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Navegando Graduação por Orientador "Fonseca, Maria do Socorro"
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- ItemEstigma e controle social em Assassinato no Expresso do Oriente: uma aproximação entre direito e literatura(Universidade Do Estado Da Bahia, 2025-01-16) Nascimento, Daiane Armenildes De Souza; Fonseca, Maria do Socorro; Oliveira Filho, Ney Menezes de; Santos, Hudson Silva dosO presente trabalho tem como objetivo analisar a Teoria da Reação Social na obra Assassinato No Expresso Do Oriente (1934), de Agatha Christie (1890- 1976), evidenciando como a narrativa representa a dinâmica social que envolve a seletividade do comportamento desviante relacionado com a estigmatização do sujeito e a legitimação da pena. Esses aspectos serão investigados a partir do assassinato da personagem Ratchatt (Cassetti), de seu suposto envolvimento no sequestro e morte da personagem Dayse Armstrong, e o desenvolvimento do processo de julgamento e penalização que envolve ambos os casos. A metodologia adotada será qualitativa, descritiva e exploratória, fundamentada na análise de Assassinato No Expresso Do Oriente. A pesquisa terá como base a própria obra, objeto deste trabalho, revisão bibliográfica e artigos acadêmicos, com o objetivo de promover a interseção entre a narrativa literária e os elementos da criminologia crítica da década 1960, destacando a construção do desvio e do estigma a partir da reação social. Ao estudar a obra foi verificado que, mesmo havendo uma semelhança do caso real com a ficção, principalmente na construção da personagem Ratchatt/Casseti, representando a figura do criminoso de forma estigmatizada, a literatura não tem a obrigação de estabelecer verdades, não sendo este o seu papel, mas o de provocar reflexão sobre o que pode ter alguma relação com o mundo empírico a partir da representação. Além disso, também foi constatado o surgimento da Criminologia e do Romance Policial, ambos nos séculos XVIII/XIX, influenciados pelo fenômeno criminal que surgia com o crescimento dos centros urbanos daquele período. E por fim, foi observado a forma como a obra Assassinato no Expresso do Oriente evidenciou em sua narrativa a construção de estigmas para justificar um julgamento não instituído legalmente, permitindo a intersecção com a Teoria da Reação Social quanto à classificação do comportamento desviante.