Navegando por Autor "Mattos, Nicoleta Mendes de"
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- ItemCon-vivências: redes colaborativas para inclusão(2021) Novaes, Ivone Machado de; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Silva, Ana Lucia Gomes da; Lima, Jamille Da Silva; Almeida, Carla Verônica AlbuquerqueO presente texto dissertativo é resultado de um estudo investigativo que, por meio do dispositivo círculo de Con-vivências, analisou o potencial do diálogo entre mães dos estudantes da sala de recurso multifuncional (SRM) com a comunidade escolar para construção de redes colaborativas para inclusão e práticas inclusivas na rede municipal de João Dourado- BA. A pesquisa deu centralidade à vivência das participantes com a inclusão dos seus filhos e filhas ou estudantes no âmbito escolar da rede municipal da cidade de João Dourado e visou à construção compartilhada de práticas educativas inclusivas, formando assim, redes colaborativas para inclusão. Para subsidiar teoricamente a ótica da vivência como marca do ser no mundo, com sua subjetividade, singularidades e introspecção, tomamos como paradigma e método a fenomenologia com base em Merleau-Ponty (1999), tendo o círculo de Con-vivências, inspirado no círculo de cultura freiriano, como dispositivo de construção e análise de dados, bem como de intervenção. A investigação apontou que a inclusão ainda é processual no município, que as mães estão envolvidas e disponíveis a dialogar sobre inclusão tanto com a escola como com a comunidade, a fim de promover essas redes. Dentre as possibilidades que emergiram do processo da pesquisa, as que mais evidenciaram as narrativas das participantes foram: Reformulação das práticas educativas dos/as docentes para o reconhecimento e prática da inclusão, através da formação em exercício; Realização de parceria e redes colaborativas, onde a família e a escola possam dialogar sobre inclusão. Fomentar parceria, ou seja, formar uma rede colaborativa mais ampla, entre a secretaria de Educação, Secretaria de Saúde e Secretaria de Assistência Social. As falas das participantes, mães e professores, indicam estratégias para tecer um processo de inclusão referenciado em suas vivências partilhadas, e propõe redes colaborativas em que se apoiem e fortaleçam os cuidados à pessoa com deficiência, como também a construção de redes colaborativas entre o Atendimento Educacional Especializado, Escola Regular de Ensino e Família da/do estudante com deficiência. A participação nesta pesquisa foi integralmente materna, de forma estruturante, apontado necessidade de fortalecer o vínculo entre mulheres e pensar práticas pedagógicas fundadas no cuidado bem como problematizar políticas públicas para este público, ponto limite da pesquisa, que aponta para futuro estudos. A pesquisa contribuiu para levantar reflexões a cerca da construção e manutenção de redes colaborativas que fortaleçam o processo de inclusão do estudante com deficiência na rede municipal de educação do município de João Dourado- BA.
- ItemConcepções e práticas de cuidado em Jacobina-BA: pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA), famílias e equipes multiprofissionais de saúde(2021) Marques, Denise Vasconcelos Moreira; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Mello, Sandra Maria FerrazO Transtorno do Espectro Autista (TEA) tem sido pauta de estudos acadêmicos no Brasil nas áreas de Saúde e Educação e, dentre os interesses de pesquisa, destaca-se a descrição do espectro a partir de critérios clínicos com ênfase nos déficits de comunicação e interação social, comportamentos repetitivos ou restritos, sensibilidade sensorial, entre outros aspectos diagnósticos. Para além, a literatura sinaliza a necessidade de se implantar ações de assistência pública às pessoas com o TEA, embasadas em práticas de cuidado. No âmbito da Odontologia, campo de atuação da pesquisadora, emergem desafios na prestação de serviço ao público, sobretudo, no Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), situado na cidade de JacobinaBA. Nesta pesquisa, os desafios são tomados como inquietações frente às práticas realizadas pelos/as profissionais atuantes na atenção básica (Estratégias de Saúde da Família-ESF) e de média complexidade (CEO). O objetivo geral deste estudo foi compreender como são realizadas as práticas de cuidado nos espaços multiprofissionais de saúde, assim como, os impactos dessas ações na vida de pessoas com o TEA no município de Jacobina-BA. Além disso, teve como objetivos específicos: 1) Mapear as equipes multiprofissionais de saúde, de baixa e média complexidade do município de Jacobina, que atuam na atenção às pessoas com o TEA; 2) Identificar e registrar as práticas de cuidado desenvolvidas pelos/as profissionais, nos centros colaborativos de saúde, no atendimento ao referido público. A ação investigativa teve como lócus o CEO e como participantes 11 servidoras públicas. Como delineamento metodológico, o estudo inspirou-se na abordagem qualitativa e no paradigma crítico, tomando como método a pesquisa participante. Para a construção dos dados foram utilizados os seguintes dispositivos: análise documental, observação participante, diários de campo e círculos focalizados – inspirados nos círculos de cultura de Paulo Freire. Os círculos focalizados serviram, ainda, como dispositivo de intervenção e análise de dados. Em função da pandemia da COVID-19, os círculos focalizados ocorreram de forma online, e essa adaptação gerou desafios à promoção do processo coletivo direcionado à ação-reflexão-ação das participantes, mas promoveu ganhos quanto à adesão, participação e interação de todas. As categorias teóricas e de análise, construídas ao longo da pesquisa, são: políticas públicas de saúde e o SUS; equipes multiprofissionais de saúde e práticas de cuidado. Os resultados, a partir das narrativas das participantes nos círculos focalizados, apontaram que as práticas de cuidado para esse público precisam ser reavaliadas, ressignificadas e reestruturadas de modo coletivo. Apontaram, também, a precariedade no atendimento às pessoas com o TEA e suas famílias/cuidadoras, devido à ausência de equipes multiprofissionais atuantes nas instituições de baixa e média complexidade. Quanto às práticas de cuidado, embora existentes, são realizadas de forma pontual, sinalizando a ausência de ações integralizadas, por parte das equipes multiprofissionais. Esse quadro se desenha, em parte, devido às concepções que fundam as práticas de cuidado se pautarem no modelo curativista e caritativo-assistencialista, ampliando, desse modo, a exclusão social e a invisibilidade das demandas deste público, abrindo espaço para identificação das profissionais com o sofrimento das cuidadoras e do sentimento de falta de possibilidades e ações para atender devidamente essas pessoas. A partir dos resultados, recomenda-se a alteração e ampliação de ações nos serviços de saúde voltados para a inclusão das pessoas com o TEA e para suas famílias/suas cuidadoras, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), de forma acolhedora, humanizada e multidisciplinar, especialmente, nas ESF e no CEO. Dentre as dificuldades para ampliar as práticas de cuidado no SUS, está a necessidade de construir um plano de ação/diretrizes, em parceria com as equipes multiprofissionais, e, dentre essas diretrizes, um Documento Referencial Educativo, direcionado às práticas de cuidado para pessoas com o TEA nos espaços de saúde do município. Essa construção de diretrizes a partir da escuta das equipes é necessária para ampliar o debate sobre pautas da diversidade, e implantar efetivamente uma rede de atenção integrada para o atendimento desse público, reafirmando, assim, o compromisso ético da pesquisadora, das participantes, do serviço e da saúde pública brasileira para o desenvolvimento de um trabalho mais humanizado nos espaços público de saúde.
- ItemDiálogo intersetorial, educação, saúde e assistência social sobre a queixa escolar na rede municipal de Serrolândia-Ba(2020) Lima, Juliana Mota; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de; Pimentel, Susana CoutoEsta pesquisa vincula-se à linha de pesquisa Cultura escolar, docência e diversidade, do Mestrado Profissional em Educação e Diversidade (MPED), da Universidade do Estado da Bahia, Departamento de Ciências Humanas, Campus IV. As queixas escolares apresentamse como demandas frequentes na área da Psicologia Escolar e englobam problemas comportamentais, emocionais e familiares. A literatura sobre o tema e a experiência profissional destacam, entre encaminhamentos para queixa, práticas clínicas, embasadas na lógica da medicalização, para superar os problemas existentes no contexto escolar. Deste modo, levantou-se a questão: Como as queixas escolares se apresentam na rede municipal (educação, saúde e assistência social) de Serrolândia-BA e quais têm sido os encaminhamentos? Dentre os objetivos, delineou-se: Identificar os desafios enfrentados com os discentes que apresentam queixa escolar; Analisar as fragilidades e potencialidades do modelo de atendimento às queixas escolares desenvolvido pelos profissionais da escola; Propor a construção de oficinas formativas para abordar concepções inclusivas para lidar com as demandas referentes a queixa escolar. A metodologia dessa pesquisa caracteriza-se pela abordagem qualitativa (CRESWELL, 2010) e tem como método o Estudo de Caso, a partir de YIN (2014), e a Análise de Conteúdo, com base em Bardin (2016) para tratar os dados de campo. Com o intuito de compreender a queixa escolar em diferentes perspectivas, os participantes foram professores da rede educacional que atuam no ensino fundamental I, gestores (coordenador, diretor e vice diretor), além dos profissionais da equipe multiprofissional, que atuam no Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) e Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), considerando que estes acompanham os alunos da rede municipal de educação, saúde e assistência social, tendo como critério para inclusão a livre adesão dos mesmos. Para a construção de dados, foram propostos como dispositivos a Entrevista semiestruturada e Diário de Campo. Verifica-se que os objetivos propostos foram alcançados através dos dispositivos utilizados e a análise dos dados em campo foi embasada nas seguintes categorias: Queixa escolar, Inclusão educacional e Intersetorialidade. A discussão dos dados pautada na inclusão educacional contribuiu para problematizar as diferenças, considerando os preconceitos vivenciados pelos alunos que não se enquadram nos padrões de normatividade valorizados, o que foi destacado nas intervenções que aconteceram no ambiente escolar. Os resultados dessa pesquisa apontam que ao serem questionados sobre a queixa escolar, indicando os desafios que indicam a necessidade de auxilio de outros profissionais, os colaboradores da educação sinalizaram: indisciplina/problemas de comportamento, dificuldade de aprendizagem e problemas familiares, o que corrobora com os dados apresentados na literatura referentes aos motivos frequentes de encaminhamentos. E ao falar sobre os desafios para lidar com a queixa escolar os profissionais da saúde e assistência social apontam a quantidade insuficiente de profissionais e o modelo biomédico, o que contribui para a discussão de acordo com a intersetorialidade, através da discussão histórica da valorização do modelo biomédico com ênfase na doença e da avaliação fragmentada do indivíduo.
- ItemInclusão e docência: a percepção dos professores sobre o medo e o preconceito no cotidiano escolar(2014-09-30) Mattos, Nicoleta Mendes de; Silva, Luciene Maria da; Franciscatti, Kety Valéria Simões; Pimentel, Susana Couto; Nascimento, Antônio Dias; Santos, Jaciete Barbosa dos; Cotidiano EscolarNesta pesquisa buscamos identificar como as relações entre o medo e o preconceito são expressas no cotidiano escolar a partir da percepção das professoras que atuam em escolas regulares com alunos em situação de inclusão e de que maneira essas relações interferem na sua ação profissional, considerando a importância do professor na efetivação da atual proposta de inclusão educacional que orienta a política educacional brasileira. Realizamos uma pesquisa qualitativa sobre as bases do medo e do preconceito e os modos de atualização na sociedade contemporânea, bem como investigamos as contradições do projeto inclusivo. Utilizamos como referencial teórico a Teoria Crítica da Sociedade, particularmente os escritos de Max Horkheimer e Theodor W. Adorno para aprofundarmos os estudos sobre o medo e o preconceito, recorrendo também à Psicanálise, especificamente os escritos de S. Freud. Para a investigação sobre a inclusão educacional, buscamos subsídios principalmente nos estudos de Ligia Amaral, José León Crochík, José Geraldo Silveira Bueno, Rosalba Maria Cardoso Garcia, que nos permitissem estabelecer um diálogo com a Teoria Crítica da Sociedade. O estudo foi realizado na cidade de Valença – Bahia, através de levantamento documental e entrevistas com 07 (sete) professoras que atuam em 04 (quatro) escolas municipais regulares de ensino fundamental I. A partir da análise dos dados, verificamos que o medo está presente na prática docente na sala de aula, sendo experimentado como um sentimento associado à possibilidade de irrupção da agressividade, ligada às características do aluno em situação de inclusão, e que remete ao medo ancestral de aniquilamento, justificando as atitudes preconceituosas. Sobre o projeto de inclusão educacional, as professoras entendem que ele é necessário, e o defendem com ressalvas, afirmando o despreparo como condição intrínseca ao seu trabalho. O cotidiano dessas professoras encontra-se atravessado pelas emergências do dia-a-dia, não sendo a prática percebida como fonte de experiência, impedindo a reflexão e a responsabilização por suas ações. Foi identificada também a ausência de uma política municipal que contemple o projeto de inclusão educacional, fato que, juntamente com a forma de efetivação do projeto de inclusão, compromete o trabalho das professoras, mantendo-as numa posição de menoridade e justificando o seu despreparo, reforçando a permanência do medo e do preconceito no cotidiano docente.
- ItemPolíticas, práticas e cultura inclusivas história e memórias na Universidade do Estado da Bahia(2022) Santos, Dina Maria Rosário dos; Salvadori, Juliana Cristina; Mattos, Nicoleta Mendes de
- ItemSaúde na cultura escolar: análise dos discursos de coordenadoras pedagógicas do ensino médio na cidade de Jacobina – Bahia(2020) Brasileiro, Maria Florência Dias Bezerra; Leal, Ione Oliveira Jatobá; Almeida, Carla Verônica Albuquerque; Mattos, Nicoleta Mendes de; Sousa, Denise Dias de CarvalhoNão há como promover saúde sem que paralelamente haja uma preocupação em desenvolver processos educativos para a saúde. Nesse sentido, a escola se constitui em um espaço privilegiado para falar sobre o tema. Porém, como as práticas pedagógicas são construídas vai depender dos paradigmas que no campo da saúde se ressignificaram ao longo da história. Assim, essa pesquisa visou compreender a memória discursiva sobre a temática na cultura escolar a partir da análise dos discursos de Coordenadoras Pedagógicas do Núcleo Territorial de Educação do Piemonte da Diamantina com a finalidade de poder contribuir para deslocar as práticas pedagógicas em direção à construção social da saúde. Para tanto, se ocupou de duas questões norteadoras: qual a memória discursiva das Coordenadoras Pedagógicas sobre o tema saúde? Como as formações discursivas das Coordenadoras Pedagógicas podem ressignificar o ensino de saúde na educação básica? Tem como objetivo geral: identificar a memória discursiva das participantes sobre o tema saúde na educação básica. E como objetivos específicos: explicitar como o processo histórico-ideológico de construção da educação em saúde brasileira contribuiu para a formação da memória discursiva das participantes; analisar como as formações discursivas das coordenadoras ressignificam o ensino de saúde na educação básica e organizar e mediar encontros formativos online sobre promoção da saúde no espaço escolar. Trata-se de uma pesquisa qualitativa ancorada no paradigma interpretativo e na pesquisa social que traz a Análise de Discurso francesa, à luz de Orlandi, como método de investigação e como dispositivo de análise e discussão dos dados produzidos por uma pesquisa de campo. De forma a responder aos objetivos da pesquisa, foram aplicados questionários, entrevista narrativa, rodas de conversa e diário de bordo. Os resultados sugerem que a memória discursiva das participantes mantém relação direta com a história dos paradigmas que fundamentam as políticas de saúde e ainda com o cotidiano do tema vivenciado na cultura escolar. Os encontros formativos revelaram que apesar da coexistência de paradigmas positivistas e sociais de conceber saúde entre as coordenadoras, as práticas, nas escolas, permanecem estacionadas no modelo de educação tradicional biologicista, centrado na figura do profissional da saúde e na mudança do comportamento humano desvinculada da análise sobre os condicionantes e determinantes do processo saúde-doença. Como proposta inicial de intervenção, os encontros formativos buscaram provocar deslocamentos nas práticas pedagógicas em direção ao modelo social de saúde mediante a reflexão sobre os condicionantes e determinantes estruturais do processo saúde-doença.