa jornada. Auxiliando na construção do caminho metodológico, a pesquisa será orientada pelas Escrevivências onde as narrativas das experiências ganharam centralidade na investigação, as quais preveem a possibilidade de problematização e intervenção sobre a realidade. As narrativas em cartas, pressupõem uma aproximação mais pessoal com os/as leitores/as, além de posicionar e dar visibilidade aos/as colaboradores/as. A pesquisa é tipificada como narrativa e tecida com as inspirações epistemológicas dos estudos com os cotidianos e com as escrevivências. Os resultados demonstraram a relevância da escola dentro da prisão, o seu influxo positivo na trajetória dos estudantes durante o período de encarceramento. A escola tem possibilitado momentos formativos para os estudantes, mas permanece o grande desafio a ser enfrentado, afetar os/as docentes para construção de práticas pedagógicas mais significativas no que tange o enfrentamento e combate ao racismo, dentro da prisão. Uma prática pedagógica que transgrida as hegemonias raciais e contribua eficazmente na afirmação da identidade negra desse homem encarcerado, vislumbrando sua reinserção social. Percebeu-se um incômodo silenciamento tanto a respeito do racismo e suas concepções construídas ideologicamente que permanecem vivas nas memórias e atitudes dos estudantes, ainda que de forma escamoteada, quanto sobre os excessos cometidos na prisão, a opressão e o assujeitamento impostos aos corpos. Nos Encontros Escreviventes, alguns conceitos foram sendo (des)velados pelos estudantes e professores (as), mostraram-se acessíveis ao diálogo e reflexões para uma possível reconfiguração das práticas, (re)inventando modos outros de se fazer a educação prisional. Espera-se que essa pesquisa possa contribuir para o rompimento desse silêncio, propiciando inquietudes e debates sobre enfrentamento e combate ao racismo e a educação nas prisões.