Navegando por Autor "Oliveira, Rita de Cássia Magalhães de"
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- ItemO que os olhos não veem, a história de vida registra: mosaicos de narrativas da escolarização da pessoa com deficiência visual no cotidiano da escola rural(2020-06-05) Oliveira, Rita de Cássia Magalhães de; Souza, Elizeu Clementino de; Oliveira, Inês Barbosa de; Pimentel, Susana Couto; Silva, Luciene Maria da; Santos, Luciano CostaA pesquisa objetiva conhecer e compreender as singularidades que envolvem a escolarização – inclusão/exclusão de pessoas com deficiência visual, que experienciam ou experienciaram seus processos educativos em escolas localizadas em território rural. A metodologia utilizada na pesquisa está ancorada na abordagem qualitativa fenomenológica de cunho biográfico – histórias de vida. Foram utilizados como dispositivos de produção de informações: análise de documentos das Convenções de Jomtien e Salamanca sobre educação, documentos oficiais do Brasil sobre a inclusão escolar de alunos com deficiência – Constituição Federal de 1988, Planos de Educação: nacional, estadual e municipal em vigência, dados do Censo Escolar 2018, entrevistas narrativas e diário de campo. O lócus de pesquisa tem na escola rural o espaço pensado como lugar das aprendizagens, saberes e fazeres dos sujeitos, e nos Centros de Apoio Pedagógico os lugares para complementação e suplementação das aprendizagens – AEE das pessoas com deficiência visual. Os colaboradores da pesquisa foram divididos em colaboradores primários: pessoas com deficiência visual – cegueira e baixa visão – e colaboradores secundários: família e professores/as de pessoas com deficiência visual. No processo de análise compreensiva, a pesquisa buscou compreender os sentidos e significações das narrativas das pessoas com deficiência visual acerca da sua escolarização em escolas rurais, as narrativas da família e dos professores envolvidos diretamente nesse processo. O estudo potencializa reflexões concernentes às questões da inclusão escolar das pessoas com deficiência visual na escola rural em processos de aprendizagens, sinalizando para a urgente necessidade de alterações paradigmáticas de pensares, saberes e fazeres/ações, principalmente quanto às transformações na realidade escolar dos espaços rurais, na formação docente para a diferença da/na deficiência nas escolas rurais, na inserção da tecnologia assistiva como mediadora de inclusão para as aprendizagens significativas, inclusivas, específicas e contextualizadas.
- ItemTessituras das diversidades: cultura(s) no cotidiano da escola de um território rural-quilombola(2014-04-28) Oliveira, Rita de Cássia Magalhães de; Souza, Elizeu Clementino de; Cunha, Jorge Luiz da; Nascimento, Antonio DiasEsta pesquisa tem por objetivo compreender e analisar relações que se estabelecem entre a(s) cultura(s) de uma comunidade com ancestralidade afrodescendente - quilombola e as práticas cotidianas que se estabelecem em uma escola desse território. No processo de investigação, a escola deste espaço é pensada como um lugar que se depara e constrói processos culturais, sendo assim, espaço de produção de saberes e fazeres. Moradores da comunidade, professores/as da escola e alunos/as são os sujeitos colaboradores. A metodologia escolhida para o desenvolvimento da pesquisa é ancorada na abordagem qualitativa de cunho biográfico – narrativas de vida e (auto)biografia. Foram utilizados como fontes: o diário de campo, o grupo de discussão com alunos e alunas, as entrevistas narrativas com os sujeitos da comunidade e com os/as docentes. Em um processo de análise compreensiva apresento os sentidos e significações mais relevantes que emergiram sobre as relações entre culturas e escola. Comunidade, alunos/as e docentes reconhecem os sujeitos como afrodescendentes - quilombolas e moradores do espaço rural. Os docentes reconhecem as produções culturais da comunidade, mas sentem dificuldades de incorporar essas produções no currículo da escola, com forte vinculação às práticas escolares urbanocêntricas. Alunos e alunas declaram que a escola não contempla em suas práticas cotidianas as questões do rural e da ancestralidade negra. O estudo indica que é possível articular no currículo os saberes e as produções culturais da comunidade, implicando em ações de formação inicial e continuada de professores/as para atuarem em escolas de territórios rurais e em comunidades com ancestralidade negra, ao (re)conhecer e articular culturas e diversidades na escola, na possibilidade de favorecer práticas escolares contextualizadas.