Navegando por Autor "Lopes, Willian Falcão"
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- ItemPercepções docentes sobre a potência pedagógica da imagem no ensino-aprendizagem da geografia(2020-03-03) Lopes, Willian Falcão; Sitja, Liége Maria Queiroz; Carvalho, Maria Inez da Silva de Souza; Soares, Sandra ReginaA presente dissertação investigou as percepções docentes sobre a potência pedagógica da imagem no ensino-aprendizagem da geografia escolar, sendo realizada em três campos empíricos (Colégio Estadual Henriqueta Martins Catharino, Colégio Estadual Luiz Tarquínio e Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães). Para seu desenvolvimento, foram feitas entrevistas fenomenológicas (semiestruturadas) com seis docentes de geografia da Rede Pública de Educação da Bahia no município de Salvador. O estudo apoiou-se nas abordagens qualitativas de pesquisa aproximando-se do método fenomenológico. Os conceitos trabalhados para o aprofundamento do fenômeno foram: imagem, percepção, pensamento, aprendizagem experiencial, ensino problematizante e competências cognitivas. Os resultados permitem afirmar que as percepções de imagem dos docentes giram em torno de um núcleo de sentido comum, no qual o trabalho pedagógico com imagens busca potencializar nos estudantes aprendizagens fecundas, uma vez que a abertura da imagem convoca os estudantes a se envolver em maior profundidade com a geografia escolar e com os próprios processos de aprendizagem. Além disso, o trabalho pedagógico com imagens possibilita aos docentes a prática de ensino da geografia mais problematizante, questionadora, sensível, inovadora, dinâmica, inventiva e, principalmente, relacionada à vida dos estudantes. Esse trabalho impulsiona o docente e os estudantes a desenvolverem competências cognitivas, sociais e afetivas, possibilitando tanto profundidade para criar imagens quanto para lê-las criticamente. O trabalho pedagógico com imagens proporciona um contato com as sensações e vivências dos estudantes, gerando uma maior aproximação e interação entre esses e os docentes. Além de que, quando articuladas com os conteúdos da geografia escolar, essas sensações proporcionam que a aprendizagem dos estudantes se torne mais experiencial e marcante em suas memórias. Em conclusão, pode-se dizer que o trabalho pedagógico com imagens nas aulas de geografia é um dos meios com os quais os docentes tensionam os processos de ensino-aprendizagem dessa disciplina a distanciar-se de estruturas epistêmicas mais cristalizadas e de práticas docentes reprodutoras de representações hegemônicas e colonialistas, para aproximar-se e produzir epistemologias geográficas ativas, abertas e coladas com a vida, potencializadoras de tessituras vitais, para lógicas de racionalidades plurais, capazes de produzir desterritorializações de verdades e crenças hegemonizantes.
- ItemPercepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo(Universidade do Estado da Bahia, 2024-02-28) Lopes, Willian Falcão; Sitja, Liege Maria Queiroz; Silva, Denise Vieira da; Soares, Emanoel Luís Roque; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Souza, Sueli Ribeiro MotaA presente tese acadêmica intencionou descrever e interpretar percepções e atos de discentes universitários/as sobre a potência pedagógica das imagens no planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, tendo como campo empírico o Laboratório de Ensino de Geografia (LabEGeo) da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), câmpus Vitória da Conquista-BA. Para tal intenção, foram propostas as seguintes questões problematizadoras: Como a experienciação discente coletiva-colaborativa com imagens é percebida, reconhecida e intencionalizada nos processos de ensino-aprendizagem? Como os/as discentes planejam relacionar nas ações do projeto de intervenção imagético-pedagógico as vivências de estudantes do Ensino Médio da escola básica com a experienciação coletiva-colaborativa com imagens? A investigação foi apoiada nas abordagens qualitativas de pesquisa fundamentadas nas correntes filosóficas Fenomenologia e Hermenêutica, tendo como Método o Fenomenológico de base Empírico-Interventiva (MFE-I). Para seu acontecer, foram selecionados oito discentes universitários/as da UESB regularmente cadastrados/as pela Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) como extensionistas no projeto “Educação Geográfica e Psicossocial das Imagens Contemporâneas (EduGeoPsIC)”, sendo três bolsistas de Geografia e cinco voluntários/as (um de História, um de Psicologia e três de Geografia), para que fossem vivenciadas entrevista fenomenológica, observação participativa dos momentos ou situações pedagógicas grupais de experienciação coletiva-colaborativa com imagens, e elaboração documental e implementação de um projeto de intervenção imagético-pedagógico, que foi construído por esses/as discentes nos momentos ou situações pedagógicas grupais e desenvolvido com trinta estudantes líderes de turmas do Ensino Médio regular e integral do Complexo Integrado de Educação Básica, Profissional e Tecnológica (CIEB). A arquitetura conceitual foi composta, principalmente, pelos conceitos de imagem, imaginação, imaginário, percepção-sensações, competências cognitivas, sociais e afetivas, Fenomenologia empírico-interventiva, planejar-sentir-agir coletivo-colaborativo, e potência pedagógica. Como fechamento, imagino, com base nos achados da investigação e nas teses e dissertações estudadas durante a pesquisa, que a experienciação coletiva-colaborativa com imagens pode convocar os/as discentes universitários/as a planejar-sentir-agir de maneira mais integrada, cuidadosa, sensível e profunda, pois tal experienciação pode provocá-los/as a tencionarem os processos de ensino-aprendizagem de seus campos formativos disciplinares a se distanciarem de correntes epistêmicas mais cristalizadas e de práticas educativas reprodutoras de representações hegemônicas e colonialistas, para se aproximarem e produzirem epistemologias mais ativas, abertas e relacionadas com a vida, potencializadoras de tessituras vitais e de lógicas de racionalidades plurais capazes de produzir desterritorializações de verdades e crenças hegemonizantes. Ao mesmo tempo, implico atenção sobre o quanto a experienciação coletiva-colaborativa com imagens possibilita uma maior interação entre as pessoas de um grupo, e respectivamente o fortalecimento do vínculo entre elas. No ato de descrição e interpretação de uma imagem, a pessoa que a faz tende a falar tanto sobre o que se mostra quanto sobre si mesma, uma vez que se fundamenta em suas experiências mais íntimas para perceber o que desvela. Ao dispor o íntimo de suas experiências para outras pessoas, quando desvela uma imagem, a pessoa que a faz possibilita a instauração de uma abertura para produção de vínculos e trocas de experiências sobre o fenômeno vivenciado, o que tende a implicar em uma maior interação entre as pessoas de um grupo frente às diversas formas como esse fenômeno as afeta.