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Navegando Pós-Graduação por Autor "Abramovay, Miriam"
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- ItemA espetacularização da violência na escola: O Bullying e o suicídio como efeito devastador na educação(2020-08-12) Balogh, Iêda Rodrigues da Silva; Souza, Sueli Ribeiro Mota; Souza, Sueli Ribeiro Mota; Câmara, Antônio da Silva; Abramovay, Miriam; Farias, Maria de Lourdes Soares Ornellas; Costa, Patrícia Lessa SantosEsta investigação é sobre o bullying, cyberbullying e suicídio na escola, descreve como esses fenômenos são constituídos em filmes ficcionais e em videorreportagens disponíveis na internet, assim como, demonstra a forma como essas histórias podem colaborar para o debate e prevenção desses fenômenos na escola. Questiona-se: como os fenômenos bullying, nas suas variadas manifestações e o suicídio, no contexto da violência na escola, foram constituídos nos filmes ficcionais e videorreportagens pesquisados e de que forma essas histórias podem ser utilizadas como estratégias de discussão e enfrentamento desses problemas no contexto educativo? Em termos mais específicos, apresenta como os personagens fictícios, as vítimas, as famílias e as escolas experienciaram as variadas formas de bullying e suicídio. Mostra como o bullying e cyberbullying instigam o suicídio egoísta de vitimas adolescentes nas escolas, expõe as ações de combate a esses fenômenos mostradas no material estudado e a ocorrência dessas ações no contexto real. Destaca também as contribuições do cinema ficcional para as discussões sobre essas temáticas com o público juvenil. O estudo foi realizado à luz da fenomenologia na pesquisa em educação, que permite retratar o fato como ele é. Nas discussões epistemológicas contamos com os diálogos traçados nos estudos de Husserl (2008), Schutz (1979), Bicudo (1994), etc. Sobre a metodologia adequada ao estudo, contamos com Amado (2014), Bogdan e Biklen (2013), Loizos (2003), Rose (2003), acrescentando as contribuições de Gardies (2007), Ramos (2003), etc., sobre o cinema e as imagens como material de pesquisa. Nas discussões sobre a violência, o bullying e o cyberbullying alguns trabalhos de Abramovay (2002, 2012, 2015), Olweus (1993, 2006, 2013), Fante (2008, 2012), etc. fundamentaram a discussão dessa pesquisa. Nos estudos de Durkheim (2000) e outros pesquisadores, fundamentamos a nossa discussão sobre o suicídio. Verificamos, então, que a escola ocupa, cada vez mais, lugar de produtora e reprodução da cultura da violência, e vem se destacando nas mídias encenando verdadeiros espetáculos. A convivência entre alunos é marcada pelo confronto e agressividade, e o bullying e cyberbullying têm se tornado um dos fenômenos mais inquietantes da realidade educacional, portanto, é urgente formular ações de combate a essas violências que atingem os adolescentes dentro e fora da escola, isso refletirá na incidência de suicídios ocasionados por esse problema nessa fase da vida, garantindo que eles tenham um futuro. Filmes ficcionais e videorreportagens disponíveis na internet permitem acessar dados e informações sobre esses fenômenos e favorecem a ampliação das discussões. A escola precisa ser vista enquanto espaço qualificado para a discussão sobre essas temáticas, ela não pode ser tomada como um campo isolado da sociedade. Os adolescentes, com o suicídio, pretendem eliminar o sofrimento do qual são vítimas, reconhecer o problema do bullying e cyberbullying sofrido por eles e falar do suicídio enquanto possibilidade de caminho trágico é uma realidade.
- ItemOlhares sobre as violências no cotidiano escolar: travessias, atravessamentos e (res)significações(2019-05-31) Gonçalves, Gabriel Menezes; Messeder, Marcos Luciano Lopes; Abramovay, Miriam; Martins, Daniela Maria BarretoO ato educativo deve ser encarado como prática social, constituído e constituinte das relações sociais, ao passo que a instituição escolar, por meio desses atos, também se configurará enquanto espaço para inserção de novas normas de convivência. De forma intencional e sistematizada, os atos educativos revelam posições institucionais diante das violências presentes na escola e na sociedade. Não obstante, cada sujeito singular que compõe esse espaço tece e/ou reproduz suas próprias estratégias ao entrar em contato com situações de violência. Assim, este trabalho tem como objetivo identificar as estratégias selecionadas e proferidas pelos sujeitos que compõem o Colégio Estadual Odorico Tavares, em Salvador (BA), diante das violências percebidas e vivenciadas em seu cotidiano. Para tanto, buscou identificar e compreender as percepções sobre violência existentes na escola, bem como os lugares que as mesmas ocupam nas relações entre os sujeitos e em suas percepções relativas a esse espaço. Ancorado especialmente nos estudos de juventude e violências produzidos por Abramovay, Charlot, Chauí; e nas discussões referentes a cotidianidade tecidas por Heller e Certeau, utilizou-se uma metodologia de base qualitativa e etnográfica, possibilitando desenvolver um trabalho de campo que operasse em constante análise, seja nas observações nos corredores e durante as aulas; nas Atividades de Coordenação; na reunião de professores e nas ações externas. Diálogos tecidos com funcionários, discentes, docentes e corpo diretivo somaram-se às entrevistas semiestruturadas, compondo a coleta ao longo dos nove meses de campo. A análise ocorreu em confluência com os referenciais teóricos utilizados e evidenciou a escolha de estratégias violentas como mecanismos de defesa, de manutenção do controle e de imposições normativas. Foi possível identificar naturalizações, hierarquizações e atravessamentos alternando-se entre a condição de violência primeira e estratégia reativa. Observaram-se latentes discrepâncias de abordagens nos tratos diante das violências físicas e das violências simbólicas, com um recorte de gênero marcante nas escolhas. Ademais, marcas de resistências foram impressas no cotidiano da escola, produzindo rachaduras e transformações. Espera-se, com este estudo, que as expressões e vivências por aqui mencionadas falem para além do cotidiano do Odorico Tavares, tencionando que outras investigações se debrucem sobre a temática e elucidem novas estratégias possíveis.