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Navegando Pós-graduação por Autor "Fernandes, Ciane"
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- ItemVocês, bípedes, me cansam! Modos de aleijar a Dança como contranarrativa à bipedia compulsória na Dança(Universidade do Estado da Bahia, 2023-10-26) Carmo, Carlos Eduardo Oliveira do; Messeder, Suely Aldir; Fernandes, Ciane; Galeffi, Dante Augusto; Mello, Anahí Guedes de; Lopes, Paulo Vítor Leite; Galarza, Beatriz MirandaEssa pesquisa estabelece a relação entre deficiência, dança e capacitismo, como seu tema central. A deficiência é compreendida na sua acepção histórico-cultural, que determina lógicas excludentes e de subalternidade sobre as pessoas com deficiência, ao longo do tempo e em diversas áreas do conhecimento. Apesar de algumas conquistas nas políticas públicas para garantia de direitos civis e acesso aos bens culturais, é possível perceber que as ações de acessibilidade e participação dessas pessoas no contexto artístico-cultural ainda continuam incipientes. No que se refere à Dança como área de conhecimento, nota-se que nos mais variados eixos de criação, formação, produção e curadoria ainda predominam padrões capacitistas de um corpo normativo que exclui e invisibiliza as pessoas com deficiência, consideradas como incapazes e inferiores. Assim, um dos objetivos dessa pesquisa é confrontar o capacitismo no campo da Dança, apresentando as experiências das deficiências como alternativa insurgente à bipedia compulsória que, historicamente, tem estruturado o pensamento dessa área do conhecimento. Metodologicamente, a pesquisa insere-se na perspectiva do pesquisador encarnado, desenvolvendo-se a partir dos seus eixos estruturantes: processo de subjetivação corpórea pelos marcadores sociais, geopolítica do conhecimento e ancestralidade. Desta forma, construiu-se no processo experimental tendo como foco de atenção as minhas memórias sobre o meu ser no mundo com deficiência e os espetáculos de dança com o meu protagonismo solitário ou com outrem Def. Com isto, aproximei-me no diálogo com a autoetnografia. Neste caminho destacase a maneira como alguns trabalhos da minha produção artística solo ou em parceria com outras pessoas artistas-pesquisadoras com deficiência têm apontado possibilidades para a desierarquização entre corpos e saberes no campo da Dança. Em determinados espaços de construção artística e de práticas educativas em dança, nós, pessoas com deficiência, temos assumido nossas corporalidades como uma “éticaestética def” na arte. São as possibilidades engendradas pelas nossas especificidades corporais, sensoriais e/ou comunicacionais que indicam novas alternativas no campo da Dança e compreendem a deficiência como lócus de produção de conhecimento científico e artístico.