Pós-Graduação
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Pós-Graduação por Autor "Alves, Izabel Almeida"
Agora exibindo 1 - 3 de 3
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemAcompanhamento farmacoterapêutico de pacientes com queixa de insônia em um ambulatório de saúde mental: projeto piloto(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-29) Silva, Lidinete Mangabeira da; Alves, Izabel Almeida; Barreto, Joslene Lacerda; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Junior, Genario Oliveira SantosIntrodução: O acompanhamento farmacoterapêutico (AF) na saúde mental pode resultar em benefícios importantes aos pacientes. No entanto, a participação do farmacêutico clínico nesse âmbito é pouco discutida na literatura. Frequentemente a adição de novos medicamentos são realizados a fim de tratar queixas trazidas pelos pacientes, como ocorre com a queixa de insônia, onde comumente são inseridos benzodiazepínicos na farmacoterapia. No entanto, as ações de educação em saúde são capazes de promover a melhoria da qualidade do sono desses pacientes. Objetivos: Realizar AF e monitoramento da qualidade do sono centrado no cuidado farmacêutico. Materiais e Métodos: O estudo foi realizado no ambulatório Centro de Saúde Mental Aristides Novis, em Salvador, no período de novembro/2021 e dezembro/2022. Está descrito em formato multipaper contendo três artigos. No primeiro artigo foram descritas as etapas de implantação do serviço a partir do design seguindo o modelo proposto por Brown desenvolvidas nas etapas de inspiração, ideação e implementação. No segundo artigo, foram discutidos os resultados dos instrumentos de avaliação como ferramentas cruciais para a avaliação da evolução do paciente durante o AF. No terceiro artigo, foi feita uma revisão integrativa para discutir sobre a atuação do farmacêutico clínico na desprecrição de psicotrópicos em idosos. Resultados e Discussão: Na etapa do design inspiração e ideação foram identificados o perfil do paciente a ser acompanhado, o fluxo de acesso ao serviço, o papel da equipe multiprofissional no encaminhamento de pacientes ao farmacêutico, e as ferramentas a serem utilizadas durante o AF bem como o seu fluxo de realização do serviço. Na etapa de implementação foram selecionados 16 pacientes, com média de 5,19 (± 2.43) por paciente com intervalo médio de 30 a 40 dias, foram realizadas 44 consultas. Com uso dos instrumentos de avaliação PSQI, GAD-7 e PHQ-9, foi verificado que mesmo em tratamento para a queixa de insônia em prontuário, e em associação às terapias para condições psiquiátricas diagnosticadas previamente, 68,75% dos pacientes apresentavam distúrbio do sono, sintomas depressivos moderados ou graves 61,53% e ansiedade grave 35,7%. Foi verificada correlação significativa entre PSQI e horas de sono (p=0,003). Foram realizadas 83 intervenções farmacêuticas, dentre elas 13 (15%) solicitações de desprescrição de medicamentos. Conclusão: O uso do DT foi importante para a estruturação do serviço e elaboração do fluxo de acesso dos pacientes, bem como da utilização das ferramentas no AF para a avaliação da qualidade do sono. Foi verificado que todos os pacientes necessitavam de melhoria da qualidade do sono, tendo em vista a importância do sono na saúde mental. Ainda, a partir da realização deste trabalho, pôde ser afirmado que o farmacêutico é capaz de ações de cuidado farmacêutico otimizar a terapia dos pacientes a partir da investigação da queixa de insônia.
- ItemAplicabilidade da dose diária definida de antimicrobianos em pacientes neonatais de um hospital regional do interior da Bahia(2022-02-04) Oliveira, Cinara Rejane Viana; Sorte, Ney Cristian Amaral Boa; Alves, Izabel Almeida; Oliveira Filho, Alfredo Dias deA Organização Mundial da Saúde, diante do avanço da resistência bacteriana, propõe ações que visam controlar o surgimento das bactérias multirresistentes. Entre essas ações, encontra-se o cálculo da Dose Diária Definida de antimicrobianos. Para que esse cálculo seja realizado, é utilizado como padrão o peso de um adulto de 70kg, excluindo assim a possibilidade de sua aplicação em neonatologia e pediatria. Objetivo: Calcular a Dose Diária Definida de antimicrobianos, em uma UTIN de um Hospital público no interior da Bahia. Metodologia: trata-se de um estudo transversal realizado no período de setembro de 2018 a junho de 2020 na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Geral de Guanambi. Resultados: 410 pacientes foram incluídos, desses a maior parte foi do sexo masculino 217 (53%). Do total 26 (6,34%) foram a óbito. Os pacientes prevalentes foram os prematuros 277 (68,5%), nascidos por via parto artificial 249 (60,73%), o peso médio ao nascer foi 2213g. A média da temperatura foi 36,2° C, a da frequência cardíaca foi 140,3 bpm, a frequência respiratória média correspondeu a 51,4 ipm, a dos leucócitos foi 12,14 céls/mm3 x 1000 e a média das plaquetas foram 265,0 céls/mm3 x 100.000. Encontrou-se baixa frequência de hemocultura, sendo o diagnóstico mais prevalente o de sepse neonatal precoce presumida 406 (99%), 120 pacientes apresentaram resultado alterado no exame de Proteína C reativa. A presença de bolsa rota foi constatada para 159 pacientes, e 140 (34,2%) gestantes utilizaram antimicrobianos, com principal justificativa relacionada ao tratamento de infecção do trato urinário 117 (83%). Os antimicrobianos mais utilizados por paciente foram a gentamicina (408 vezes, ou 99,5% do total), ampicilina (407 vezes, ou 99,2% do total), amicacina (29 vezes, ou 7% do total) e oxacilina (21 vezes, ou 5,12% do total), sendo a média de duração de tratamento igual a 9,8 dias. A associação de antimicrobianos mais utilizada foi a ampicilina com gentamicina, que ocorreu 406 vezes (99%). O cálculo da diferença entre o DDD adulto e a DDDn obteve valores em média 26 vezes menores. Conclusões: Após o cálculo da Dose Diária Definida neonatal foi verificado que os valores são comparáveis com outros estudos internacionais possibilitando a incorporação dessa proposta no monitoramento de consumo de antimicrobianos em unidades neonatais.
- ItemImplementação do acompanhamento farmacoterapêutico em um ambulatório de psiquiatria(Universidade do Estado da Bahia, 2023-09-22) Lima, Camila da Silva; Alves, Izabel Almeida; Xavier, Rosa Malena Fagundes; Santos, Pablo de MouraIntrodução: Estima-se que 1 bilhão de pessoas possua algum tipo de transtorno mental, entretanto a área da saúde mental ainda é considerada negligenciada e os pacientes enfrentam desafios na terapia psicotrópica, o que eleva a taxa de não adesão. Assim, é prioritário que estes pacientes estejam em acompanhamento, nesse sentido, expandir a assistência é uma necessidade emergente. Objetivo: desenvolver e testar um modelo de prática do Acompanhamento Farmacoterapêutico voltado para pacientes psiquiátricos. Materiais e Métodos: o estudo foi elaborado no formato de 4 artigos. Trata-se de um desenho de serviço, desenvolvido entre setembro de 2021 e dezembro de 2022, realizado em um ambulatório da rede pública de saúde da cidade de Salvador, Brasil. O primeiro artigo utilizou as bases do design de serviços com o desenvolvimento das etapas de mapeamento, criação e implementação, adaptadas de Schneider e Stickdorn. Foram utilizados recursos como entrevistas, mapeamento de processos e observações. No segundo artigo, os dados das consultas realizadas no período foram utilizados para avaliar a contribuição do telemonitoramento, como parte fundamental do desenvolvimento do cuidado farmacêutico. No terceiro artigo foram utilizados ferramentas e conceitos da ciência da implementação para conduzir um estudo de eficácia e implementação híbrido tipo 1 e avaliar o serviço piloto antes e depois da intervenção. E no quarto artigo foi descrito um relato de caso de uma paciente com esquizofrenia. Resultados: na etapa de mapeamento foram identificadas necessidades de educação em saúde, triagem de condições clínicas, atendimentos com menor intervalo de tempo entre as consultas e acompanhamento da farmacoterapia. Na criação do serviço foi idealizada a estruturação do modelo de prática, incluindo a abordagem para avaliação antropométrica e escalométrica (ansiedade e depressão) e a integração do serviço de telemonitoramento. Na fase de implementação, foi realizado um piloto, totalizando 135 consultas, média de 5,0±3,7 por pessoa, triando 33,3% dos pacientes com obesidade e 70,4% dos pacientes com sintomas de depressão moderada a grave. Foram realizadas 612 intervenções farmacêuticas, com média de 4,5 por atendimento, sendo a educação em saúde a mais frequente (43,5%). Os resultados clínicos mostraram maior adesão à medicação com pontuação média do MAT [inicial 4,44±0,681 e final 5,22±0,572, (p=0,020)] e redução da gravidade dos sintomas de depressão e ansiedade, PHQ-9 [inicial 13,9±5,22 e final 11,6±5,19, (p=0,181)] e GAD-7 [inicial 12,4±4,40 e final 7,0±4,76, (p=0,004)], respectivamente. Conclusão: Por meio deste estudo, foi desenhado um modelo de prática e realizado um teste piloto com triagem de condições de saúde, realização de intervenções farmacêuticas e avaliação positiva de parâmetros clínicos, pós-intervenção. A estruturação do acompanhamento farmacoterapêutico com base no desenho do serviço mostrou-se necessária para o manejo dos pacientes psiquiátricos e relevante para a ampliação do acesso à assistência pública, sendo possível a reprodutibilidade em outros ambulatórios psiquiátricos.