Navegando por Autor "Salvadori, Juliana Cristina"
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- ItemA dissolução do corpo e da imagem de sujeito administrado em crash: analises a partir da morte do afeto(Universidade do Estado da Bahia, ) Nunes, Jonathas Martins; Félix, José Carlos; Drummond, Washington Luís Lima; Salvadori, Juliana CristinaA presente pesquisa se ocupou de investigar como acontece a dissolução do corpo e da imagem do sujeito administrado nas narrativas ballardianas a partir da perspectiva da morte do afeto. Para tanto, tivemos por objeto o livro The atrocity Exhibition, bem como suas manifestações no cinema, pelo qual se move sem um centro, de forma independente. Baseamos-nos na interpretação do crash não enquanto um título, um texto, um objeto de determinadas narrativas, mas como o veículo argumentativo em função da cisão, seja essa do corpo do texto ou do corpo narrado. Sob tal conjectura, as distinções entre corpo e corpus também serão indistintas ao passo que adentramos as questões referentes às intensidades que são direcionadas às experiências destituídas de uma perspectiva objetiva nos objetos. Para realizar a pesquisa, partimos da hipótese de leitura que considera o corpo enquanto simulacro da linguagem, ou até mesmo sua materialização sob funções e frustações. Para fundamentar os argumentos que permeam o texto, tivemos como pressupostos principais as noções de mundo administrado de Adorno e Horkeimer (2006), bem como as inquirições sobre o posicionamento do narrador contemporâneo (2003); a noção de morte do afeto em Ballard (2014; 1996) em consonância com comentadores de sua narrativa e estudiosos das relações de percepção de sujeito e sociedade. Por fim, não levantamos uma conclusão, mas indicamos uma possível chave de leitura desses corpus corpo.
- ItemAdequação postural como tecnologia assistiva (TA) em Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE): contribuições para educação especial(2019) Gomes, Inglis Araújo da Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Bião, Menilde AraújoEste trabalho objetiva compreender o uso da adequação postural como recurso da Tecnologia Assistiva na educação especial, com a colaboração do profissional Fisioterapeuta inserido na equipe multiprofissional no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE), na região do Piemont da Chapada Diamantina, de modo a auxiliar nas práticas educativas dos profissionais da educação especial e, logo, na melhora das condições para a aprendizagem de alunos com deficiência. Consideramos o processo de inclusão educacional de pessoas com deficiência física, intelectual e múltipla no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) da APAE Jacobina pela singularidade do lócus: CAEE, em instituição especializada, em colaboração com a equipe multiprofissional (Fonoaudióloga, Psicóloga, Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional e Assistente Social) vinculada ao Centro de Reabilitação (CER II) implantado na instituição em 2017. A investigação pautou-se nos pressupostos da abordagem qualitativa e tendo como método o estudo de caso, realizado no CAEE/APAE com os profissionais da equipe multiprofissional (professores, coordenação e auxiliar de coordenação) e os alunos que, após avaliação, necessitassem do recurso de adequação postural. Os dispositivos para geração de dados foram análise documental, entrevista semi-estruturada, grupo focal e avaliação fisioterapia e para análise dos dados análise de conteúdo de Bardin (2016). Considerando a revisão de literatura sobre esse tema os resultados apontaram que a intervenção do fisioterapeuta no ambiente escolar promove melhoras cognitivas e motoras; auxilia os professores nos desafios das práticas inclusivas; melhora a qualidade de vida de cuidadores de criança com deficiência; promove a saúde no ambiente escolar, na atuação com crianças em condições crônicas, podendo utilizar recursos como o uso da tecnologia assistiva, de forma interdisciplinar, para auxiliar na inclusão educacional de alunos com deficiência. Os resultados dessa pesquisa corroboram com os resultados da revisão sistemática, sendo um tema pouco explorado, porém através dos dados coletados percebi que a colaboração do profissional Fisioterapeuta no CAEE, foi importante para a utilização dos recursos de adequação postural, bem como a utilização desses recursos é de fundamental importância para o processo de aprendizagem do aluno com deficiência e por fim a importância do diálogo entre os profissionais que atuam na saúde e educação na área da educação especial foi de fundamental importância para problematizar a lógica clínica do atendimento tanto educacional quanto terapêutico das pessoas com deficiência, tendo em vista uma nova lógica que é desenvolver a funcionalidade das pessoas com deficiência através dos postulados da Classificação Internacional de Funcionalidade (CIF). Como produto de intervenção, propormos a implantação de uma oficina de Tecnologia Assistiva para confecção dos recursos de adequação postural que possam ser utilizados pela equipe multiprofissional tanto no AEE da APAE Jacobina quanto em outros AEE bem como nas salas de aula regulares.
- ItemALTERNATIVA E AMPLIADA: Artes da comunicação na formação de professores, um memorial(2020) Mendes, Naiane Rocha; Salvadori, Juliana Cristina; Andrade, Elciana Roque de Souza; Penha, Gracielia Novaes da; Gomes, Maria de Fátima Lantyer Belo Araújo; Bueno, Roberto RodriguesO presente trabalho de conclusão de curso, intitulado “ALTERNATIVA E AMPLIADA: Artes da comunicação na formação de professores, um memorial”, narra os percursos da minha trajetória acadêmica realizada no Departamento de Ciências Humanas (DCH-IV), da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), rememorando os trabalhos de ensino, pesquisa e extensão realizados. Dentre os temas, destaca-se o ensino de língua estrangeira em diálogo com conceitos de comunicação, para além da fala, entrelaçado ao debate sobre inclusão educacional de pessoas com deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA) em contextos da escola regular. Assim, o presente trabalho está organizado em 5 capítulos: no primeiro capítulo, “Introdução”, partilha-se as vivências e caminhos que guiaram a autora como professora em formação e pesquisadora na graduação; no segundo capítulo, intitulado “Percursos Metodológicos” , apresenta-se os pressupostos que sustentam o desenvolvimento e escrita desse memorial; no terceiro capítulo, intitulado “A arte de ensinar: um passeio pelos bosques da educação” discorre-se sobre os estágios curriculares supervisionados e a sua importância na formação da identidade docente; no quarto capítulo, intitulado “A arte de pesquisar: Ações Afirmativas (PROAF)”, aponta-se como foi o percurso da autora como pesquisadora PROAF e as contribuições do Programa Afirmativa na formação do professor pesquisador; no quinto e último capítulo, intitulado “Considerações Finais” , apresenta-se um resumo mediante reflexão dos caminhos percorridos, pensando a minha formação docente como um caminho contínuo, em construção. Como referencial teórico utilizamos: Candau (2012), na perspectiva da educação na diversidade; Bersch (2017), sobre o conceito de Tecnologia Assistiva; Deliberato (2017), a respeito da Comunicação Alternativa e Ampliada como recurso para aquisição de competências comunicacionais; Figueiredo (2008), Pimentel (2012), para abordar formação de professores na perspectiva da educação inclusiva; Novóa (2017), sobre os possíveis caminhos para repensar a formação de professores; Lopes (2018), Zanolla (2012), sobre mediação, o papel do mediador e sua importância na escola regular inclusiva, entre outros.
- ItemBordado-narrativa da/na formação de professoras: (des)fazimentos(UNEB, 2024-05-29) Mendes, Naiane Rocha; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Santos, Dina Maria Rosário dos; Fernandi, Kyria Rebeca Neiva de LimaO presente memorial formativo interroga o currículo de formação de professores no Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, da Universidade do Estado da Bahia, tomando o atravessamento com as diversidades, em especial com as deficiências como ponto de partida. Essa escrita reflexiva borda as experiências da autora na formação inicial e na formação continuada de professores a partir de cenas narrativas. Ancora-se no paradigma epistemológico pós-crítico numa perspectiva qualitativa e interventiva, elegendo a pesquisa-(form)ação narrativa/narração como método. Como procedimento de análise produziram-se, a partir dos dispositivos de pesquisa, análises narrativas sob a égide dos desfazimentos. Parte-se da questão suleadora - Como a deficiência tem atravessado o currículo da formação de professores? - para se declarar os objetivos: 1) Partilhar narrativas, conversas e vivências atravessadas pela deficiência tomada como diversidade na formação de professores e 2) Rebordar práticas inclusivas na formação de professores atravessada pelo acolhimento da deficiência. A análise dos dados aponta para a potência das co-autorias, do diálogo com a comunidade externa e sua participação nas formações, bem como dos grupos e das ações de pesquisa e extensão que vem atravessando os meus processos formativos pela auto, eco e heteroformação. Esse movimento de fazer pesquisa com o outro acompanha a autora desde a graduação como pesquisadora do Programa Afirmativa (PROAF), se desdobrando em espaços formativos promovidos pela pesquisa e pela extensão que esgarçam o currículo abrindo espaço para a inclusão e diversidade. Além dessas potências, a análise aponta a pouca efetivação das políticas de acessibilidade e inclusão no DCH-IV Jacobina, a ausência da comunidade acadêmica nas formações ofertadas, a falta de adesão docente nas propostas de formação sobre acessibilidade e práticas pedagógicas, a desresponsabilização e terceirização dos estudantes com deficiência para os núcleos de apoio, salas especializadas e mediadores, a invisibilidade do estudante com deficiência na universidade e na educação básica, o desfazimento do presencial bordando práticas pedagógicas híbridas, a dificuldade do coletivo para registrar e compartilhar narrativas e a articulação entre graduação e pós-graduação como movimento potente de adensar e interrogar a formação. Como contribuições e encaminhamentos a partir do campo e seus desdobramentos, destacamos as produções dos memoriais de formação pelas co-autorias, graduação e pós-graduação, a continuidade das propostas de extensão pelas redes colaborativas e a proposta de se criar formas de circular o material produzido pelo Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) para além das publicações acadêmicas buscando construir um repositório online composto com narrativas, práticas e experiências das praticantes que vão bordando o processo formativo dessa pesquisa e de outras pesquisas do grupo pela dimensão (auto)formativa.
- ItemCon-vivências: redes colaborativas para inclusão(2021) Novaes, Ivone Machado de; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lucia Gomes da; Lima, Jamille Da Silva; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueO presente texto dissertativo é resultado de um estudo investigativo que, por meio do dispositivo círculo de Con-vivências, analisou o potencial do diálogo entre mães dos estudantes da sala de recurso multifuncional (SRM) com a comunidade escolar para construção de redes colaborativas para inclusão e práticas inclusivas na rede municipal de João Dourado- BA. A pesquisa deu centralidade à vivência das participantes com a inclusão dos seus filhos e filhas ou estudantes no âmbito escolar da rede municipal da cidade de João Dourado e visou à construção compartilhada de práticas educativas inclusivas, formando assim, redes colaborativas para inclusão. Para subsidiar teoricamente a ótica da vivência como marca do ser no mundo, com sua subjetividade, singularidades e introspecção, tomamos como paradigma e método a fenomenologia com base em Merleau-Ponty (1999), tendo o círculo de Con-vivências, inspirado no círculo de cultura freiriano, como dispositivo de construção e análise de dados, bem como de intervenção. A investigação apontou que a inclusão ainda é processual no município, que as mães estão envolvidas e disponíveis a dialogar sobre inclusão tanto com a escola como com a comunidade, a fim de promover essas redes. Dentre as possibilidades que emergiram do processo da pesquisa, as que mais evidenciaram as narrativas das participantes foram: Reformulação das práticas educativas dos/as docentes para o reconhecimento e prática da inclusão, através da formação em exercício; Realização de parceria e redes colaborativas, onde a família e a escola possam dialogar sobre inclusão. Fomentar parceria, ou seja, formar uma rede colaborativa mais ampla, entre a secretaria de Educação, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social. As falas das participantes, mães e professores, indicam estratégias para tecer um processo de inclusão referenciado em suas vivências partilhadas, e propõe redes colaborativas em que se apoiem e fortaleçam os cuidados à pessoa com deficiência, como também a construção de redes colaborativas entre o Atendimento Educacional Especializado, Escola Regular de Ensino e Família da/do estudante com deficiência. A participação nesta pesquisa foi integralmente materna, de forma estruturante, apontado necessidade de fortalecer o vínculo entre mulheres e pensar práticas pedagógicas fundadas no cuidado bem como problematizar políticas públicas para este público, ponto limite da pesquisa, que aponta para futuro estudos. A pesquisa contribuiu para levantar reflexões a cerca da construção e manutenção de redes colaborativas que fortaleçam o processo de inclusão do estudante com deficiência na rede municipal de educação do município de João Dourado- BA.
- ItemConcepções e práticas de cuidado em Jacobina-BA: pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), famílias e equipes multiprofissionais de saúde(2021) Marques, Denise Vasconcelos Moreira; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Mello, Sandra Maria FerrazO Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido pauta de estudos acadêmicos no Brasil nas áreas de Saúde e Educação e, dentre os interesses de pesquisa, destaca-se a descrição do espectro a partir de critérios clínicos com ênfase nos déficits de comunicação e interação social, comportamentos repetitivos ou restritos, sensibilidade sensorial, entre outros aspectos diagnósticos. Para além, a literatura sinaliza a necessidade de se implantar ações de assistência pública às pessoas com o TEA, embasadas em práticas de cuidado. No âmbito da Odontologia, campo de atuação da pesquisadora, emergem desafios na prestação de serviço ao público, sobretudo, no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), situado na cidade de JacobinaBA. Nesta pesquisa, os desafios são tomados como inquietações frente às práticas realizadas pelos/as profissionais atuantes na atenção básica (Estratégias de Saúde da Família-ESF) e de média complexidade (CEO). O objetivo geral deste estudo foi compreender como são realizadas as práticas de cuidado nos espaços multiprofissionais de saúde, assim como, os impactos dessas ações na vida de pessoas com o TEA no município de Jacobina-BA. Além disso, teve como objetivos específicos: 1) Mapear as equipes multiprofissionais de saúde, de baixa e média complexidade do município de Jacobina, que atuam na atenção às pessoas com o TEA; 2) Identificar e registrar as práticas de cuidado desenvolvidas pelos/as profissionais, nos centros colaborativos de saúde, no atendimento ao referido público. A ação investigativa teve como lócus o CEO e como participantes 11 servidoras públicas. Como delineamento metodológico, o estudo inspirou-se na abordagem qualitativa e no paradigma crítico, tomando como método a pesquisa participante. Para a construção dos dados foram utilizados os seguintes dispositivos: análise documental, observação participante, diários de campo e círculos focalizados – inspirados nos círculos de cultura de Paulo Freire. Os círculos focalizados serviram, ainda, como dispositivo de intervenção e análise de dados. Em função da pandemia da COVID-19, os círculos focalizados ocorreram de forma online, e essa adaptação gerou desafios à promoção do processo coletivo direcionado à ação-reflexão-ação das participantes, mas promoveu ganhos quanto à adesão, participação e interação de todas. As categorias teóricas e de análise, construídas ao longo da pesquisa, são: políticas públicas de saúde e o SUS; equipes multiprofissionais de saúde e práticas de cuidado. Os resultados, a partir das narrativas das participantes nos círculos focalizados, apontaram que as práticas de cuidado para esse público precisam ser reavaliadas, ressignificadas e reestruturadas de modo coletivo. Apontaram, também, a precariedade no atendimento às pessoas com o TEA e suas famílias/cuidadoras, devido à ausência de equipes multiprofissionais atuantes nas instituições de baixa e média complexidade. Quanto às práticas de cuidado, embora existentes, são realizadas de forma pontual, sinalizando a ausência de ações integralizadas, por parte das equipes multiprofissionais. Esse quadro se desenha, em parte, devido às concepções que fundam as práticas de cuidado se pautarem no modelo curativista e caritativo-assistencialista, ampliando, desse modo, a exclusão social e a invisibilidade das demandas deste público, abrindo espaço para identificação das profissionais com o sofrimento das cuidadoras e do sentimento de falta de possibilidades e ações para atender devidamente essas pessoas. A partir dos resultados, recomenda-se a alteração e ampliação de ações nos serviços de saúde voltados para a inclusão das pessoas com o TEA e para suas famílias/suas cuidadoras, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma acolhedora, humanizada e multidisciplinar, especialmente, nas ESF e no CEO. Dentre as dificuldades para ampliar as práticas de cuidado no SUS, está a necessidade de construir um plano de ação/diretrizes, em parceria com as equipes multiprofissionais, e, dentre essas diretrizes, um Documento Referencial Educativo, direcionado às práticas de cuidado para pessoas com o TEA nos espaços de saúde do município. Essa construção de diretrizes a partir da escuta das equipes é necessária para ampliar o debate sobre pautas da diversidade, e implantar efetivamente uma rede de atenção integrada para o atendimento desse público, reafirmando, assim, o compromisso ético da pesquisadora, das participantes, do serviço e da saúde pública brasileira para o desenvolvimento de um trabalho mais humanizado nos espaços público de saúde.
- ItemCrenças na formação inicial de professores de língua inglesa: análise do PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) no curso de Licenciatura, Letras Língua Inglesa da UNEB Seabra(2020) Oliveira, Larissa Teixeira de; Salvadori, Juliana Cristina; Juranda, José Carlos Félix; Penha, Gracielia Novaes daA pesquisa intitulada “Crenças na formação inicial de professores de língua inglesa: análise do PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA (PIBID) no curso de Licenciatura, Letras Língua Inglesa da UNEB Seabra”, buscou identificar as crenças dos estudantes de Letras Língua Inglesa e suas Literaturas, professores em formação inicial, participantes do Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à docência. Essa pesquisa caracteriza-se por sua natureza exploratória de abordagem qualitativa, tendo como objeto de investigação o impacto das crenças nas concepções sobre ensino de língua inglesa de professores em formação. A problemática dessa pesquisa configurou-se em entender como as crenças dos professores em formação do curso de Língua Inglesa interferem nas suas concepções sobre ensino de língua e como a formação inicial aliada ao PIBID impactam nessas concepções. Os objetivos são: identificar as crenças sobre ensino de língua inglesa dos professores em formação; refletir sobre como as crenças de professores em formação interferem em suas concepções sobre ensino de Língua inglesa e analisar como formação inicial aliada ao PIBID impactam nessas crenças. Para realização dessa pesquisa utilizamos revisão sistemática da literatura (RSL) para compreender como crenças e ensino de língua tem sido abordados na pós-graduação brasileira, análise documental do Projeto Pedagógico do curso de Letras Língua Inglesa e o Subprojeto do PIBID; survey disponibilizado no google forms. O survey foi elaborado em quatro categorias sendo elas: I- Ensino de Língua Inglesa; II- Formação Inicial para professores de Língua estrangeira; III- PIBID; IV- Atuação profissional com 34 perguntas. A análise de dados foi baseada na análise temática de conteúdo. Os participantes dessa pesquisa foram selecionados pelos seguintes critérios: 1- participante do PIBID de Letras Língua Inglesa pelo edital 07/2018; 2- matriculado no curso de Letras de Língua Inglesa; 3- Não vinculado a essa pesquisa e 4- aderente ao convite para participar. Dentre os resultados encontrados destacamos que para os participantes a formação inicial apresenta uma concepção positiva sobre o curso de Letras, Língua Inglesa, o papel do PIBID ainda é confundido com a disciplina de estágio supervisionado, as habilidades estão sendo substituídas por competências e o lúdico começa a ganhar espaço mesmo que a gramatica ainda continua valorizada.
- ItemDiálogo intersetorial, educação, saúde e assistência social sobre a queixa escolar na rede municipal de Serrolândia-Ba(2020) Lima, Juliana Mota; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Pimentel, Susana CoutoEsta pesquisa vincula-se à linha de pesquisa Cultura escolar, docência e diversidade, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas, Campus IV. As queixas escolares apresentamse como demandas frequentes na área da Psicologia Escolar e englobam problemas comportamentais, emocionais e familiares. A literatura sobre o tema e a experiência profissional destacam, entre encaminhamentos para queixa, práticas clínicas, embasadas na lógica da medicalização, para superar os problemas existentes no contexto escolar. Deste modo, levantou-se a questão: Como as queixas escolares se apresentam na rede municipal (educação, saúde e assistência social) de Serrolândia-BA e quais têm sido os encaminhamentos? Dentre os objetivos, delineou-se: Identificar os desafios enfrentados com os discentes que apresentam queixa escolar; Analisar as fragilidades e potencialidades do modelo de atendimento às queixas escolares desenvolvido pelos profissionais da escola; Propor a construção de oficinas formativas para abordar concepções inclusivas para lidar com as demandas referentes a queixa escolar. A metodologia dessa pesquisa caracteriza-se pela abordagem qualitativa (CRESWELL, 2010) e tem como método o Estudo de Caso, a partir de YIN (2014), e a Análise de Conteúdo, com base em Bardin (2016) para tratar os dados de campo. Com o intuito de compreender a queixa escolar em diferentes perspectivas, os participantes foram professores da rede educacional que atuam no ensino fundamental I, gestores (coordenador, diretor e vice diretor), além dos profissionais da equipe multiprofissional, que atuam no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), considerando que estes acompanham os alunos da rede municipal de educação, saúde e assistência social, tendo como critério para inclusão a livre adesão dos mesmos. Para a construção de dados, foram propostos como dispositivos a Entrevista semiestruturada e Diário de Campo. Verifica-se que os objetivos propostos foram alcançados através dos dispositivos utilizados e a análise dos dados em campo foi embasada nas seguintes categorias: Queixa escolar, Inclusão educacional e Intersetorialidade. A discussão dos dados pautada na inclusão educacional contribuiu para problematizar as diferenças, considerando os preconceitos vivenciados pelos alunos que não se enquadram nos padrões de normatividade valorizados, o que foi destacado nas intervenções que aconteceram no ambiente escolar. Os resultados dessa pesquisa apontam que ao serem questionados sobre a queixa escolar, indicando os desafios que indicam a necessidade de auxilio de outros profissionais, os colaboradores da educação sinalizaram: indisciplina/problemas de comportamento, dificuldade de aprendizagem e problemas familiares, o que corrobora com os dados apresentados na literatura referentes aos motivos frequentes de encaminhamentos. E ao falar sobre os desafios para lidar com a queixa escolar os profissionais da saúde e assistência social apontam a quantidade insuficiente de profissionais e o modelo biomédico, o que contribui para a discussão de acordo com a intersetorialidade, através da discussão histórica da valorização do modelo biomédico com ênfase na doença e da avaliação fragmentada do indivíduo.
- ItemDireitos humanos e educação antirracista em espaço de educação não formal: interrelações(2021-12-06) Oliveira, Jane Clezia Batista de Sá; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante; Lima, Jamille da Silva; Sabino, Pedro Augusto Lopes; Oliveira, Ilzver de MatosO presente trabalho de pesquisa tece relação entre duas áreas das Ciências Humanas, o Direito e a Educação, pela perspectiva da educação como direito fundamental, direito humano, e pela perspectiva da educação antirracista, compreendendo a educação como espaço de conquista de outros direitos humanos. Desse modo, considerando que o processo educacional não se limita a espaços escolares, e que outros espaços educativos compartilham o compromisso social e ético de produzir experiências que valorizam práticas solidárias, as quais atendem diferentes necessidades humanas, a educação antirracista funciona como um processo em que se constrói o conhecimento necessário para a transformação da realidade, no contexto da diversidade. Nesse diapasão, visando responder “como os espaços não formal, podem, por meio de práticas educativas embasadas nos princípios de direitos humanos, fomentar a educação antirracista?” bem como ampliar o debate acerca dos diretos humanos nesses espaços, o presente trabalho tem como objetivo geral compreender o papel de espaço de educação não formal na construção de práticas educativas voltadas para a educação antirracista. No tocante ao desenho metodológico, a abordagem é qualitativa, ancorada no paradigma decolonial, tendo como método a pesquisa investigação – ação –participante (com base no conceito de Fals Borda), se utilizando do dispositivo de pesquisa, intervenção e análise, o círculo virtual temático, inspirado nos Círculos de Cultura de Paulo Freire, no qual o diálogo horizontalizado é fundamental pois fundado na tensão dialética entre o conhecimento acadêmico e o conhecimento popular. Como dispositivo de construção de dados também teremos a análise documental. Como resultado da pesquisa construímos o presente Relatório de Pesquisa, no qual intervenções e contribuições do campo, as vivências, experiências e denúncias das participantes referentes a situações de racismo serviram de fortalecimento para fomentar o debate acerca de direitos humanos e educação antirracista. Ademais, a formação da pesquisadora e dos participantes da pesquisa restou evidenciado ao longo das intervenções no campo. A análise demonstrou a existência de racismo estrutural no lócus da pesquisa, bem como a necessidade diária de “aprender a desaprender, e aprender a reaprender”, como exercício diário e constante na luta pela educação antirracista. Com a pesquisa, construímos, a partir das experiências, registro e memória que informam estratégias, programas e pedagogias a serem compartilhados com outros atores sociais, chamando-os a sua responsabilidade social sobre as práticas de educação em direitos humanos e educação antirracista.
- ItemDissidências e (Im)pertinências de gênero no território escolar: memorial cartográfico Lucemberg(2018) Oliveira, Lucemberg Rosa ; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Salvadori, Juliana Cristina; Auad, Daniela; Fagundes, Tereza Cristina Pereira CarvalhoA pesquisa de mestrado intitulada Memorial Cartográfico: dissidências e (Im)pertinências de gênero no espaço escolar, realizada numa escola municipal da rede de Barra do Mendes - BA, toma como centralidade as questões que envolvem o gênero, entre eles as performances, bem como as práticas pedagógicas e formação docente. Teve como objetivo principal compreender como as performances de gênero são apresentadas na escola a partir das reflexões sobre as práticas pedagógicas dos/a colaboradores/a da pesquisa e como objetivos específicos: descrever por meio de observações participantes em quais momentos as performances de gênero são identificadas/silenciadas na escola e cartografar os conceitos- chave relativos às performances de gênero. A pesquisa se ancora no horizonte qualitativo, utilizando o método cartográfico para apontar epistemologicamente e metodologicamente a esta procedimento de construção e análise dos dados, tendo em vista a perspectiva pós-crítica, de questionar os próprios modos de fazer pesquisa, permitindo ao pesquisador se emaranhar por uma gama de procedimentos aos quais outros tipos de pesquisa tradicionais não permitiriam, ela não se prende ao formalismo metodológico, o que nos permite classificá-la como pós-moderna, pós-crítica e pós-estruturalista. A pesquisa cartográfica difere de outros modos de fazer pesquisa. Baseados, sobretudo, no impacto epistemológico conduzido por Deleuze e Guatarri (1995) – propositores desse conceito – no campo da filosofia, acabam por cotejar no que concerne à produção investigativa na área das ciências humanas, em geral, e especialmente no campo da educação. Como dispositivos de construção dos dados, utilizaram-se Ateliês de pesquisa, e observação participante, buscando registrar, problematizar e refletir sobre as práticas e, consequentemente, formar professores/a em exercício para o trato com a temática. Assim o saber é, sobretudo, produto e processo das redes heterogêneas de interações de agregados sociais humanos e não-humanos (condições objetivas e subjetivas da realidade). Como resultado/produto final, foi elaborado pelo coletivo docente o Projeto didático-pedagógico para o trato da diversidade de gênero na sala de aula. Além disso, a pesquisa apontou que ainda há um longo caminho para implementar as discussões sobre gênero na escola, uma vez que as pessoas que foram o corpo dessa instituição ainda buscam maneira de silenciar tais questões e quando estas ultrapassam os limites do que ocasionou a ser “normal”, os (a) estudantes são vistos como objetos. Ainda, foi possível verificar que muitos professores e professoras ainda se sentem, em muitas ocasiões, reféns de práticas pedagógicas, ainda distantes das demandas dos sujeitos da contemporaneidade, embora estes estejam presentes na escola, no cenário da diversidade, esta ainda é regida, por uma estrutura muito hierárquica, que insiste em olhar mais para a normatividade do que para a diversidade, principalmente no que se refere às questões de gênero.
- ItemA educação em perspectiva inclusiva: implicações discursivas na construção da educação de surdos em uma escola pública estadual de Jacobina/BA(2018) Santos Neto, Daniel Neves do ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Bastos, Edinalma Rosa; Begron, Desirée De VitEsta pesquisa buscou compreender como os discursos presentes no contexto educacional de perspectiva inclusiva relacionam-se com as práticas na educação de estudantes surdos/as. A investigação foi realizada a partir dos pressupostos teóricos, metodológicos e epistemológicos das pesquisas do tipo qualitativa, cuja trajetória investigativa foi percorrida tendo como inspiração os princípios da pesquisa-ação colaborativa. Este trabalho foi desenvolvido em uma escola pública estadual da cidade de Jacobina-Bahia que atende estudantes surdos/as no noturno. Participaram do estudo um/a representante da equipe gestora, três intérpretes de Libras/Língua portuguesa, cinco docentes e três estudantes surdos/as. Para a construção dos dados, foram utilizadas observações não-participantes, entrevistas individuais semiestruturadas, análise documental do Projeto Político Pedagógico da instituição e a tertúlia dialógica móvel por meio do aplicativo Whatsapp. Os dados construídos foram analisados tendo como inspiração as teorias dos estudos da educação inclusiva, da educação de surdos/as e da Análise do Discurso (AD) propostas por Brandão (2014), Orlandi (2000) e Foucault (2014), cujo enfoque esteve direcionado para os interdiscursos, formações discursivas e para os efeitos de sentidos presentes nas enunciações e na relação entre os ditos e os implícitos da linguagem. Essa pesquisa possibilitou constatar a presença de diversos discursos que evidenciam disputas de saberes e que se registram em práticas que tendem a invisibilizar e silenciar as diferenças surdas, marcadas pelas tensões emergentes do encontro da Libras com a língua portuguesa no espaço escolar. A avaliação, na realidade investigada, se constitui na dimensão da prática pedagógica mais resistente à adaptação para o contexto da inclusão, pois ainda apresenta um perfil que desconsidera as diferenças da pessoa surda. É marcada também nos discursos, de forma abstrata, a necessidade de se avaliar e de se ensinar a partir de metodologias visuais, muito embora nas práticas ainda sejam evidenciadas resistências quanto à sua concretização. Os discursos são centrados na ausência de audição da pessoa surda e se deslocam para outras faltas no interior da escola. Por fim, durante toda a trajetória investigativa, a retomada discursiva ao/à profissional intérprete de Libras foi fundante em várias enunciações, sendo este/a o/a profissional constituído/a nos discursos como o/a principal responsável pela promoção da acessibilidade à pessoa surda na escola comum. As constatações desta pesquisa se encaminharam para a construção de propostas de intervenções formativas cujos desdobramentos foram direcionados para a formação de um grupo de estudos e para a oferta de um curso de extensão em educação de surdos/as.
- ItemEducação inclusiva e seus impactos nas práticas pedagógicas na rede municipal de Jacobina/BA: estudo colaborativo na Escola Professor Carlos Gomes da Silva(2016-07-27) Carvalho, Ana Lúcia Oliveira Freitas ; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Carvalho, Fernanda Antonio Hammes deO objetivo desse estudo consistiu em procurar compreender como as novas demandas postas à escola pública de ensino regular no que tange ao acolhimento da diversidade e sua inclusão, particularmente de alunos com necessidades educacionais especiais, tem impactado na cultura escolar do ensino regular, particularmente nas práticas pedagógicas dos professores da rede municipal de Jacobina, da escola Professor Carlos Gomes da Silva, de modo a proceder ao acompanhamento das políticas públicas para a inclusão e propor atividades para formação continuada de professores e outros profissionais, considerando o modelo de inclusão do coensino em diálogo com o atendimento educacional especializado (AEE). O estudo contou com a colaboração de nove participantes (sete professoras, a coordenadora pedagógica e a diretora escolar) do lócus escolhido. O entrelaçamento entre teoria e prática pautaram nossos argumentos sobre a ressignificação do conceito de práticas pedagógicas e da necessidade de se pensar na reformulação destas visando torná-las mais próximas do que se almeja para que o sistema educacional efetive, com qualidade, a inclusão dos alunos com necessidades educacionais especiais (NEE) nas classes comuns do ensino fundamental, principalmente. A íntima relação entre as práticas pedagógicas e a formação docente nos levou a adotar, em compartilhamento de ideias com as colaboradoras do estudo, a formação continuada em serviço aos profissionais da escola no espaço tempo das atividades complementares (AC) como lugar privilegiado para a prática reflexiva, a ressignificação do planejamento e a aproximação entre as professoras do AEE e das classes comuns. A metodologia que nos embasou foi de aplicação prática, baseada nos pressupostos da pesquisa qualitativa descritiva e exploratória, da pesquisa-ação colaborativa e adotamos a análise de conteúdo para o tratamento dos dados. Os instrumentos e técnicas de pesquisa adotados foram a observação das estruturas da escola, principalmente a sala de aula, questionário, entrevista e grupo focal, particularmente o último para a construção conjunta de proposta de intervenção, a ser aplicada no segundo semestre de 2016 e no primeiro de 2017. A pesquisa está baseada teoricamente em Candau (1995; 2008; 2011); Carvalho (2010; 2012; 2014); Capellini (2004; 2007); Gatti (2007); Glat e Pletsch (2010; 2007; 2010; 2013); Libâneo (2010; 2013); Mantoan (2004; 2010; 2013; 2015); Mendes, Vilaronga e Zerbato (2014); Sassaki (1997; 2003; 2007); Silva e Ferreira (2010); Veiga (1994; 2001), entre outros. Como resultados, apresentamos avaliação geral das políticas públicas de inclusão (especificamente a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva – PNEE, 2008) e do modelo de inclusão adotado pelo Brasil, considerando seu impacto nas práticas pedagógicas das professoras colaboradoras desta pesquisa. O primeiro ponto a ser considerado é que estas políticas efetivamente garantiram o acesso a este público às escolas de ensino regular, o que pode ser comprovado pelo número de matrículas – a diversidade, portanto, está batendo a porta da escola. Contudo, percebemos que o modelo baseado no AEE em salas de recursos multifuncionais ainda precisa ser melhor articulado às atividades da sala de ensino regular, visto que ainda não está claro para as participantes qual é o papel do AEE na inclusão – particularmente no planejamento colaborativo. A formação continuada/em serviço é outro ponto que emerge do campo recorrentemente: parte da angústia frente à inclusão é explicada pelas participantes pela falta de formação específica para inclusão. Contudo, percebemos casos bem sucedidos de inclusão neste lócus, relatados pelas próprias participantes, mas que não têm sido considerados pelas mesmas como resultados positivos de suas práticas, que mesmo ainda em transição, caminham para a perspectiva inclusiva.
- ItemEnsaio sobre a cegueira: diálogos entre a linguagem literária e a cinematográfica(2012-11-11) Oliveira, Margarida de Jesus Souza; Silva, Maria Jaceni Soares da; Lima, Elizabeth Gonzaga de; Valverde, Tércia Costa; Salvadori, Juliana CristinaO propósito deste trabalho é realizar um estudo comparativo entre a linguagem literária e a linguagem cinematográfica, tendo como objeto de estudo o romance Ensaio sobre a cegueira do escritor português José Saramago e a adaptação homônima para o cinema, do diretor brasileiro Fernando Meirelles. Investigando o processo de adaptação da narrativa literária para a linguagem cinematográfica estabeleceu-se uma relação entre literatura e cinema; os possíveis diálogos existentes entre essas distintas artes bem como suas especificidades. A análise revela que a adaptação cinematográfica transporta a trama para um espaço e uma época diversa, trazendo necessárias mudanças de conflitos e de temas, mas a essência mantém-se praticamente a mesma do romance saramaguiano. Demonstrando assim que apesar das diferenças, a literatura e o cinema também se aproximam, ampliando as possibilidades de leituras significativas.
- ItemEquipe multiprofissional no Centro de Atendimento Educacional Especializado (CAEE) em uma instituição especializada de Jacobina/BA: tecendo o cuidado para alunos com TEA(2019) Andrade, Elciana Roque de Souza; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lúcia Gomes da; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueEsta pesquisa nasce da experiência de acompanhamento de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), compartilhada com os professores do Centro de Atendimento Educacional Especializado CAEE de uma instituição especializada na cidade de Jacobina/BA, e tem como objeto a atuação da equipe multiprofissional na tessitura de práticas de cuidado para crianças com TEA no CAEE. A investigação se caracteriza como qualitativa, tendo como método o Estudo de Caso e como lócus e participantes o CAEE de uma instituição especializada na atenção à pessoas com deficiência da cidade de Jacobina/BA e profissionais que compõem a equipe multiprofissional deste CAEE. Apresenta como objetivo geral compreender como a equipe multiprofissional deste CAEE tem desenvolvido práticas de cuidado e as implicações destas para os alunos com TEA. Os objetivos específicos dessa pesquisa são: 1. Observar e descrever as práticas utilizadas pela equipe multiprofissional deste CAEE para alunos com TEA; 2. Acompanhar e avaliar o desenvolvimento de práticas de cuidado para alunos com TEA neste CAEE, a fim de mapear as práticas de trabalho. Os dispositivos utilizados para a construção dos dados foram: a análise documental, a observação participante, a entrevista semiestruturada e o grupo focal. Para análise e interpretação dos dados construídos, a pesquisa se inspirou na teoria da Análise de Conteúdo proposta por Laurence Bardin (2016). Emergiram dos dados em campo as seguintes categorias de análise: observação, ludicidade, vínculo afetivo, identificação das preferências, adaptação/flexibilização das atividades. A análise dos dados em campo evidencia o conflito entre o paradigma inclusivo, presente nos documentos institucionais e as práticas desenvolvidas pelos profissionais, centradas no modelo tradicional de saúde e de educação. Sobre os desafios relacionados ao atendimento educacional especializado ao aluno com TEA, emergem dos dados questões de ordem comportamentais, dentre elas: a estereotipias, a dificuldade de realizar e manter o contato visual, a dificuldade em comunicar-se. A relevância e maior contribuição deste estudo está na análise entre o que é proposto pelos documentos norteadores acerca da intersetorialidade no AEE, e como este atendimento é operacionalizado em instituição especializada em diálogo com a perspectiva inclusiva. A proposta de intervenção diz respeito a sistematização do Núcleo de Apoio a Educação Especial, formado por profissionais representantes de setores diversos, amparadas pela perspectiva da Educação Continuada voltada para a temática integralidade do cuidado à pessoa com deficiência pelo paradigma inclusivo.
- ItemEspaço escolar e os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência: estudo de caso em Junco/BA(2018) Silva, Lucineide Oliveira; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoletta Mendes de; Carvalho, Mª Ana Lúcia Oliveira Freitas de; Pimentel, Susana CoutoNeste trabalho objetivou-se compreender como o espaço escolar produz e reproduz os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência. Para tanto, a pesquisa “Espaço escolar e os processos de inclusão e exclusão de alunos com deficiência: estudo de caso em Junco/Ba”, foi desenvolvida por meio do Estudo de Caso Etnográfico com abordagem qualitativa. Como dispositivos elegemos a observação participante com protocolo observacional para registrar as informações; pesquisa documental; entrevista semiestruturada com os atores educacionais. Para trabalhar com o Estudo de Caso Etnográfico optamos pela técnica de análise descrição densa, e triangulação de dados. Apresentamos o problema da pesquisa, que também se configura em uma questão norteadora: Como a ocupação do espaço escolar por alunos com deficiência impacta no processo de inclusão e exclusão? Participaram dessa pesquisa 08 familiares responsáveis pelos alunos com deficiência e que frequentam a Sala de Recurso Multifuncional (SRMF) da Escola Municipal pesquisada; 03 professores da sala comum e da Sala de Recurso Multifuncional com modalidade de Atendimento Educacional Especializado (AEE); 04 componentes do corpo diretivo; 07 profissionais de apoio; e 08 alunos com deficiência. Como principal aporte teórico utilizamos para as abordagens Inclusão e Exclusão: conceito; análise histórica e perspectivas, utilizamos os seguintes autores: Sassaki (1998); Stainback (1999); Mantoan (2006); Lima (2006); Pimentel (2007); Ropoli et al. (2010); Piletti (2014); Mattos (2014); Carvalho (2014). Sobre a abordagem Espaço utilizamos: conceito; características; fatores críticos; perspectivas, por meio dos seguintes autores: Milton Santos (2014); Harvey (2009); Bauman (2001; 2005); Rodrigues (2003); Silva (2015). Para a categoria Acessibilidade utilizamos: conceito; características; fatores críticos; perspectivas, a partir dos seguintes autores: Santos (2013); Giacomini, Sartoretto e Bersch (2010); Silva (2006); Os resultados que emergiram desse estudo indicaram as seguintes necessidades: apoio do poder público municipal para a reestruturação do espaço físico e pedagógico da escola para a inclusão de alunos com deficiência; reelaboração do projeto político pedagógico e que contemple a inclusão escolar; formação continuada para os atores educacionais com foco na inclusão de alunos com deficiência. Dessa forma, temos como objetivo, propor uma ação interventiva por meio do plano de ação dialogal com início em setembro a dezembro de 2018 e março a julho de 2019, alcançando sua culminância com a realização da Conferência Municipal de Inclusão, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SEMEC) de Jacobina; Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED); Grupo de Estudos em Educação Inclusiva e Especial (GEEDICE) que é um desdobramento do Grupo de Pesquisa em Diversidade, Formação, Educação Básica e discursos (DIFEBA).
- Item“Eu já escuto os teus sinais”: narrando experiências de escolarização de/com surdos na rede estadual de Conceição do Coité(2020-11-09) Cerqueira, Larissa Mota de; Salvadori, Juliana Cristina; Jesus, Rosane Meire Vieira de; Cardoso, Jusceli Maria Oliveira de Carvalho; Vedovato, LucianaO presente texto advém das inquietações relacionadas ao processo de escolarização de surdos na perspectiva da inclusão iniciadas durante a formação inicial de professores na UNEBConceição do Coité e retomadas no percurso de estudos no âmbito do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED/UNEB-Jacobina e Conceição do Coité). Utilizamos a abordagem metodológica da pesquisa narrativa (Clandinin; Connelly, 2015) articulada à história narrativa (Benjamin 1994), sob olhar da história oral (Meihy, 2005) e da história sinalizada (Almeida, 2017), para tecer as relações teóricas junto as categorias: Escolarização, Inclusão, Surdez e Experiências; a partir de Mendes (2006), Miranda & Filho (2012), Mattos (2017), Strobel (2018), Quadros (1997), Larrosa (2002) e Skliar (1998). Este estudo mapeou as experiências de escolarização de/com estudantes surdos na rede estadual de Conceição do Coité (BA) a partir dos segundos objetivos: i) descrever narrativas das alunas egressas surdas na rede estadual de Conceição do Coité, enfocando suas experiências de escolarização; ii) registrar as narrativas de escolarização de surdos de profissionais da educação da rede estadual de Conceição do Coité; iii;) construir, junto com colaboradores e a UNEB-Conceição do Coité, um grupo de estudos em Inclusão. Partiu-se da seguinte questão norteadora: de que forma profissionais da educação, estudantes e egressas surdas da rede estadual de ensino de Conceição do Coité (BA) narram suas experiências de escolarização na perspectiva da inclusão? Para a construção dos dados foram utilizadas as entrevistas (narrativas orais e sinalizadas) – realizadas através dos suportes tecnológicos (Facebook, E-mail e WhatsApp), os Projetos Políticos Pedagógicos (PPP) dos loci, e as narrativas documentais para a análise dos dados, que foi feita tendo como inspiração a Análise de Conteúdo (Bardin, 2006; Franco, 2008). Assim, o presente estudo entrelaça discussão/narrativa teórica e metodológica às narrativas das colaboradoras e do colaborador e à narrativa da pesquisadora, buscando potencialidades para a inclusão. Como achados, aponta-se as narrativas de in/exclusão da escolarização de surdos, das quais emergem as ausências de estudantes surdos e surdas na rede estadual; a carência da aplicabilidade das políticas de Inclusão de surdos para garantir acesso, mas também permanência dos educandos surdos. Também emergiram as diferenças nas narrativas surdas acerca das realidades de escolarização no que diz respeito à Educação Inclusiva, Escola/Classe Bilíngue e ao Atendimento Educacional Especializado (AEE), principalmente no que diz respeito às concepções de inclusão e experiências na escola, às realidades de ensino e às inter-relações comunicativas com os ouvintes. Nas narrativas das professoras, emergiu a necessidade formativa no campo da Inclusão. A partir das narrativas, fizeram-se os encaminhamentos para construção de Lives Formativas e Interventivas, como parte da intervenção; e, junto à UNEB-Conceição de Coité, com a parceria feita com a Profa. Ms. Maria Cezarela, consolidar um Grupo de Estudos em Inclusão e Acessibilidades.
- ItemExtensão universitária como prática de liberdade na formação de professores/as para/com as diversidades(2020) Dourado, Gerlane Lima Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Ana Lucia Gomes da; Velloso, Tatiana RibeiroPor meio desta pesquisa objetiva-se compreender as concepções e o papel da extensão universitária na formação inicial de professores na e para as diversidades, nos cursos de licenciatura da UNEB DCH IV. Para tanto, mapeia-se as ações extensionistas desenvolvidas no lócus durante o período de 2013 a 2018, traçando-se um levantamento dos Territórios alcançados com essas ações e analisando-se as concepções de extensão presentes na comunidade acadêmica. Apontam-se, ainda, indicativos para subsidiar a curricularização da extensão através dos seguintes documentos: Meta/Estratégias 7.12 do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei nº 13.005/2014, que determina que no mínimo 10% do total de créditos curriculares exigidos para a graduação devam ser integralizados com ações extensionistas; Regimento Geral da UNEB, aprovada pela Resolução CONSU nº 864/2011 (BAHIA, 2012); Parecer CNE/CES nº 608/2018, que dispõe sobre as diretrizes para a política de extensão da educação superior brasileira; Resolução CONSEPE UNEB nº 2.018/2019, que regulamenta as ações de curricularização da extensão. Trata-se de uma pesquisa aplicada, alicerçada no Materialismo Histórico Dialético e na Teoria Crítica, ancorada pelo método pesquisa-ação, de abordagem qualitativa e com finalidade intervencionista. Os dispositivos de produção de informações utilizados foram estes: levantamento bibliográfico e documental, Círculos de Cultura e Diário de pesquisa e, como dispositivo de tratamento das informações, Análise Temática de Conteúdo. Constatou-se nos resultados a prevalência da concepção difusionista e assistencialista da extensão, segundo a qual a universidade realiza eventos para a divulgação do conhecimento produzido ou desenvolve ações que propõem estender o seu conhecimento à sociedade, sem haver o trânsito de mão dupla nas proposições. Nesse cenário, as características marcantes são de uma extensão endógena, desenvolvida com vistas à formação acadêmica e poucas ações de natureza exógena, com pouca ou nenhuma participação da comunidade não universitária. Apesar das diferenças e equívocos em relação às concepções e abordagens extensionistas, conclui-se que há contribuições significativas na formação inicial de professores e professoras, uma vez que a extensão potencializa a prática docente através do contato com comunidades escolares e educativas; promove o princípio e o processo de aprendizagem dos licenciandos e das licenciandas a partir de contextos reais; amplia o desenvolvimento de metodologias; possibilita a formação crítica e reflexiva para uma formação na práxis; qualifica para o intercâmbio com a sociedade intersetorial; promove a formação das áreas temáticas que não são contempladas nos currículos; e contribui para a retroalimentação do ensino e da pesquisa. Assim, sinaliza-se para a necessidade de ruptura de matrizes curriculares e planos de cursos inflexíveis e maior espaço para epistemologias atentas aos saberes pautados nas experiências; para a necessidade de ajustar os objetivos acadêmicos às demandas locais/territoriais, diagnosticadas a partir de levantamento e leitura dos territórios das acadêmicas e dos acadêmicos; para a necessidade de maior participação acadêmica discente e popular por meio de arranjos didático-metodológicos fundados na pesquisa-ação e em dispositivos como o Círculo de Cultura, de modo a garantir a interação dialógica e a reafirmação da identidade institucional como universidade popular e inclusiva e para a implementação de uma política institucional de auto avaliação que alimente a reorganização curricular e o desenvolvimento de políticas acadêmicas.
- ItemA formação inicial de professores para inclusão educacional de pessoas com deficiência: estudo de caso no Departamento de Ciências Humanas (DCH IV), UNEB(2019) Costa, Juliana Barbosa da; Salvadori, Juliana Cristina; Matos, Nicoleta Mendes de; Pimentel, Susana CoutoA presente pesquisa intitulada “A formação inicial de professores para inclusão educacional de pessoas com deficiência: estudo de caso no Departamento de Ciências humanas (DCH IV), UNEB, ” buscou avaliar como a inclusão de pessoas com deficiência está sendo contemplada na formação inicial de professores nos cursos de licenciatura da UNEB do Departamento de Ciências Humanas, Campus IV, Jacobina (Letras Língua Inglesa e Literaturas, Letras Língua Portuguesa e Literaturas, Educação Física, História e Geografia). Para tal, adotamos o estudo de caso como procedimento metodológico. Nossa problemática foi compreender como as licenciaturas do DCH IV têm contemplado as demandas de formação inicial propostas nos documentos norteadores para políticas educacionais, no que diz respeito às diversidades, particularmente aos alunos com deficiência. Como objetivos tivemos: (1) Mapear ações formativas sobre diversidades, especificamente sobre as pessoas com deficiência , nos âmbitos do ensino desenvolvidas no DCH IV; (2) Avaliar, colaborativamente, a formação inicial ofertada pela UNEB no DCH IV em consonância com as proposições demandadas pelas diretrizes curriculares nacionais para formação de professores e pela Política Nacional de Inclusão em contextos de diversidade; (3) Construir proposta para acompanhamento dos egressos e avaliação institucional. Como participantes da pesquisa tivemos os alunos regulares e egressos dos cursos de licenciatura da UNEB DCH IV, conforme adesão a este trabalho. Os dispositivos para geração de dados foram a análise documental, entrevistas semiestruturadas, survey e grupos focais. Na primeira etapa, fizemos a análise documental dos projetos pedagógicos dos cursos, observando como a formação docente inicial atende às orientações presentes nas diretrizes para formação de professores para educação básica no que tange à inclusão escolar de alunos com deficiência na educação básica. Os resultados da pesquisa apontaram que os cursos de licenciatura da UNEB DCH IV vêm se mobilizando no decorrer dos anos para abordar a temática referente a inclusão de alunos com deficiência na educação básica, porém os resultados dos dispositivos apontam uma série de fragilidades que ainda se apresentam. Entre as fragilidades apontadas se destacam a quantidade limitada de componentes curriculares que abordem a temática, em alguns cursos limitada ao componente curricular LIBRAS, bem como a falta de discussão sobre a temática em componentes relacionados a prática pedagógica e nos componentes de estágio. Além disso, os resultados apontam a limitação de docentes que propõe/ aderem as discussões relacionadas ao assunto, deixando, desse modo alguns professore sobrecarregados. Por outro lado, além de perceber que a Universidade está se mobilizando, mesmo que a passos lentos para incluir a temática no decorrer da formação inicial proposta, os colaboradores apontaram como potencialidades no que se refere a inclusão de pessoas com deficiência na formação inicial a parceria entre a UNEB e a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais - APAE, as pesquisas do mestrado e sua correlação entre a Universidade e o ensino básico, bem como o envolvimento de alguns professores que se comprometem e discutem a temática de maneira intensiva.
- ItemInclusão de alunos com deficiência no ensino médio: estudo de caso em Campo Formoso-Bahia(2017-01-20) Santos, Joice Naiane de Sousa Costa Santos; Silva, Jerônimo Jorge Cavalcante; Salvadori, Juliana Cristina; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Miranda, Theresinha GuimarãesO trabalho aqui apresentado trata dos resultados de um estudo em educação numa perspectiva qualitativa, inserindo-se num paradigma interpretativo, que reconhece e valoriza as subjetividades. Com o objetivo de compreender o processo de inclusão dos alunos com deficiência no ensino médio da escola regular, e seu impacto na cultura escolar, utiliza o Estudo de Caso como método de pesquisa uma vez que a escola escolhida apresenta singularidades com relação à presença de alunos com deficiência, assim como é uma realidade particular em que se analisa a efetivação de políticas educacionais numa perspectiva inclusiva, a partir das representações sociais dos docentes. A escola em que se desenvolveu este estudo trata-se de uma instituição pública estadual localizada em Campo Formoso – Bahia, o Colégio Estadual Roberto Santos. Objetivou-se ainda contextualizar o processo de inclusão de alunos com deficiência no ensino médio da rede estadual em Campo Formoso-BA a partir da Política de Educação Especial na Perspectiva da Inclusão; identificar as representações sociais dos docentes sobre o processo de inclusão de alunos com deficiência no ensino médio; analisar como a rede estadual, particularmente o Colégio Estadual Roberto Santos tem, na perspectiva dos docentes, contemplado as demandas relacionadas à inclusão dos alunos com deficiência no ensino médio; e, por fim, desenvolver, de forma colaborativa com os participantes da pesquisa, um Plano de Formação Docente Continuada, que favoreça ao processo de inclusão de alunos com deficiência no Ensino Médio. Utilizou-se da revisão de literatura, entrevista semi-estruturada e observação participante para construção dos dados. Para análise dos dados construídos fez-se uso da análise de conteúdo proposta por Lawrence Bardin. Os resultados dessa pesquisa revelam que ainda não se tem nesta instituição uma cultura escolar inclusiva e que as representações sociais dos docentes sobre o processo de inclusão dos alunos com deficiência vão desde a compreensão desse processo como ausência do Estado, de formação profissional, de profissionais especializados, das famílias, até a apreensão desse processo numa perspectiva de normalidade, num movimento de comparação com os alunos que não têm deficiência, além disso, se percebe uma cultura escolar que invisibiliza os alunos com deficiência, uma inclusão que não se efetiva nas práticas, destacando-se a necessidade de outros autores e outras atuações para que a inclusão de fato e de direito se concretize. É perceptível ainda incompreensões das políticas para inclusão enquanto resultados de lutas pelo direito da pessoa com deficiência, como se este processo fosse proposição do Estado, que garante a vaga, porém não oferece subsídios materiais e humanos. A partir dos dados da pesquisa, em colaboração com os docentes, construiu-se um Plano de Formação Docente Continuada que se apresenta enquanto proposta de intervenção frente à realidade compreendida. A partir do desenvolvimento desta pesquisa, tem-se a pretensão de colaborar com o processo de inclusão de alunos com deficiência no ensino médio, contribuindo para que a escola pública, cada vez mais, seja um espaço de acolhimento da diversidade, em particular, dos alunos com deficiência.
- ItemO lugar do currículo da educação do campo contextualizada no semiárido - ocupando espaços ocultos(2019) Araújo, Fredson Rodrigues ; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Salvadori, Juliana Cristina; Silva, Maria do SocorroEsta pesquisa se ancora no contexto atual de debate sobre a Educação do Campo contextualizada no semiárido que vem ganhando força a partir dos movimentos sociais ligados ao campo, entre eles Sindicatos de Trabalhadores Rurais, associações, cooperativas, tendo como anseio a demanda por uma formação que contemple os saberes da mulher e do homem do campo, potencializando suas atividades por meio de processos e metodologias apropriadas à sua realidade. A partir dessa articulação da sociedade civil, o estado brasileiro nos últimos quinze anos, incorporou parte dessas experiências e práticas através de políticas públicas, materializadas por meio das Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo, instituídas pelo Ministério da Educação (MEC), em 2002. Nesta perspectiva, este trabalho tem por objetivo promover uma análise sobre o currículo desenvolvido na Educação do Campo contextualizada no semiárido, tendo como referência de análise a Escola Municipal Paulo Freire, com sede no Assentamento Caiçara, s/nº, Zona rural, e mais 03 anexos localizados nos Povoados de Novolândia, Algodão e Várzea Bonita, município de Serrolândia-BA. Pretende-se com esta pesquisa, construir de forma colaborativa uma proposta curricular que contemple as demandas das escolas do campo, tendo como base os agentes sociais que vivem no espaço rural, aqui entendido como campo. A metodologia desta pesquisa é de cunho qualitativo, dentro da área de conhecimento das Ciências Humanas, que contempla uma pesquisa aplicada voltada para a aquisição de conhecimentos com vistas a aplicação numa situação específica e o método a ser adotado é a Pesquisa-ação, que vem emergindo como uma metodologia de intervenção, desenvolvimento e mudanças no âmbito dos grupos, organizações e comunidades. No processo de análise dos dados foi adotado o procedimento de Análise de Conteúdo (BARDIN,2009). Almeja-se analisar de que forma a escola pesquisada tem garantido um currículo da Educação do Campo contextualizada no semiárido, à luz dos instrumentos legais vigentes e das experiências exitosas existentes. Assim, considera-se as vivências das pessoas envolvidas, o plano de ensino, a rotina de funcionamento da escola, sua filosofia, seus métodos e a pedagogia adotada pela unidade.