Graduação
URI Permanente desta comunidade
Navegar
Navegando Graduação por Orientador "Campos, Juscilândia Oliveira Alves"
Agora exibindo 1 - 4 de 4
Resultados por página
Opções de Ordenação
- ItemCecília Meireles: uma poética sobre o mar(Universidade do Estado da Bahia, 2024-07-12) Cerqueira, Ianna Lorena Rabelo de Brito Sampaio; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento MorenoA obra poética de Cecília Meireles é marcada pela presença constante do mar como elemento simbólico. Em seus versos, as águas do oceano assumem uma multiplicidade de significados. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo analisar a simbologia do mar na poesia ceciliana, observando como esse elemento, tanto como espaço físico quanto metáfora simbólica, molda a estrutura e o significado de seus poemas. A pesquisa configura-se como documental e descritiva, concentrando-se nas seguintes obras da autora relacionadas ao tema: Viagem (1939), Vaga música (1942) e Mar absoluto e outros poemas (1945). O referencial teórico se fundamenta no pensamento de Gaston Bachelard (1997) (1998), Chevalier e Gheerbrant (2001) e Mircea Eliade (2008), que elucidam as múltiplas simbologias do mar, e também em análises de textos de críticos literários como Regina Igel (1975), Mello (1997), Almeida (2002), Kern (2005), Backes (2008), Rosana Rodrigues da Silva (2009), Aline Taís Dário (2009), Pires (2014), Nunes (2015), Marchioro (2017), Barbosa (2018), Dutra (2016) (2021), Cortez (2023) que apresentam argumentos sobre os significados das águas na poesia de Meireles. Os resultados esperados destacam a ampla gama de interpretações que surgem das imagens marítimas na obra da autora, enriquecendo a compreensão da experiência humana presente em sua poesia.
- ItemO imaginário poético encourado: as tradições culturais do vaqueiro Itaberabense em cena(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-29) Santos , Alan Soares; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento MorenoA historiografia literária brasileira destaca o sertanejo como uma figura popular, dado a sua significância para a representação nacional. Nessas incursões poéticas o vaqueiro vem sendo abordado de diferentes formas, povoando o imaginário popular com suas vivências e construções simbólicas. Como esse sertanejo se espalhou pelo Brasil, é nítido que essa tradição atravessa gerações e sociedades. Partindo dessa compreensão, este estudo observa como é retratada a tradição vaqueira no território itaberabense em poéticas contemporâneas, escritas e orais. Logo, a partir da temática, o imaginário poético em torno das tradições culturais do vaqueiro itaberabense, este trabalho objetiva compreender as representações do universo do vaqueiro em construções poéticas itaberabenses, identificando e discutindo os símbolos culturais, os saberes e valores que envolvem essa figura lendária. Desta forma, o meu corpus é constituído de produções poéticas que circulam na cidade de Itaberaba-BA, já publicadas, a saber: 1 lenda, 1 poema, 2 cordéis, 1 causo, 6 aboios, 2 chulas e 1 batuque. Desta maneira, foi composta uma coletânea de textos poéticos em torno da figura do vaqueiro que circulam no município. Este trabalho possui uma abordagem qualitativa, caracterizando-se como uma pesquisa documental, propondo-se a descrever como são suscitadas imagens em torno do ofício do vaqueiro e explicar como o universo poético em torno do vaqueiro itaberabense alimenta uma memória local em torno desse personagem. Para isso, a análise será apoiada nos seguintes autores: Peter Burke (1978), Nestor Garcia Canclini (2008) e Stuart Hall (2003), com a ideia da mudança paradigmática sobre cultura popular; Stuart Hall (2006), Durval Muniz Albuquerque (2013) e Renan Martins Pereira (2017) para falar de identidade cultural; Sandra Jatahy Pesavento (1995) e Cornelius Castoriadis (2004) com o conceito de imaginário como campo simbólico; Câmara Cascudo (1956), Eurico Alves Boaventura (1989) e Joana Medrado (2012) para falar da construção imagética sobre o vaqueiro; Anthony Giddens (2007) e de Eric Hobsbawm (1997) com o conceito de tradição; e a UNESCO (2003) para falar de patrimônio imaterial. Com esse estudo, viu-se a importância desse personagem na interiorização do sertão brasileiro e como são propagadas imagens com resquícios românticos sobre o vaqueiro. Nota se também deslocamentos em busca de melhores condições de vida e práticas revolucionárias frente a perspectivas de vida mais justas. Ademais, tem-se a nostalgia verificada na tensão entre o tradicional/raiz e o moderno. Assim, percebe-se as simbologias que o povo estabelece com a imagem sertaneja, compreendendo que a construção poética contemporânea em torno da figura do vaqueiro materializa a força identitária e cultural desse ofício na memória do povo itaberabense.
- ItemOpressões, empoderamentos e afetos: o sentir e o resistir em Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior.(Universidade Do Estado Da Bahia, 2025-02-07) Assis, Mairla Da Silva; Pires, Milena Alves; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa MascarenhasA ideia que temos de Nordeste foi construída a partir de estereótipos, que o retratam como uma região marcada pela seca, pobreza e pelo atraso social, como déficit em educação, saúde, dentre outros aspectos. Especificamente o sertão nordestino, muitas vezes, foi representado na literatura e em outras artes a partir de uma visão preconceituosa que coloca seu povo apenas sob lentes de sofrimentos, índices de analfabetismo e resistência em secas intensas. Esse estudo tem como objetivo investigar as diferentes formas de opressão vivenciadas pelas personagens do romance, bem como analisar as relações de afetos, empoderamentos, saberes e solidariedade adotados por elas como estratégias de resistência. A pesquisa foi realizada por meio de um estudo documental, com uma abordagem descritiva e explicativa, cujo principal objeto de consulta foi a obra Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, bem como outras referências relevantes que tratam da temática abordada. Em conclusão, a obra Torto Arado promove uma reflexão sobre desigualdade, resistência e humanidade ao expor as opressões, exaltar o empoderamento e celebrar o afeto. Itamar Vieira Júnior constrói um retrato poético e fidedigno de uma comunidade nordestina em que o contexto histórico está inserido, destacando a importância de criar espaços e estratégias para amplificar a voz das mulheres que, mesmo sob condições de extrema exploração, conseguem transformar suas dores em luta e suas relações em força coletiva.
- ItemRepresentações do místico em Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-04) Silva, Kalline Santana da; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa MascarenhasO presente trabalho tem como objetivo analisar os elementos místicos e religiosos, na obra Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, observando como o Jarê, religião de matriz africana, apresenta-se na narrativa e qual o seu papel enquanto um dos fios condutores das mudanças em relação às condições dos personagens, no que tange ao processo de conscientização dos seus direitos. O estudo também discute as representações dos símbolos faca e terra, na medida em que eles se constituem na narrativa como elementos místicos marcantes, usados e vistos de diversas formas pelos personagens da trama. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, com abordagem descritiva, e que está embasada no pensamento de Gabriel Banaggia (2015), que trata sobre o Jarê; Eduardo Guerreiro Brito Losso (2015), Gabriel Juan Velasco (2003) e Willian James (1995) que discutem sobre o místico; Mircea Eliade (1992) e Douglas Santana Ariston Sacramento (2023) com seus textos sobre os símbolos. O estudo conclui que a narrativa de Itamar Vieira Junior contribui significativamente não só para o conhecimento do Jarê, trazendo a religião afro-brasileira para a literatura e permitindo uma maior compreensão das práticas e crenças do povo simples e resistente que a celebra, mas também para a compreensão de que a adaga e a terra, além de elementos físicos, são também entidades simbólicas que influenciam diretamente o destino das personagens principais da narrativa.