Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT23
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Navegando Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT23 por Orientador "Santos, Elias de Souza"
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- ItemA vocalização da lateral palatal em Renascimento dos Negros, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2025-11-12) Araújo, Gisele Rodrigues de; Santos, Elias de Souza; Lopes, Carla Brandão; Silva, Jéssica Carneiro daAnalisou-se, com este estudo, o fenômeno variável conhecido como vocalização da lateral palatal na variedade linguística de Renascimento dos Negros, uma comunidade remanescente de quilombola, localizada em Iraquara, município brasileiro do estado da Bahia. Exemplos desse processo incluem formas como te[ʎ]a ~ te[j]a, o[ʎ]a ~ o[j]a e fo[ʎ]a ~ fo[j]a. Fundamentado no modelo teórico de estudo da variação e mudança linguística (Weinreich; Labov; Herzog, 2006 [1968]), o estudo utilizou-se de 12 entrevistas sociolinguísticas com amostras de fala espontânea, provenientes do banco de dados do projeto Se abra à Chapada: coletando, explorando e mapeando dados sociolinguísticos (Santos, 2018- 2023). A análise estatística, conduzida com o GoldVarb X (Sankoff; Tagliamonte; Smith, 2005), revelou que, dentre os 369 casos observados, 110 apresentaram vocalização, correspondendo a 30% do total. Os resultados indicam que a ocorrência do fenômeno está fortemente associada a fatores sociais e linguísticos, sendo mais frequente na fala de homens e falantes mais velhos, indicando estigma social e retração do processo, além de ser favorecido em palavras polissílabas e em verbos, o que sugere influência de fatores prosódicos e de frequência lexical.
- Item“Eles vai à Seabra”: a 3ª pessoa do plural em tema(Universidade do Estado da Bahia, 2024-05-08) Viana, Juliene de Souza; Santos, Elias de Souza; Macêdo, Juliete Bastos; Silva, Manoel Crispiniano Alves daObjetivou-se, neste estudo, à luz do modelo teórico de estudo da mudança linguística (Weinreich, Labov; Herzog, 2006 [1986]), examinar o uso variável da concordância verbal de terceira pessoa do plural (CVP6) em dados do português falado em Seabra, município brasileiro do estado da Bahia. Com esse propósito, apresentam-se dados recolhidos com entrevistas sociolinguísticas pertencentes ao projeto Se abra à Chapada: coletando, explorando e mapeando dados sociolinguísticos (Santos, 2018-2023), e analisados utilizando-se da técnica de análise de dados denominada de regressão logística de efeitos mistos, para mostrar que tanto restrições linguísticas quanto sociais têm um papel importante na escolha da marca de concordância. Os resultados gerais apontam que a marcação explícita da CVP6 se correlaciona com a saliência fônica, em contextos não-acentuados, com o traço semântico, com sujeitos inanimados, com o paralelismo formal zero, com o sexo masculino e com os níveis de escolaridade média e universitária.
- Item“Posta, posteira, postão”: um estudo sociolinguístico do pararrotacismo em Vale do Paraíso, Bahia(Universidade do Estado da Bahia, 2025-07-16) Silva, Letícia Souza; Santos, Elias de Souza; Lopes, Carla Brandão; Silva, Jéssica Carneiro daInvestigamos, neste estudo, o fenômeno do pararrotacismo em Vale do Paraíso, à luz do modelo teórico de estudo da variação e mudança linguísticas (Weinreich; Labov e Herzog, 2006 [1968]). Objetivamos analisar quais efeitos linguísticos e sociais atuam nesse processo. Para tal, estratificamos 724 (cento e vinte e quatro) ocorrências suscetíveis ao pararrotacismo em entrevistas sociolinguísticas e inquéritos dialetais de 16 falantes representativos da comunidade de fala locus de recolha dos dados. Notamos que as variáveis sexo, faixa etária, nasalidade da sílaba alvo, extensão fonológica da palavra e tipo de discurso são favorecedoras do pararrotacismo. Esses achados reforçam a ideia de que a variação em perspectiva não se manifesta de forma aleatória, mas sim como um fenômeno estruturado e regido por princípios claros e objetivos, mediado por pressões internas e externas à linguagem.