Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT18
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Navegando Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT18 por Autor "Lopes, Irlena Moreira"
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- ItemAs relações sociais entre título e tratamento: quem é doutor?(Universidade do Estado da Bahia, 2023-11-12) Santos, Maria Clara Assunção; Sobral, Lícia da Silva; Lopes, Irlena Moreira; Avila, André HeloyO título de doutor é um termo complexo que pode ser interpretado de diferentes maneiras. No Brasil, o título de doutor é frequentemente usado como forma de tratamento, mesmo para pessoas que não possuem um doutorado acadêmico. Essa prática pode ser vista como uma forma de expressar respeito, mas também pode ser interpretada como uma forma de hierarquização e de discriminação. A relação entre o título de doutor e o racismo é um aspecto importante a ser considerado. O objetivo, desse modo, foi analisar as relações sociais intrínsecas a esse termo, considerando suas motivações e consequências. Discutiu-se ainda o título acadêmico na licenciatura e a sociologia do “doutor”, indicando sua relação com hierarquia, poder e posição social. Para análise os passos a serem seguidos se construíram embasados em aspectos sociolinguísticos Bagno (2012) e sociológicos Queiroz (2021) e foram analisados dados qualitativos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – CAPES. A partir das análises constatou-se que o título de doutor é frequentemente associado a profissões de alto status e remuneração. Essa associação pode levar a uma valorização excessiva do título, o que pode prejudicar o acesso ao conhecimento e à educação superior por parte de pessoas de baixa renda. É importante estar atento a essas implicações, para que o uso do título seja feito de forma consciente e responsável.
- ItemMansplaining, o eco do patriarcalismo: uma análise cronológica do discurso patriarcal em Ovídio séc. I, Dom Dinis séc. XIII e Chico Buarque séc. XX.(Universidade do Estado da Bahia, 2023 - 11-12) Costa, Núbia Silva; Sobral, Lícia da Silva; Dias, Marcelo Nascimento; Lopes, Irlena MoreiraNa sociedade configurada no modelo patriarcal, homens e mulheres ocupam lugares sociais hierarquizados, numa constituição social de dominação masculina sobre o feminino. Nesse modelo estratificado, as vozes dos grupos dominantes sobressaem às vozes dos grupos subalternizados. O mansplaining (homens+explicando) é uma prática construída sob esse modelo social. O homem toma a palavra para si de forma categórica, explicando de forma didática e simplista, assuntos que supõe que a mulher não saiba, sem que ela tenha solicitado, atribuindo à mulher, consciente ou inconscientemente, o caráter de ingenuidade. Pode se manifestar no ambiente do trabalho, no corpo familiar, nas relações de amizade e amorosas. Este trabalho partiu da inquietação de saber porque ocorre o mansplaining e qual o contexto histórico e social que favorece essa prática em todas as dimensões sociais, inclusive, no meio literário. A metodologia foi baseada em pesquisa qualitativa e bibliográfica. A fim de apresentar alguns resultados, o trabalho foi dividido em três capítulos: o primeiro capítulo se ocupa do estabelecimento do Objeto - Conceituação mansplaining e o contexto do seu surgimento; no segundo capítulo são apresentadas as relações teóricas – apoiado em autoras e autores que embasam a discussão sobre os aspectos do texto, língua e linguagem (Koch, 2003) e (Marcuschi, 2008), significação e contexto (Platão; Fiorin, 2007) e construções parafrásticas do discurso (Orlandi, 2009); no terceiro capítulo é feita a análise comparativa presente nos textos selecionados: Medicamina Faciei Feminae de Ovídio; Três cantigas de amigo de Dom Dinis: Vai-s'o meu amig'alhur sem mi morar, O meu amig', amiga, nom quer'eu, e Pesar me fez meu amigo e três canções de Chico Buarque: Com açúcar, com afeto, Atrás da porta e Olhos nos olhos. Objetivando que a manutenção do discurso patriarcal sobre o sujeito mulher e a atitude masculina conhecida como mansplaining se dá pela relação sócio histórica de paráfrases nos enunciados discursivos.