Navegando por Autor "Mello, Maria Alba Guedes Machado"
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- ItemIsaias Alves de Almeida e a educação autoritária na Bahia (1938- 1942)(2015-08-18) Mello, Maria Alba Guedes Machado; Fialho, Nádia Hage; Arroyo, Miguel Gonzalez; Menezes, Jaci Maria Ferraz de; Santana, Elisabete Conceição; Santos, Maria Elisabete Pereira dos; Viana, Rosa MariaO estudo da Educação Autoritária tem como objeto o período do Estado Novo na Bahia, particularmente durante a atuação de Isaías Alves de Almeida na Secretaria de Educação, Saúde e Assistência Pública (1938-1942). Este estudo está contextualizado historicamente na vigência dos regimes totalitários (nazismo e stalinismo) no âmbito internacional, cuja interpretação apóia-se nas análises de Hannah Arendt (1989) e de Claude Lefort (2011); no que diz respeito ao Brasil, está colocado como manifestação da própria formação da sociedade brasileira, conforme nos traz Marilena Chauí (2001), e como herança da ideologia autoritária elaborada, desde o nascimento da República, cujos representantes mais notáveis são Oliveira Viana e Francisco Campos, minuciosamente estudados por Jarbas Medeiros (1978). Para um melhor entendimento dos princípios da Educação Autoritária, este estudo apresenta ainda um relato sobre a história da educação no Brasil em que procura demonstrar sua tradição elitista e como o Estado Novo, mesmo com medidas modernizadoras, aprofunda esse elitismo e transforma a educação em um mecanismo de difusão da sua doutrina. A análise da atuação de Isaías Alves de Almeida privilegiou a sua produção teórica, da qual distinguiu seu ideário aderente à doutrina autoritária, e a legislação educacional considerada a melhor expressão da política implantada na época. Conclui, este estudo, que, infelizmente, o autoritarismo persiste na nossa educação nacional, particularmente no princípio da meritocracia, ainda defendido por muitos educadores, e claramente presente na organização educacional, assim como no anseio pela uniformidade e padronização ainda perseguido pelas avaliações externas dos sistemas de ensino, em nome do princípio democrático da igualdade de oportunidades. Além disso, a atual política educacional, apesar da sua flexibilidade e tentativa de respeito à autonomia dos sistemas de ensino, prima pela centralização de medidas dos programas governamentais federais, na maioria das vezes justificadas pelo regime de colaboração entre as instâncias federativas instituído constitucionalmente.
- ItemLeitura prazerosa e narrativas (auto)biográficas de mulheres encarceradas no sistema prisional em Feira de Santana – BA(2022-02-16) Santos, Selma dos; Nunes, Eduardo José Fernandes; Julião, Elionaldo Fernandes; Lima, Rita de Cássia Brêda Mascarenhas; Mello, Maria Alba Guedes Machado; Souza, Elizeu Clementino deA presente pesquisa tem como objeto de estudo a leitura e as narrativas (auto)biográficas para formação de leitoras em contexto de restrição e privação de liberdade. E, como objetivo geral, discutir e interpretar alguns aspectos do conceito e aplicação da leitura prazerosa na formação de leitoras, considerando a posterior produção de narrativas (auto)biográficas de mulheres encarceradas no Sistema Prisional de Feira de Santana – BA parte importe nesse processo de formação. O trabalho explora, em sua fundamentação teórica, escritos de autores como Durand; Bachelard e Petit. O “Projeto Didático Leitura Prazerosa”, que aplicamos no referido sistema prisional, aqui incorporado como um dispositivo de pesquisa está ancorado na abordagem (auto)biográfica. As quinze colaboradoras que tiveram a oportunidade de participar do “Projeto Didático” trabalharam com textos literários de Clarice Lispector, refletindo sobre temas tratados pela escritora. Ao vivenciar uma experiência aprofundada da leitura de textos de uma autora como Clarice, as leitoras evocaram suas próprias narrativas. O projeto didático transformou-se em um facilitador metodológico utilizado na reflexão e descrição de possibilidades de “leitura prazerosa” – leituras motivadas e motivadoras de novas narrativas, que refletem um movimento aos pensamentos, aos desejos, aos sonhos, à vida. Assim, “leitura prazerosa” pode ser designada como um abrir as portas da imaginação; uma forma de integrarse a si e as suas vivências; de perceber-se construtora da história da humanidade; de capacitar a manter ou restaurar sentimentos e relações sociais. Postula-se que as mulheres encarceradas sejam escutadas para que se possa compreender e interpretar suas trajetórias e suas perspectivas de vida. Dentre os possíveis desdobramentos desse estudo, espera-se abrir diálogos outros, com autoridades, com a sociedade civil organizada, com as mulheres encarceradas, para debates conceituais e propositivos.