Campus XVI - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Irecê
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Navegando Campus XVI - Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias (DCHT) - Irecê por Orientador "Cancela, Francisco Eduardo Torres"
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- ItemA mulher na ciência do Amaro(UNEB, 2023-08-31) Oliveira, Elaine Patrícia de Sousa; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Nunes, Luciana de Castro; Guimaraes, Francisco Alfredo Morais; Vergne, Maria Cleonice de SouzaO trabalho intitulado “A Mulher na Ciência no Amaro” versa sobre a presença das mulheres na ciência indígena do Povo Pankararé de Glória – Bahia – Brasil. Situados na região do Raso da Catarina, os Pankararé possuem em seu sistema de crença relacionados ao culto a natureza através do Toré, Mesa da Ciência e a dança dos Praiá realizados num território sagrado denominado Amaro. As mulheres participam deste sistema numa conotação polissêmica desde os fenômenos relacionados à sustentação do rito no puxamento de cânticos, quer seja na busca constante de espaços, no qual a presença e o papel das mulheres sejam reconhecidos. Todo trabalho foi demarcado por torés de conversas, no qual foi possível traçar uma cartografia de cunho visual através de fotografias, etnodesenhos e conversações que impulsionaram a escrevivência, num esforço de compartilhamento de informações e análise da realidade vivida. O recorte de gênero apontado, aufere não apenas o complexo sistêmico de separatismo e preconceito cunhado às mulheres indígenas, mas, permitiu-nos por outro lado, identificar em que medida as mulheres indígenas protagonizam, na transmissão de saberes, fazeres e poder ecocosmológico, bem como, no reforço as lutas de resistência em torno da identidade e do território. A Mãe do Terreiro e as mulheres do Amaro, desenvolvem papéis históricos e relações sociopolíticas e organizativos na resistência do Povo Pankararé. Assim, as desigualdades são superadas na medida de uma consciência feminina acerca dos seus papéis coletivos. O sagrado, as memórias, as gestas, os ritmos são composições que marcam paisagens sonoras, cartografias emancipatórias dos próprios corpos femininos.
- ItemAs cartas como vestígios históricos dos caminhos e andanças da primeira missão jesuítica na América portuguesa colonial (1549-1568)(2020-10-27) Jesus, Hélia Regina Mesquita de; Cancela, Francisco Eduardo Torres; Guimarães, Francisco Alfredo Morais; Paraíso, Maria Hilda BaqueiroO presente trabalho se ocupa de investigar as andanças sacerdotais jesuíticas e as relações estabelecidas com os povos indígenas, no início do Brasil Colônia – a temporalidade compreende os anos entre 1549 à 1568, que é quando ocorreram as missões jesuíticas –, a partir das cartas avulsas dos missionários da Companhia de Jesus. Tem-se como objetivo explorar e apresentar os caminhos executados pelos missionários, deixados nos vestígios históricos das documentações consultadas, para estreitar as relações sociais com os povos indígenas no intuito de “catequizar e salvar almas”, mas que em seus bastidores guardava a intenção de facilitar a empresa colonial. Também, como objetivo final desse trabalho, esforçou-se para evidenciar as resistências e negociações indígenas, assim como de que forma ocorreram tais atuações nativas na lida com as atuações missionárias, além das influências indígenas sobre os colonos e indivíduos de origem européia. Para este estudo, usamos como base teórica as discussões propostas por Manuela Carneiro, Maria Regina Celestino, John Manuel Monteiro, Maria Cristina Pompa, Maria Hilda Baqueiro e Pedro Luis Puntoni. Com o método hermenêutico fizemos a crítica documental interna e externamos as informações mais pertinentes para desvelar as ações indígenas na manutenção de sua cultura. Este trabalho buscou realizar um estudo analisando de quais formas as relações estabelecidas entre os missionários da Companhia de Jesus, colonos e os povos indígenas influenciaram na construção de um sistema de relações políticas, culturais e sociais e na formação de uma sociedade complexa, tal qual a conhecemos e temos hoje. Por fim, conclui-se que os povos indígenas protagonizaram ações individuais e coletivas que demonstraram suas negociações e resistências nas relações estabelecidas com os colonizadores e missionários lusitanos.