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Navegando Pós-Graduação por Orientador "Alves, Lynn Gama"
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- Item“Oi, professor, vc tá on?” docentes conectad@s, laços sociais e significados construídos no facebook(2018-08-09) Rosado, Janaína dos Reis; Alves, Lynn Gama; Lajonquière, Leandro de; Santana, Camila Lima Santana; Sales, Kathia Marise Borges; Sales, Mary Valda SouzaAs tecnologias digitais se fundem a humanidade e promovem o (re)pensar e (re)ssignificar da existência e relações humanas. A relação dos sujeitos com os artefatos tecnológicos constitui-se em produção conjunta e mediada na qual a tecnologia é concebida como construção cultural. O problema da tese apresenta a questão: quais significados e tensões os docentes conectad@s conferem à relação com seus alunos no Facebook tendo em vista as dimensões do papel docente e da assimetria pedagógica? O objetivo central foi investigar os significados que os docentes conectad@s atribuem à relação com seus alunos no Facebook e como esta tensiona seu papel docente, tendo em vista a assimetria fundante de toda relação pedagógica. A relevância da pesquisa está em sua contribuição para a discussão no campo das ciências humanas, notadamente na interface entre educação e redes sociais na internet. O estudo foi de natureza qualitativa com a abordagem etnográfica. Realizamos a pesquisa por meio da observação exploratória e sistemática dos perfis no Facebook dos sujeitos da pesquisa durante o período compreendido entre 21 e 27 de novembro de 2016, totalizando 49 horas, somada a entrevista semiestruturada com estes sujeitos e análise das categorias que emergiram da triangulação dos dados. A análise dos dados apoiou-se no referencial teórico sobre cibercultura, redes sociais na internet, conectividade, amizade e papel docente. O argumento da tese é que a relação entre professores e alunos no Facebook, ambiência estruturada de modo que as conexões entre os atores aconteçam de forma horizontal, tensiona o papel docente, uma vez que esta relação pressupõe assimetria pedagógica. Os resultados apontaram para existência da assimetria pedagógica mesmo no Facebook e demostraram que relacionar-se com alunos nesta rede tensiona o papel docente na medida que pode promover reconfiguração desta função assim como da imagem deste profissional. Ao cabo, é mister destacar ainda que os resultados aqui apresentados não têm a intenção de generalizar os dados e podem ser considerados em discussões e novas pesquisas que se debrucem sobre o enlace entre redes sociais na internet e educação. Conclui-se que a assimetria pedagógica e autoridade docente mantem-se vivas na relação professor-aluno no Facebook e que tanto professores quanto alunos manifestam interesse pela manutenção destas caraterísticas basilares na interação pedagógica. Relacionar-se com seus alunos no Facebook tensiona o papel docente, na medida que demanda do docente cuidados com sua imagem de professor e com a assimetria pedagógica em um espaço social no qual o docente apresenta muitas outras faces de sua personalidade. No entanto, esta tensão não dissolve a assimetria característica da relação pedagógica, visto que os docentes conectad@s (res)significam a relação com seus alunos mantendo-se no lugar de mestria enunciativa.