Navegando por Autor "Rossi, Thaís Régis Aranha"
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- ItemAtenção à saúde bucal e COVID- 19: conhecimentos, percepções e práticas dos cirurgiões-dentistas e respostas institucionais(Universidade do Estado da Bahia, 2022-10-19) Costa, Edlair Maria Cunha Barbosa; Rossi, Thaís Régis Aranha; Santos, Carla Maria Lima; Barros, Sandra Garrido de; Lucena, Edson Hilan Gomes deEste trabalho está apresentado sob a forma de dois artigos. O primeiro estudo teve como objetivo analisar as percepções, saberes e práticas de saúde bucal de cirurgiões-dentistas. Já o segundo analisou as respostas adotadas pela Itália, Estados Unidos e Brasil, frente ao retorno das atividades durante a pandemia pela COVID-19. As metodologias utilizadas foram uma revisão sistemática que buscou as percepções e práticas dos cirurgiões-dentistas e uma análise documental sobre a resposta desses países a partir das diretrizes, protocolos, regulamentações e demais documentos oficiais produzidos. Como principais resultados da revisão, a maioria dos estudos mostraram conhecimentos pertinentes relativos à pandemia, embora 07 países tenham referido necessidade de treinamento. O atendimento de urgências foi identificado em 12 artigos, dentistas de 09 países mencionaram sintomas psicológicos, em 07 países observou-se o uso da tecnologia e em outros 07 questionou-se apoio financeiro ou mostrou-se preocupação com o futuro da profissão. Dentre as principais respostas institucionais observou-se que os três países sugeriram a adoção de novos protocolos de segurança e a suspensão dos atendimentos odontológicos eletivos em diferentes cenários epidemiológicos. A teleodontologia foi proposta nos documentos institucionais dos três países, que também buscaram reconhecer a atenção à saúde bucal como cuidado de saúde essencial. O sistema universal de saúde do Brasil direcionou as equipes da rede pública para ações de enfrentamento à COVID-19, enquanto nos Estados Unidos políticas de apoio para participação de dentistas em emergências de saúde pública foram divulgadas e na Itália não foram encontrados documentos relativos à participação de dentistas em outras funções durante a pandemia. Concluiu-se que apesar das diretrizes e protocolos publicados, as práticas de saúde, percepções e saberes identificados envolveram uma complexidade de subjetividades vinculadas a diferentes sistemas de saúde, relações sociais e atividades econômicas enquanto que a adoção de tecnologias como a teletriagem e a teleconsulta podem representar uma mudança de paradigma e se firmarem enquanto procedimentos de rotina. Para o primeiro ano de pandemia, não foram localizados protocolos de órgãos dos governos, dos três países, com diretrizes especificas, abrangentes e oportunas. As diretrizes publicadas para a retomada do atendimento odontológico eletivo mostraram semelhanças nas recomendações de biossegurança e uso de EPIs no âmbito da assistência odontológica individual, principalmente, para consultórios privados. Por fim, este estudo ratificou que a pandemia impulsionou a teleodontologia como alternativa de cuidado e colocou em evidencia a necessidade de mais investimentos públicos na ampliação do acesso à atenção à saúde bucal.
- ItemImplementação da política de atenção básica à saúde: o caso de um município da Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2021) Santos, Aline Gomes Fernandes; Pereira, Ana Paula Chancharulo de Morais; Rossi, Thaís Régis Aranha; Souza, Márcio Costa de; Mota, Paulo Henrique dos SantosNa descentralização do Sistema Único de Saúde, proposta pela Constituição Federal de 1988, tornou a gestão do sistema de saúde um compartilhamento de responsabilidades às três esferas administrativas: União, Estado e Municípios. Nesta década, houve avanços do setor saúde no Brasil, mas, também surgiram inúmeros desafios. Neste processo de implantação do Sistema Único de Saúde no país, fez com que os municípios se tornassem elemento central da implementação das políticas de saúde. Apesar do aumento da capacidade gerencial dos municípios, por outro lado também encontramos cenários de dificuldades e muitas mudanças, exigindo novas funções dos entes federativos e organização de novas estruturas administrativas para assegurar o equilíbrio da autonomia e das relações entre as instâncias de governo. É reconhecida a necessidade de contemplar os gestores nas diferentes etapas do processo de regionalização, dada a heterogeneidade de cada local. Este estudo se justifica dada a relevância e aprimoramento do tema, pouco explorado nos estudos acadêmicos, contribuindo com elementos significativos do cotidiano da gestão municipal, em especial no que diz respeito ao processo de implementação da Política de Atenção Básica (PNAB), discussão que servirá de matéria-prima para a capacitação e novas tecnologias de gestão e assistência, assim, como novos formatos de se fazer gestão. Objetivo: Analisar a implementação da Política de Atenção Básica em um município de pequeno porte do estado da Bahia – Brasil. E tem como objetivos específicos: mapear os atores responsáveis pela condução da Política de Atenção Básica no município; caracterizar o perfil da equipe gestora, com destaque para o gestor municipal e coordenação da Atenção Básica; compreender o processo de implementação da Política de Atenção Básica no município identificando facilidades e desafios. Método: Trata-se de estudo exploratório de abordagem qualitativa, do tipo estudo de caso, para a coleta de dados, será adotada a técnica de entrevista semiestruturada, junto a informantes-chaves tanto da coordenação municipal de Atenção Básica quanto trabalhadores de saúde de um município do estado da Bahia, a qual contará com um roteiro composto por perguntas norteadoras elaboradas a partir do referencial teórico adotado pela pesquisa. Os dados serão submetidos a análise temática de conteúdo, e por se tratar de um estudo com seres humanos, a pesquisa será apresentada ao Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do estado da Bahia, com seguimento dos trâmites da Resolução 466/2012 e 510/2016. O lócus privilegiado de problematização do objeto deste estudo, evidencia como pergunta de pesquisa: Como se dá a implementação da Política de Atenção Básica em um município de pequeno porte do estado da Bahia? Como questões norteadoras complementares: Quais os atores responsáveis pela condução da Política de Atenção Básica no município? Qual o perfil da do gestor municipal e da coordenação da Atenção Básica? Quais as facilidades e desafios na implementação da Política de Atenção Básica? Espera-se que a pesquisa venha a contribuir com o aprimoramento das práticas da gestão municipal, com o fortalecimento da Atenção Básica do estado da Bahia e, em última instância, com os usuários, foco do sentido de todo investimento em qualificação do Sistema Único de Saúde (SUS).
- ItemInternações por condições sensíveis a atenção primária relacionadas à hipertensão arterial e diabetes mellitus no município de Salvador, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2022-09-30) Ferreira, Daniel Januzzi; Maia, Helena Maria Silveira Fraga; Rossi, Thaís Régis Aranha; Pinto Junior, Elzo Pereira; Araújo, Patricia SodréAs condições sensíveis à atenção primária à saúde (CSAP), têm sido estudadas em todo o mundo e constituem-se em um indicador de atividades hospitalares como medida de efetividade da Atenção Primária à Saúde (APS). Altas taxas de Internações por CSAP (ICSAP) podem indicar sérios problemas de acesso ao sistema de saúde ou de seu desempenho, representando, assim, um sinal de alerta. Portanto, a falta de acesso a APS de qualidade e resolutiva pode levar à manutenção de taxas elevadas de internações por CSAP. O Brasil possui, desde 2008, uma lista nacional, na qual patologias como Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e Diabetes Mellitus (DM) são descritas como CSAP. Esta pesquisa foi desenvolvida com o objetivo de descrever a frequência de internações por CSAP incluídas nos grupos diagnósticos HAS e DM, entre os anos de 2000 a 2019 na cidade do Salvador, Bahia, Brasil. Para tanto, tratou-se de um estudo ecológico, com dados coletados nos Sistema de Informação Hospitalares (SIH), Egestor AB e Sistema de Informações em Orçamento Público em Saúde (SIOPS) além de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Inicialmente, se procedeu à análise descritiva das AIH do período. Em seguida, foram realizadas as correlações das variáveis ICSAP secundárias à HAS e DM com coberturas de APS, ESF e ACS e com despesas com saúde e despesas com APS. Foi avaliada também a tendência das variáveis por meio da regressão de Prais-Winsten. Observou-se maior risco de internações para mulheres e idosos em relação aos demais grupos. Mesmo com o aumento nos gastos do município e nas coberturas analisadas, as tendências das ICSAP secundárias à HAS e DM se mostraram estacionárias em boa parte do período do estudo, o que pode mostrar que o modelo de atenção aparentemente escolhido pelo município – maior expansão da PAS em detrimento da ESF e ACS – pode estar impactando nos coeficientes de internação. Novas pesquisas devem ser encorajadas para o aprofundamento do entendimento das causas que podem estar impactando nas tendências encontradas no âmbito municipal. A utilização da ICSAP tem potencial para fomentar as discussões sobre o modelo de saúde aplicado bem como servir de apoio ao gestor local na formulação de políticas voltadas para os grupos de maior risco, auxiliando na melhor aplicação de recursos públicos.