Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT18
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Navegando Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT18 por Autor "Dias, Marcelo Nascimento"
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- ItemCampos semânticos de liberdade e prisão: Um estudo de metáforas no poema "Lá fora" de Ana Cristina César(Universidade do Estado da Bahia, 11-12-23) Santos, Gracieli Batista; Sobral, Lícia da Silva; Sousa, Irlena Moreira Lopes de; Dias, Marcelo NascimentoO conceito de literatura marginal corresponde a um espaço de produções literárias que surgem em torno da discussão de temas relacionados ao cotidiano, vivenciados pelo próprio autor. Essas produções refletem verdades inseridas em contextos sociais específicos. A obra de Ana Cristina é constituída por elementos que resgatam o tempo vivido, as relações sociais do feminino com um período histórico, bem como a realidade da autora inserida nesses contextos. Tratando-se de uma pesquisa qualitativa, o corpus a ser analisado insere-se na realidade social e histórica da autora. Para isso, foram utilizados os trabalhos de Gonçalves (2008), Silva (2010) e Moira (2014). Na análise linguística presente na construção do poema, as relações da língua e as palavras entrelaçam-se em significados inerentes aos contextos vivenciados pela autora. O objetivo é compreender as metáforas presentes no texto e relacioná-las com os campos semânticos representativos do poema. Na construção dos campos semânticos, observaram-se as metáforas que conduzem ao entendimento do poema e sua relação com os significados propostos na análise. Para esse empreendimento, foram utilizadas as teorias e conceitos propostos por Ullmann (1977), Fiorin (2008), Rocha Lima (2011) e Abrahão (2018), com o objetivo de analisar o poema e seus significados no contexto do feminismo da época da autora.
- ItemMansplaining, o eco do patriarcalismo: uma análise cronológica do discurso patriarcal em Ovídio séc. I, Dom Dinis séc. XIII e Chico Buarque séc. XX.(Universidade do Estado da Bahia, 2023 - 11-12) Costa, Núbia Silva; Sobral, Lícia da Silva; Dias, Marcelo Nascimento; Lopes, Irlena MoreiraNa sociedade configurada no modelo patriarcal, homens e mulheres ocupam lugares sociais hierarquizados, numa constituição social de dominação masculina sobre o feminino. Nesse modelo estratificado, as vozes dos grupos dominantes sobressaem às vozes dos grupos subalternizados. O mansplaining (homens+explicando) é uma prática construída sob esse modelo social. O homem toma a palavra para si de forma categórica, explicando de forma didática e simplista, assuntos que supõe que a mulher não saiba, sem que ela tenha solicitado, atribuindo à mulher, consciente ou inconscientemente, o caráter de ingenuidade. Pode se manifestar no ambiente do trabalho, no corpo familiar, nas relações de amizade e amorosas. Este trabalho partiu da inquietação de saber porque ocorre o mansplaining e qual o contexto histórico e social que favorece essa prática em todas as dimensões sociais, inclusive, no meio literário. A metodologia foi baseada em pesquisa qualitativa e bibliográfica. A fim de apresentar alguns resultados, o trabalho foi dividido em três capítulos: o primeiro capítulo se ocupa do estabelecimento do Objeto - Conceituação mansplaining e o contexto do seu surgimento; no segundo capítulo são apresentadas as relações teóricas – apoiado em autoras e autores que embasam a discussão sobre os aspectos do texto, língua e linguagem (Koch, 2003) e (Marcuschi, 2008), significação e contexto (Platão; Fiorin, 2007) e construções parafrásticas do discurso (Orlandi, 2009); no terceiro capítulo é feita a análise comparativa presente nos textos selecionados: Medicamina Faciei Feminae de Ovídio; Três cantigas de amigo de Dom Dinis: Vai-s'o meu amig'alhur sem mi morar, O meu amig', amiga, nom quer'eu, e Pesar me fez meu amigo e três canções de Chico Buarque: Com açúcar, com afeto, Atrás da porta e Olhos nos olhos. Objetivando que a manutenção do discurso patriarcal sobre o sujeito mulher e a atitude masculina conhecida como mansplaining se dá pela relação sócio histórica de paráfrases nos enunciados discursivos.
- ItemO uso do diminutivo em terras dos sem fim, de Jorge Amado(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-04) Silva, Jessica Leal; Santos, Leandro Almeida dos; Sobral, Lícia da Silva; Dias, Marcelo NascimentoEste trabalho visa analisar o uso do fenômeno linguístico do diminutivo na obra Terras do Sem Fim, de Jorge Amado. É importante compreender a relevância do diminutivo dentro dos contextos proporcionados pela narrativa literária. Ao explorar essa estratégia linguística, pretende-se elucidar como o uso do diminutivo contribui para a construção da narrativa e para a caracterização dos elementos da trama, proporcionando uma compreensão mais ampla do texto e de suas nuances linguísticas. A seleção dos trechos da obra para o corpus analítico não apenas considerou as ocorrências de uso dos termos no diminutivo, mas também a riqueza dos campos semânticos em que estes estão inseridos. Os campos semânticos, representando conjuntos de vocábulos inter-relacionadas por seus significados, permitiram uma análise mais abrangente. Esses campos contextualizam as ocorrências dos diminutivos, oferecendo uma compreensão mais completa de como esses termos se entrelaçam, ampliando sua carga semântica e enriquecendo a narrativa. Isso proporcionou um olhar mais abrangente e contextualizado sobre o uso dos diminutivos na obra de Jorge Amado, oferecendo uma visão mais completa não apenas do uso dos vocábulos, mas também das sutilezas e nuances presentes nos diversos contextos em que esses termos são empregados. O embasamento teórico desta pesquisa está fundamentado na perspectiva da Semântica, abrangendo tanto a Semântica Lexical quanto a Formal. Ao empreendermos a análise do fenômeno do diminutivo na obra, recorremos a uma variedade de fontes, incluindo dicionários de língua portuguesa, gramáticas especializadas e pesquisas acadêmicas relevantes sobre esse fenômeno linguístico. O resultado da análise permitiu identificar a complexidade e a diversidade de usos do diminutivo dentro da narrativa, revelando sua influência na construção de significados e sua definição contextualizada no cenário em que se insere, enriquecendo a compreensão da obra e do fenômeno linguístico em questão. Palavras-chave: Fenômeno linguístico. Diminutivo. Vocábulos. Campos semânticos.
- ItemPreconceitos e estereótipos: uma análise das narrativas de violência de gênero em cordéis brasileiros(Universidade do Estado da Bahia, 2023-12-11) Santos, Rafaela Balbino dos; Silva, Leandro Soares da; Dias, Marcelo Nascimento; Nascimento, Hérvickton Israel de OliveiraO cordel, expressão vibrante da cultura popular, entrelaça narrativas passadas e presentes, resgatando tradições brasileiras. Originário da Europa, encontrou solo fértil no Brasil, disseminando-se como manifestação artística transcultural. Ao longo dos anos, estabeleceu-se como poesia popular, adaptando-se para permanecer relevante. A trajetória no Brasil remonta aos séculos passados, introduzida por imigrantes portugueses no Nordeste. Inicialmente oral, evoluiu para uma expressão escrita que abordava eventos cotidianos. A arte popular nordestina reflete desigualdades e machismo. A popularização do cordel resultou de sua capacidade única de traduzir a vida cotidiana em versos acessíveis, tornando-se a voz do povo. O cordel contribui para o resgate da memória cultural, preservando feitos e desafios. Na representação feminina nos cordéis, observase a dinâmica entre literatura e cultura, refletindo a sociedade patriarcal e as limitações enfrentadas pelas mulheres. Este artigo examina a interseção entre cordel e violência contra a mulher, explorando como essa expressão cultural pode contribuir para a conscientização e transformação dos padrões violentos que afetam as mulheres na sociedade contemporânea.
- ItemSeria a pós-verdade a nova fábula? O esvaziamento da verdade como elemento ficcional.(Universidade do Estado da Bahia, 2023) Santos, Sidimar Costa dos; Soares, Leandro; Nascimento, Hérvickton Israel de Oliveira; Dias, Marcelo NascimentoEste estudo tem por objetivo, estudar as relações entre literatura e pós verdade. A pesquisa parte da hipótese de que a pós-verdade, se vale de conceitos literários como ficcionalização, verossimilhança e mimetização para se manifestar. Com base nesta elaboração, realizei uma revisão bibliográfica das definições literária, na qual encontrei o aporte teórico em, Compangnon (1999), Auerbach (1971), Eco (2009, 2005), Iser (1997), Fish (1992), Culler (1999) e Santos (2001). Quanto aos conceitos de pós-verdade e aspectos correlatos, como efeitos da mentira e relação de política e verdade, trouxe as ideias de Santaella (2019), D’ancona (2018), Keyes (2018), Costa (2019), Ceccarelli (2014), Cainato (2012) e Meneses (2021). Por fim, estendi a revisão bibliográfica à produção acadêmica que, de alguma forma, aproximasse literatura e pós-verdade, por meio das pesquisas de El Jaick (2020), Martins (2018) e Munró Filho (2021).