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Navegando Graduação por Orientador "Campos, Juscilândia Oliveira Alves"
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- ItemO imaginário poético encourado: as tradições culturais do vaqueiro Itaberabense em cena(Universidade do Estado da Bahia, 2023-07-29) Santos , Alan Soares; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento MorenoA historiografia literária brasileira destaca o sertanejo como uma figura popular, dado a sua significância para a representação nacional. Nessas incursões poéticas o vaqueiro vem sendo abordado de diferentes formas, povoando o imaginário popular com suas vivências e construções simbólicas. Como esse sertanejo se espalhou pelo Brasil, é nítido que essa tradição atravessa gerações e sociedades. Partindo dessa compreensão, este estudo observa como é retratada a tradição vaqueira no território itaberabense em poéticas contemporâneas, escritas e orais. Logo, a partir da temática, o imaginário poético em torno das tradições culturais do vaqueiro itaberabense, este trabalho objetiva compreender as representações do universo do vaqueiro em construções poéticas itaberabenses, identificando e discutindo os símbolos culturais, os saberes e valores que envolvem essa figura lendária. Desta forma, o meu corpus é constituído de produções poéticas que circulam na cidade de Itaberaba-BA, já publicadas, a saber: 1 lenda, 1 poema, 2 cordéis, 1 causo, 6 aboios, 2 chulas e 1 batuque. Desta maneira, foi composta uma coletânea de textos poéticos em torno da figura do vaqueiro que circulam no município. Este trabalho possui uma abordagem qualitativa, caracterizando-se como uma pesquisa documental, propondo-se a descrever como são suscitadas imagens em torno do ofício do vaqueiro e explicar como o universo poético em torno do vaqueiro itaberabense alimenta uma memória local em torno desse personagem. Para isso, a análise será apoiada nos seguintes autores: Peter Burke (1978), Nestor Garcia Canclini (2008) e Stuart Hall (2003), com a ideia da mudança paradigmática sobre cultura popular; Stuart Hall (2006), Durval Muniz Albuquerque (2013) e Renan Martins Pereira (2017) para falar de identidade cultural; Sandra Jatahy Pesavento (1995) e Cornelius Castoriadis (2004) com o conceito de imaginário como campo simbólico; Câmara Cascudo (1956), Eurico Alves Boaventura (1989) e Joana Medrado (2012) para falar da construção imagética sobre o vaqueiro; Anthony Giddens (2007) e de Eric Hobsbawm (1997) com o conceito de tradição; e a UNESCO (2003) para falar de patrimônio imaterial. Com esse estudo, viu-se a importância desse personagem na interiorização do sertão brasileiro e como são propagadas imagens com resquícios românticos sobre o vaqueiro. Nota se também deslocamentos em busca de melhores condições de vida e práticas revolucionárias frente a perspectivas de vida mais justas. Ademais, tem-se a nostalgia verificada na tensão entre o tradicional/raiz e o moderno. Assim, percebe-se as simbologias que o povo estabelece com a imagem sertaneja, compreendendo que a construção poética contemporânea em torno da figura do vaqueiro materializa a força identitária e cultural desse ofício na memória do povo itaberabense.
- ItemRepresentações do místico em Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior(Universidade do Estado da Bahia, 2024-03-04) Silva, Kalline Santana da; Campos, Juscilândia Oliveira Alves; Gonçalves, Luciana Sacramento Moreno; Santos, Vanusa MascarenhasO presente trabalho tem como objetivo analisar os elementos místicos e religiosos, na obra Torto Arado, de Itamar Vieira Júnior, observando como o Jarê, religião de matriz africana, apresenta-se na narrativa e qual o seu papel enquanto um dos fios condutores das mudanças em relação às condições dos personagens, no que tange ao processo de conscientização dos seus direitos. O estudo também discute as representações dos símbolos faca e terra, na medida em que eles se constituem na narrativa como elementos místicos marcantes, usados e vistos de diversas formas pelos personagens da trama. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho documental, com abordagem descritiva, e que está embasada no pensamento de Gabriel Banaggia (2015), que trata sobre o Jarê; Eduardo Guerreiro Brito Losso (2015), Gabriel Juan Velasco (2003) e Willian James (1995) que discutem sobre o místico; Mircea Eliade (1992) e Douglas Santana Ariston Sacramento (2023) com seus textos sobre os símbolos. O estudo conclui que a narrativa de Itamar Vieira Junior contribui significativamente não só para o conhecimento do Jarê, trazendo a religião afro-brasileira para a literatura e permitindo uma maior compreensão das práticas e crenças do povo simples e resistente que a celebra, mas também para a compreensão de que a adaga e a terra, além de elementos físicos, são também entidades simbólicas que influenciam diretamente o destino das personagens principais da narrativa.