Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT16
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Navegando Licenciatura em Letras - Língua Portuguesa e Literaturas - DCHT16 por Assunto "escravizados"
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- ItemA participação das crianças negras escravizadas no processo de formação do português brasileiro: uma metaficção historiográfica dos contatos linguísticos a partir do romance Um defeito de cor(2025-07-29) Santos, Sabrina Machado dos; Silva, Jacson Baldoino; Castro, Junior César Ferreira de; Silva, Malane Apolônio da; Dourado, Patrícia Morais RosendoEste trabalho analisa a obra Um defeito de cor, de Ana Maria Gonçalves (2024), a partir da proposta teórica da metaficção historiográfica (Hutcheon, 1991), com o objetivo de compreender como o romance evidencia a participação das crianças negras escravizadas nos processos de aprendizagem e formação do português brasileiro. O estudo parte das contribuições de Silva (2023) e de Silva, Araujo e Santiago (2024) e se propõe, como um desdobramento dessas discussões, com foco específico na participação das crianças negras escravizadas nos processos de aprendizagem, de maneira irregular (Lucchesi; Baxter, 2009), do português durante o período colonial. A metodologia utilizada consistiu em análise bibliográfica e interpretativa, com base em estudos da Sociolinguística (Lucchesi, 2003; Mattos e Silva, 2004; Lucchesi; Baxter, 2009) e da Teoria Literária (Hutcheon, 1991). A análise da obra de Gonçalves (2024), a partir da trajetória de Kehinde, personagem central do romance, observou-se que a aprendizagem da língua portuguesa ocorreu em contexto de extrema assimetria, caracterizando um processo de transmissão linguística irregular, tal como discutido por Lucchesi (2003), Mattos e Silva (2004) e Lucchesi e Baxter (2009). O trabalho demonstra que a literatura, pode funcionar como ferramenta crítica de leitura histórica e linguística (Silva, 2023; Silva; Araujo; Santiago, 2024) e Um defeito de cor (Gonçalves, 2024) se confirmou como uma obra fundamental para pensar os efeitos sociais e linguísticos da escravidão, por permitir compreender, pela experiência da infância negra, as condições violentas em que o português foi imposto e aprendido.