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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Carvalho, Luzineide Dourado"
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- ItemAssociação dos pequenos produtores rurais do coqueiro e seus processos educativos na construção da identidade territorial quilombola (Mirangaba-Bahia)(2017-12-15) Silva, Jesiâne Lopes da; Carvalho, Luzineide Dourado; Miranda, Carmélia Aparecida Silva; Oliveira Filho, João Cesar Abreu deO presente trabalho desenvolveu-se no âmbito da pesquisa aplicada à educação e diversidade, tendo como objetivo principal investigar a contribuição dos processos educativos não escolares produzidos pela Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Coqueiro (APPRC) na construção da identidade territorial quilombola com o intuito de identificar os elementos constitutivos que afirmam e fortalecem essa identidade. Coqueiros localiza-se no município de Mirangaba, estado da Bahia e representa uma entre três mil comunidades quilombolas presente no território brasileiro. A referida comunidade foi certificada pela Fundação Cultural Palmares no ano de 2006 em consonância com o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Há pouco mais de dez anos desse marco legal, a pesquisa pretendeu responder: Qual a contribuição dos processos educativos produzidos pela APPRC na construção da identidade territorial quilombola dos moradores de Coqueiros? As respostas foram construídas por meio de uma metodologia de pesquisa baseada nas concepções teóricas da abordagem qualitativa, do método fenomenológico e da etnografia. Teve como dispositivos de construção de dados a entrevista semiestruturada, a observação participante e a análise documental e como técnica de análise dos dados, a análise de conteúdos. Os resultados da pesquisa apontaram que a Associação dos Pequenos Produtores Rurais do Coqueiro se apresenta como um espaço educativo não escolar na/da comunidade cujos processos educativos tipo as reuniões ou assembleias gerais, a Festa de Santos Reis, os projetos financiados e as redes de solidariedade criam condições para que os moradores desenvolvam sentimentos de pertencimento ao grupo, a cultura e ao território, elementos simbólicos e imateriais que contribuem para a construção, afirmação e o fortalecimento da identidade territorial quilombola. Diante dos resultados e do compromisso com a realidade investigada, apresento como proposta de intervenção uma cartilha quilombola sobre/com a comunidade como instrumento potencializador dessa identidade coletiva. Todavia, ressalto que a proposta está aberta para ser dialogada com os participantes da pesquisa, pois, entendo que é a comunidade quem deve decidir o que é mais importante fazer.
- ItemCorporeidade e currículo da educação infantil: um estudo numa escola do campo(2016) Silva, Carliane de Oliveira; Carvalho, Luzineide Dourado; Reis, Edmerson dos Santos; Ribeiro, Marcelo Silva de SouzaCompreender como a corporeidade das crianças, produzida\significada pela cultura escolar, é tratada no currículo da Escola Municipal de Educação Infantil Bom Jesus dos Navegantes, localizada no Distrito Rural de Itamotinga, Município de Juazeiro (BA), campo empírico da pesquisa foi o que nos propomos. No referencial teórico aprofundamos conceitos fundamentais como criança cidadã, corporeidade, Educação Infantil do Campo, currículo contextualizado, currículo indexado e “currículo em movimento”, elaboração conceitual em construção, aqui entendido como um currículo contextualizado com a vida cultural, natural e sócio-ambiental das crianças que vivem no campo. O enfoque metodológico foi fenomenológico e optamos pela pesquisa participante de cunho qualitativo. Teve como dispositivos de pesquisa análise documental, entrevistas semiestruturadas e observações participantes. Além de outros dispositivos ancorados na Sociologia da Infância como rodas de conversas, desenhos livres e orientados e realização de brincadeiras para a interlocução com as crianças sujeitos diretos da pesquisa. Tivemos outros sujeitos que colaboraram no desvelamento do fenômeno: Os professores, gestores pedagógicos da unidade escolar e técnicas pedagógicas da Secretaria Municipal de Educação. Neste estudo, partimos do pressuposto que a criança é cidadã e exerce essa cidadania se comunicando pelo corpo, pois está no mundo em movimento e expressão. Portanto, a corporeidade é nossa presença no mundo, nosso modo de ser-sendo através da maneira como estabelecemos com os outros e com os objetos que nos rodeiam nossa presença de corpo-vivido como disse Merleau Ponty (2014). Desse modo, consideramos que na Educação Infantil, a corporeidade é um elemento presente no processo de ensino e aprendizagem, pois contribui na fluidez das evoluções de caráter social, cognitivo, motor, afetivo e cultural e, isso ocorre mediado pelo currículo. Os resultados evidenciam uma desvalorização da corporeidade bem como, um distanciamento da realidade social, natural e cultural das crianças. As práticas acabam reproduzindo um currículo tradicional, linear e descontextualizado com o Campo. Todavia, constatamos que as experiências comunicadas pela corporeidade das crianças contribuem com a fluidez do “Currículo em movimento”, que foi revelado com as crianças numa interrelação entre os conhecimentos universais e os conhecimentos locais.
- ItemA cultura escolar para a produção de saberes complexos com o semiárido brasileiro: a experiência do Colégio Wilson Lins(2016) Oliveira, Marcelo dos Santos ; Carvalho, Luzineide Dourado; Reis, Edmerson dos Santos; Souza, Cristiane SantosNesta pesquisa, partimos do pressuposto de que há uma transição do paradigma clássico (SANTOS, 1991) para o paradigma complexo (MORIN, 2014). A partir dessa premissa, o Colégio Estadual Wilson Lins, situado na cidade de Valente-BA, observado in loco, é exemplo deste movimento. Para fazer perceber essa transição, será considerada relevante para análise dessa conjuntura a cultura escolar no referido colégio. Assim, buscar elementos da cultura da escola que permita caracterizar a transição paradigmática, bem como encontrar as pistas e indícios que realizem a tessitura entre a cultura escolar para a produção de saberes complexos com o semiárido brasileiro. Para seu êxito, algumas questões orientadoras foram levadas em conta, Como a cultura escolar se desenvolve por meio dos projetos e práticas, abrindo rupturas com o pensamento moderno e construindo outro novo pensamento? Quais os mecanismos que favorecem a construção de um paradigma emergente? Como a Educação Contextualizada pode promover o diálogo com a natureza e com os saberes típicos da ciência complexa para favorecer a atribuição de sentido pelos sujeitos? A referida escola ganhou destaque nas feiras de ciências locais, estaduais e nacionais, muitos projetos apresentados referenciados na interdisciplinaridade, na Educação Contextualizada para a convivência com o Semiárido Brasileiro (SAB), outros tantos que revelam a trajetória da escola em ruptura com o paradigma clássico. Outro aspecto importante é o fato de o colégio estar situado na região do sisal. Nele, o município de Valente destaca-se como a capital do sisal, pelo fato de sediar uma grande cooperativa de beneficiamento deste produto. Essa perspectiva conduz à (re)significação do Projeto Político Pedagógico a partir desse olhar contextualizado e complexo. O SAB foi percebido em suas relações com os sujeitos a partir de Carvalho (2012) e a cultura escolar e a partir de Forquini (1993). A abordagem segue o método complexo e busca urdir os instrumentos de pesquisa com os princípios morinianos (sistêmico ou organizacional, hologrâmico, circuito retroativo, circuito recursivo, autonomia/dependência, dialógico, reintrodução do conhecimento em todo conhecimento). Este percurso metodológico foi construído com a pesquisa qualitativa, a fim de analisar como a cultura escolar tem produzido saberes científicos a partir da complexidade, dimensionando uma nova concepção de semiárido e conclui que, o colégio está caminhando em trajetória de construção de um paradigma emergente.
- ItemDesafios da docência na contemporaneidade: perspectivas da formação continuada contextualizada com o semiárido brasileiro em Miguel Calmon-BA(2016-07-26) Gomes, Clecion Sampaio; Carvalho, Luzineide Dourado; Rios, Jane Adriana Vasconcelos Pacheco; Souza, Cristiane SantosA pesquisa tratou de investigar sobre quais paradigmas se fundamentaram a Formação Continuada oferecida aos docentes do Colégio Clariezer Vicente dos Anjos, no município de Miguel Calmon, no Estado da Bahia, no período de 2008 a 2015. Para tanto, procurou-se identificar os desafios enfrentados por estes docentes para o exercício da docência na sociedade contemporânea, que segundo Zygmunt Bauman, (2001; 2013) é marcada pela liquidez, aceleração, individualidades, isolamento, competição, compressão, e fluidez do conhecimento, fatores estes, que requerem profissionais ativos, reflexivos e críticos, capazes de intervir e atuar de forma relevante na sociedade, nos seus contextos mais particulares e locais ao exercerem com afinco a docência. Problematiza ainda a necessidade de uma nova Formação Continuada que esteja atrelada aos princípios da Teoria da Complexidade, tendo como referencial didático pedagógico as Diretrizes da Educação Contextualizada para a convivência com o Semiárido Brasileiro. Essa pesquisa foi desenvolvida numa perspectiva qualitativa, utilizando como inspiração metodológica a Fenomenologia e os pressupostos teóricos do método da PesquisaAção, visto que este envolve a ação do pesquisador e do grupo investigado nos mais diversos momentos da pesquisa a exemplo da socialização da proposta interventiva através de seminário formativo, a coleta de dados realizada através de questionários e entrevistas que nos revelaram ser a ausência da Formação Continuada um dos desafios para a existência de espaços coletivos de discussão e reflexão sobre o fazer pedagógico dos docentes. Sendo assim, criamos as Oficinas Formativas como uma proposta interventiva que visa aportar teórica e metodologicamente a Rede de Educação Municipal para a construção de um plano de Formação Continuada que estabeleça fecundas parcerias e trocas de experiências entre os docentes e assegure a reflexão-ação sobre sua práxis pedagógica, à luz do Paradigma da Complexidade, oportunizando o desenvolvimento de práticas pedagógicas Contextualizadas com o Semiárido e mais condizentes com as demandas da Contemporaneidade.