Navegando por Autor "Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco"
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- ItemEntre a roça e a cidade identidades, discursos e saberes na escola(UNEB, 2008-06-17) Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Muniz, Dinéa Maria Sobral; Nascimento, Antônio Dias; Beltrão, Lícia Maria Freire; Arapiraca, Mary de Andrade; Machado, Paulo Batista; Macedo, Roberto Sidnei AlvesEste trabalho resulta da análise das práticas discursivas de alunos e alunas da roça que estudam na cidade, construídas na produção de identidades e saberes desvelados em suas histórias de vida. É um texto híbrido em sua constituição, uma vez que as narrativas misturam-se às teorias em uma tentativa de imbricamento dialógico na produção identitária desta tese. As identidades são concebidas, neste trabalho, como fragmentadas, contraditórias e em fluxo; assim a pesquisa é pensada como um dispositivo a perceber esse movimento, a fluidez., as hibridizações que constituem o cotidiano dos atores e atrizes sociais deste estudo. Por isso, chega o tempo em que a construção shakesperiana "ser ou não ser" muda completamente de perspectiva; trata-se hoje de refletir sobre o "ser e não ser", no campo específico da educação, não mais como dualidades, mas sim nas ações imbricadas nos processos formativos, naqueles que constituem a cada dia novas identidades. O estudo se desenvolveu através do cruzamento de princípios da etnografia, da fenomenologia, da hermenêutica e da análise do discurso a fim de perceber como os alunos e alunas da roça, estudantes da cidade, constroem através de suas histórias de vida, as representações de suas identidades e de seus saberes e como as práticas discursivas escolares intervêm nesta produção. A pesquisa foi realizada com as histórias de vida de sete alunos e alunas da roça que estudam no Programa de Jovens e Adultos (EJA), no Colégio Estadual de Serrolândia, no município de Serrolândia, situado no Piemonte da Chapada Diamantina, interior da Bahia. Além disso, utilizei a observação participante em sala de aula e entrevistas com os respectivos professores e professoras desses sujeitos. Com este estudo, percebi que os alunos e alunas da roça marcam sua passagem pela escola da cidade ressignificando suas tradições, em um movimento de "traduzir" suas próprias experiências como sujeitos discursivos, em um movimento de devir feito por meio do contato com o outro e com os diferentes saberes, alterando os outros e a si próprio e, assim, construindo novas identidades rurais.
- ItemRelações de saber e poder no trabalho com a linguagem verbal: um estudo sobre as estratégias de exclusão e inclusão sócio-educacionais(Universidade do Estado da Bahia, 2002) Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Oliveira, Arlinda Paranhas Leite de; Anadón, Marta ElisaEsta pesquisa descreve e analisa as relações de saber e poder na sala de aula, a partir dos mecanismos de exclusão e inclusão veiculados pelo trabalho com a linguagem verbal, Teve como principal foco de interesse saber como se dá essa relação de saber e poder no trabalho. com a linguagem escolar nas turmas de Aceleração Escolar, no município de Serrolândia, interior da Bahia-Brasil. Para isso optou-se pela abordagem qualitativa com inspiração no. veio etmometodológico subsidiado pelo discurso e pela prática que circulam no ambiente escolar. O presente estudo trouxe contribuições que poderão servir para as reflexões sobre a importância da linguagem no processo ensino-aprendizagem e também contribuir para ampliação do debate junto aos lingúístas, tanto quanto aos educadores e os estudantes de Licenciatura em geral, sobre o grau de importância substancial que a linguagem, na perspectiva bakiniana, passa a ter durante a interação verbal que acontece no ambiente de sala de aula, bem como, fundamentar a prática dos professores de escolas públicas no trabalho com a linguagem verbal, uma vez que, na visão sócio-histórico-interacional da linguagem, sua função assume importância substancial na formação de sujeitos, Focaliza em sua discussão, reflexões sobre as mareas e os procedimentos de exclusões, contradições 1 coações sociais que no espaço da sala de aula ganham forma através dos ritos, da disciplina, das proibições, dos silenciamentos, do currículo, entre outros, sendo o professor “o grande agente socialmente autorizado para controlar, distribuir, garantir e manter este Status quo do processo educativo, tendo o aluno um papel relevante na mudança desta, situação. “Esta pesquisa mostra que o processo pedagógico, concebido como interação verbal social, ainda não dar relevância à linguagem enquanto elemento constitutivo do indivíduo e que o. luno, vislumbrado pelo modelo que a escola produz, mesmo excluindo sua cultura, sua fala, sua voz, busca na escola a tão sonhada inclusão através do “bom uso da linguagem”, porém através de suas ações, reações e interações consegue criar via linguagem clementos.de resistência frente a todo este padrão estabelecido pela escola. Enfim, observamos que na falsa homogencidade almejada e instituída pela escola, a heterogencidade se configura via interação lingoística como grande construto de resistência dos grupos minoritários.