A esporotricose é uma zoonose de origem fúngica que acomete majoritariamente gatos. Entretanto, a sua identificação já foi possível em outras espécies, como a canina, que por sua vez apresenta menor carga fúngica. A enfermidade é causada pelo Sporotrhix sp., fungo dimorfico, que se encontra no ambiente. O presente artigo tem por objetivo relatar o caso de um canino da raça Spitz Alemão, macho de 1 ano de idade, que apresentava por sinal clínico uma pequena lesão no membro pélvico direito, e que se expandiu vertiginosamente. A análise clínica com o auxílio de exames laboratoriais foi essencial para o diagnóstico de esporotricose canina. O paciente foi tratado com a associação de dois fármacos antifúngicos, sendo o Itraconazol e o iodeto de potássio até a remissão das lesões, além da continuidade do Itraconazol por mais 60 dias até o desaparecimento das mesmas. Diante disto, é imprescindível que o clínico veterinário esteja sempre atento as possibilidades de diagnósticos, mesmo que não esteja em áreas endêmicas para tais enfermidades, pois garante um tratamento assertivo, com menor demanda de tempo, garantia do bem-estar animal, além do controle epidemiológico.