O Aqueduto do Horto Florestal presente no Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais – DTCS, Campus III, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB é destaque arquitetônico e paisagístico que, apesar da relevância, ainda não é patrimônio histórico do estado da Bahia. O presente trabalho busca demonstrar, por meio da ciência dos sentidos, viabilizada por estudos fenomenológicos, a importância da percepção e da memória para o Aqueduto do Horto Florestal, sua preservação, (res)significação e sua respectiva história, despertando a consciência da comunidade dentro do contexto de identidade social, cultural e ecológica. Assim, a dinâmica reminiscente e lastreada na capacidade sensorial denota instrumento oportuno para suscitar registros históricos e tombamento, criando-se uma base epistemológica que se refletirá no contexto da educação patrimonial, do ecoturismo e sua respectiva valorização. Para tanto, os participantes da pesquisa foram pré-definidos dentre colaboradores e ex-colaboradores da instituição, descendentes dos operários que trabalharam na obra, alunos e ex-alunos, moradores da Ilha de Nossa Senhora e da comunidade de entorno do bairro São Geraldo, excluindo-se os menores de 18 (dezoito) anos, os quais concederam entrevista semiestruturada, cujos resultados foram instrumentalizados a partir dos pressupostos da análise de conteúdo. Pretende-se, por fim, que o tombamento provisório do Aqueduto do Horto Florestal seja convertido em definitivo, reconhecendo-o como patrimônio. Foi possível construir o alicerce da história do Aqueduto e, assim, este material servirá como fonte inédita de pesquisa e também impulso para investigações futuras sobre ele.