A presente pesquisa tem como pergunta norteadora: As práticas de leitura desenvolvidas no Ensino Fundamental I contribuem para a formação de leitores críticos e competentes? O estudo objetiva compreender o impacto dessas práticas na autonomia e senso crítico de estudantes do 2º ano do Ensino Fundamental I, descrevendo mediações docentes e discutindo seus efeitos na formação leitora. Com abordagem qualitativa, foi realizada pesquisa de campo em uma escola privada de Salvador (BA), envolvendo três professoras e seus alunos, por meio de entrevistas semiestruturadas, observações e análise documental. Os principais aportes teóricos vieram de Freire (1989), Martins (1986), Soares (2003), Maria de Fátima Santos (2010), Araújo e Leal (2019), entre outros, que defendem a leitura como prática social, crítica e emancipatória. Os resultados indicaram que, apesar de iniciativas positivas, a leitura ainda é limitada por uma forte dependência do livro didático e pelo pouco acesso a materiais literários e paradidáticos, o que restringe o desenvolvimento de leitores críticos. Conclui-se que uma prática leitora mais plural, dinâmica e mediada é essencial para formar sujeitos leitores ativos e conscientes.